Capítulo 37 - 13 de Agosto de 1976

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Trinta e sete.

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RHEA NÃO QUERIA DIZER, mas finalmente estava apavorada.

Agarrada aos próprios dedos, fazia o máximo que podia para não vomitar. De dor, de nervoso, de medo... opções não lhe faltavam. Mas não lhe cabia mais nada agora além de esperar, sentada em seu colchão preparando-se para o jantar.

— Avise Angie. — disse Rhea da última vez que Tessa aparecera em seu quarto — Avise que vai acontecer essa noite, peça para que chame os aurores.

— Já está avisada, minha senhora.

— Obrigada. Tessa?

— Sim, minha senhora?

— Mantenha o restante da poção com você, certo? Não deixe de bobeira em qualquer lugar.

— Com certeza, minha senhora.

Rhea respirou fundo. Tinha feito tudo o que podia até ali.

Eram cerca de oito horas da noite quando Rhea ouviu a campainha pela primeira vez. A casa estava encantada contra aparatação, para que Rhea não escapasse, então o toque na porta poderia significar qualquer um.

Rhea encostou o ouvido no chão para escutar o que se passava no andar debaixo, sem sucesso. As vozes eram indistintas e muito baixas, não conseguiu nada dali. Em algum momento, vários toques na campainha depois, Rhea desistiu de ouvir e sentou-se em frente à porta, agarrada inutilmente a sua varinha.

Matar ou morrer. Perdia ou tirava uma vida hoje. Suas mãos estavam tão frias como o ar la fora.

Em algum momento, os murmúrios indistintos cessaram, e Rhea soube, imediatamente, que ele havia chegado. Não houve batidas na porta nem nada do tipo, apenas um silêncio tão violento que Rhea quase pôde ouvir os próprios batimentos cardíacos. Ouviu um arrastar de cadeiras, a voz da mãe, o tilintar do sino usado para chamar por Tessa, e, por último, seu nome.

Rhea.

Ela se afastou da porta quando os passos nas escadas começaram.

Foi Antonella quem abriu a porta. Usava um vestido como o de Rhea, beirando o medieval, com espartilho apertado e renda nas mangas. Os cabelos platinados estavam presos em camadas em um coque repuxado e lambido, e brincos de esmeralda reluziam nas orelhas caídas. Apesar de tentar resistir ao medo, engoliu em seco. Teve a sensação de que não conseguiria falar nem se tentasse.

— Ajeite esse cabelo. — ordenou Antonella, puxando a varinha de dentro de uma das mangas e balançando-a em direção à filha. Rhea sentiu os cabelos serem puxados e crispou os lábios de incômodo ao ter os fios presos por uma presilha dourada — Desça. Ele está te esperando.

ilvermorny girl | sirius blackWhere stories live. Discover now