Capítulo 36 - Assassina!

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Trinta e seis.

┏•━•━•━ ◎ ━•━•━•┓Trinta e seis

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SIRIUS NÃO SABIA POR QUE AINDA TENTAVA.

Virou-se mais uma vez na cama, ficando de barriga para cima e entrelaçando as mãos embaixo da cabeça. Queria culpar o ronco de Peter, mas, se esse fosse o problema de sua falta de sono, teria lançado um feitiço nas cortinas de sua cama há horas. Em vez disso, passou noite adentro encarando o dossel, assombrado com a própria cabeça.

Aquela seria a vigésima noite de Rhea na enfermaria — Sirius estivera contando — o que significava que fazia dezoito dias que Sirius não a via. Passara mais tempo que isso durante as férias, mas era diferente quando sabia que ela estava bem ali. Sirius tinha reservado uma hora de todos os seus dias para sentar ao lado da porta da enfermaria e decidir se deveria entrar ou não, mas sempre acabava indo embora. Sabia que, quando entrasse e a visse, não saberia o que dizer.

Não ligo que matou a sua mãe, está tudo bem! Trouxe chocolates, falou a vozinha na sua cabeça, e Sirius fechou os olhos. Não estava tudo bem que ela matou a própria mãe, oras. Aquilo deveria ser uma coisa horrível.

Você estava certa quando disse ser uma pessoa horrível, e eu acho que sou pior ainda por, mesmo sabendo de tudo, ainda ser louco por você. Também não parecia ser a coisa certa a se dizer, porque não era verdade. Rhea podia ter matado alguém, mas Sirius não acreditava na existência de um único osso perverso em seu corpo.

Se você é má pessoa, então sou pior ainda. Aluado não fala comigo há semanas. Você é que nunca vai me perdoar, assim como ele. Esse último diálogo imaginário acabava com ele, de tão verdadeiro.

Sirius bufou, desistindo de dormir e sentando-se nos lençóis. O que será que James diria se soubesse? Era uma pergunta que vinha atormentando Sirius dia e noite. Todavia, aquela era uma coisa que Sirius sabia que não cabia a ele contar. Ugh, Rhea vinha lidando com esse segredo há mais de um ano, sem poder contar a ninguém, devia ser assustador. Agonizante.

Então uma lembrança fria lhe veio a mente — todas as noites em que, em madrugadas como essa, nas quais penava a adormecer, ouvira os gritos de Rhea ecoarem pela torre. Eram comuns no começo do sexto ano, Remus contava, mas aparentemente ela havia aprendido a lançar feitiços silenciadores nas cortinas. E Angie e Lily sempre estiveram com ela durante as noites...

Sirius agarrou os joelhos e os trouxe para perto do corpo. Rhea sofrera demais, não era a toa que tinha tantos pesadelos. E passando as noites sozinha na enfermaria... quem é que a estava acalmando durante seus sonhos ruins? Deviam estar piores do que nunca. Sirius sentiu algo afundar em seu peito, imaginando-a assustada e sozinha na enfermaria. Só queria poder abraça-la e deixar que ela dormisse em seu peito.

ilvermorny girl | sirius blackOn viuen les histories. Descobreix ara