Capítulo 32 - D.C.A.T

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Trinta e dois.

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HAVIA ALGO A RESPEITO DE RHEA MARQUEZZA DI SALLES.

Gideon Selwyn, já em seu último ano de Ilvermorny, estava recostado contra uma coluna de mármore enquanto observava a filha de Enrico e Antonella di Salles com seus amigos no pátio comum das Casas. A garota estava sentada no estofado vermelho de uma poltrona aveludada, ereta e majestosa, as pernas juntas e inclinadas, o queixo naturalmente erguido, os olhos afiados e negros como os de uma pantera faminta. Todos usavam as vestes da escola. Rhea vestia um vestido vinho de couro. A capa estava jogada nos ombros como um casaco de pele elegante. A gravata enroscava em seu pescoço como uma serpente.

A cara dos pais.

Gideon não conhecera Enrico, mas sabia seu plano de fundo. Enrico di Salles era um pocionista renomado por praticamente inaugurar uma nova área da magia. Os boatos eram de que não havia nenhum feitiço que não pudesse ser transformado em poção nas mãos de Enrico. Diziam que já havia transformado água em vinho — mas isso era besteira. Gideon às vezes pensava como seria proveitoso ter Enrico di Salles entre os recrutados para seu mestre. Era uma pena ter morrido cedo.

Antonella Marquezza Gideon conhecia bem. Estava sempre sentada à direita de Lorde Voldemort, em sua postura aristocrata, intocável e irretocável. Havia outras mulheres elegantes nas reuniões, como Walburga Black, mas Gideon acreditava que, dentre todas, Antonella era a que mais se parecia com a elite. Os pais de Antonella haviam sido seguidores fiéis de Grindewald e conseguiram escapar do Ministério da Magia americano. Nunca ninguém os encontrou. Eram uma lenda. Corriam os boatos que Grindewald até hoje os considerava os maiores seguidores que possuía. O Ministério nunca tinha deixado de procura-los, e muitos acreditavam que, qualquer dia, o casal Marquezza surgiria na fortaleza de Grindewald e o libertaria. Conhecendo Antonella Marquezza, agora di Salles, Gideon não duvidava que aquilo fosse possível.

E Rhea Marquezza di Salles não os decepcionava. Tinha a aristocracia da mãe e a inteligência do pai. Mas tinha algo a mais, certa desenvoltura. Gideon imaginava que aquilo era habilidade herdada de Enrico, porque Antonella, por mais grandiosa que fosse, ainda era apenas uma serva. Rhea não. Rhea era as trevas personificada. Atraente e tentadora, não só fisicamente, mas influente e autoritária, alguém cuja companhia soava como um privilégio. Não era a toa que não tinha amigos. Não, não. Todos aqueles adolescentes sentados nas almofadas em sua volta, satisfeitos pelas migalhas de atenção que, vez ou outra, o olhar soberbo de Rhea lhes entregava, eram todos seguidores, não amigos. Estavam ali porque Rhea os havia capturado sem que percebessem. Não havia mais escapatória ou salvação para nenhum.

ilvermorny girl | sirius blackOnde as histórias ganham vida. Descobre agora