. 𓂃 ILVERMORNY GIRL | a sirius black fanfiction
Criada por uma mulher louca e cruel, Rhea di Salles tinha um único objetivo em sua vida: ser o mais diferente possível de sua mãe. Isso porque jamais aceitaria ser submissa. Jamais sentaria ao lado di...
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ILUSÃO DE RHEA PENSAR QUE CONSEGUIRIA DORMIR.
O início de sua noite foi extremamente conturbado. Estava tão preocupada e exausta que, mesmo dormindo, tinha a sensação de estar acordada. Ouviu quando as amigas entraram no dormitório para dormir e sempre que pensava que iria pegar no sono algo muito assustador a fazia saltar de sua cama.
Depois de muito insistir, Rhea finalmente desistiu e desceu para a Sala Comunal, esperando ver Remo por lá — virara quase uma rotina ver Remo acordado próximo a lareira com um livro nos braços.
Nessa noite, Remo estava particularmente assustador. Seu corpo parecia largado cobre o estofado, a cabeça pendia com aspecto exausto e seus olhos estavam muitíssimo fundos. Ele mal se moveu ao ver Rhea surgir pela abertura da porta, mas ela conseguiu interpretar o tremor de suas bochechas como a tentativa de um sorriso.
— Mais uma noite difícil? — sua voz saiu rouca e baixa, quase como se ele estivesse fazendo muito esforço.
Rhea se sentou na poltrona ao seu lado e recolheu as pernas para si.
— Por que acha isso? — ela perguntou.
— Te ouvi gritar — ele comentou, com gentileza o suficiente para não olhar para ela, como se não fosse nada demais. Rhea apreciou o gesto.
— Não percebi que tinha gritado — falou, sincera. Repreendeu-se por isso e decidiu que na noite seguinte enfeitiçaria as cortinas para abafar o barulho.
Rhea observou Remo com seus olhos negros. Sua pele estava pálida como nunca havia visto, as olheiras escuras marcando fortemente seus olhos e a postura curvada sem forças. Ele tinha uma pena entre os dedos mas não parecia escrever nada. Rhea notou até mesmo como seus punhos pareciam tremer, como se ele estivesse sentindo raiva demais, mas seu corpo não fosse capaz de expressa-la.
— Remo? Você está bem?
Remo levantou os olhos cautelosamente para ela, como se estivesse quase deixando escapar um segredo.
— Só com mal-estar, logo passa — ele respondeu.
Não foi convincente o suficiente, mas ela estava acostumada com as pessoas terem segredos e não queria força-lo a dizer nada que não se sentisse confortável para dizer.
— Estive pensando — continuou Rhea, mudando de assunto — eu não deveria ter incluído você na pegadinha da festa. Sinto muito por isso, percebi tarde demais que poderia dar tudo errado.
Remo sorriu de lado.
— 'Tá tudo bem, não é como se nós nunca tivéssemos feito uma pegadinha que tivesse saído do controle.
