Capítulo 11 - Senhora das poções

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Onze.

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A CHUVA CAÍA TORRENCIALMENTE NA GIGANTESCA CLARABOIA DO HALL DE ENTRADA DO CASTELO. Rhea, ereta e observadora, imitando a postura altiva da professora grisalha que explicava o processo da seleção das casas, tinha o olhar fixo na escultura da Pássaro Trovão – figura a qual sua mãe sempre fizera questão de entalhar em todos os cômodos da mansão di Salles no Texas. Seus dedos tremiam por baixo das mangas cuidadosamente costuradas de sua capa.

— Bonito, não é? — perguntou uma garotinha do seu lado. Rhea não quis olhar e manteve seu queixo empinado como uma aristocrata.

— Pertence a minha casa — Rhea respondeu, dando a conversa por encerrado. Ou pelo menos foi o que pensou.

— Como sabe? — a voz da garota foi tão intrometida que Rhea não conseguiu conter a vontade de olhar. Ela deveria ter o dobro do tamanho de Rhea, com um rosto fino como o de um
rato. Seus olhos escuros como jabuticabas desceram de forma presunçosa para encara-la — Como sabe que vai para a Pássaro Trovão?

Rhea deu de ombros com arrogância.

— Toda minha família é da Pássaro Trovão. Somos aventureiros.

— Ah, minha família é de não-majs, mas... — Rhea não quis ouvir o resto e tornou a olhar para a estátua. Sua mãe havia deixado bem claro que Rhea não deveria se misturar com nascidos não-majs. Eram repugnantes e incompetentes. Rhea era superior àquilo e não deveria envergonhar sua família confraternizando com eles.

Continuou ali, parada, sozinha, esperando seu nome ser chamado. Mal podia esperar para começar a ter aulas de verdade de magia e para conhecer pessoas novas. Sonhara com isso durante os 11 anos que passara estudando em casa com a mãe, e finalmente estava se realizando. Ela sabia que a mãe não podia mante-la trancada no sótão
para sempre, mas ainda assim a ideia de estar em Ilvermorny parecia surreal.

E como uma lembrança de suas aulas em casa, a mão de Rhea tocou, quase involuntariamente, a pele das costelas. Mesmo sob o grosso tecido das vestes, ela conseguia sentir o corte recente ainda em alto relevo. Reprimiu uma careta de dor ao aperta-lo e abaixou a mão antes que alguém notasse.

— di Salles, Rhea.

Ao ouvir seu nome ser anunciado, Rhea avançou pelo hall meio que empurrando para o lado todos que encontrou em seu caminho. Ouviu resmungos e reclamações, mas ela não deu ouvidos.

Quase podia escutar os próprios batimentos cardíacos. Se Rhea não tivesse se esforçando tanto para parecer durona, definitivamente estaria tremendo. Observou as esculturas com nervosismo: os curandeiros, os aventureiros, os combatentes e os acadêmicos. Se Rhea pudesse escolher, quereria ser uma combatente para aprender a lutar. Será que os alunos da Pumaruna aprendiam luta corpo a corpo como ela aprendia em casa? E se ela aprendesse a lutar melhor, talvez quando chegasse em casa no verão poderia impressionar a mãe com novos golpes. Quem sabe até conseguisse se defender... Se ela aprendesse a lutar talvez apanhasse menos... E, bem, aquilo era sonhar longe demais, mas se ela aprendesse a bater mais do que apanhar, e deixasse de ser tão fraca e medíocre, a mãe talvez a deixasse sair do sótão de vez em quando.

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