Capítulo 8 - Lobisomem

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Oito.

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A DETENÇÃO AQUELA NOITE FOI A MAIS ESTRANHA DE TODAS.

Rhea chegou atrasada, o que surpreendeu até mesmo Black, que fazia um esforço extra para perder a hora sempre que podia. Rhea o encontrou já polindo um troféu distraidamente sentado no chão.

— E aí? — ele perguntou ao nota-la. Rhea argueu as sobrancelhas sem responder e Sirius assobiou baixinho ao ser ignorado — Alguém está de mau humor.

Rhea tinha uma sensação tão amarga no estômago que sequer pensou em retrucar. Não sabia ao certo se estava envergonhada, humilhada, constrangida ou se estava tudo ao mesmo tempo. Era a mesma sensação de visitar os pais de Angie após quase ter causado sua expulsão.

Uma das estantes parecia tombar do lado oposto da sala e Rhea foi direto até ela, esforçando-se para não manter a cabeça baixa. Sirius, como o de costume, não fazia cerimônias para acompanha-la com o olhar. Dessa vez, ao contrário de suas encaradas silenciosas, Rhea notou que o rapaz até abrira a boca para falar algo, mas tornou a fecha-la instantes depois.

Rhea ficou feliz daquela ser a última semana de detenção, porque, agora, ficar na presença de Sirius se tornara totalmente intolerável. Sabia que não deveria te-lo deixado ver suas cicatrizes, mas estava surpresa com o quanto ficara decepcionada ao ver que ele logo tinha aberto a boca para seus amigos. Não era algo a se contar para os outros. Mas, claro, como ela mesma tinha concluído no primeiro dia de detenção juntos, não se dava para esperar nada de Sirius Black.

Lobisomem... francamente.

— Bom — falou Sirius finalmente — se quer fazer greve de silêncio, poderia respirar um pouco mais baixo? Está me atrapalhando.

Rhea parou de molhar o pano que tinha nas mãos e voltou os olhos para Sirius. Ele tinha os cabelos negros presos em um meio rabo e ainda esfregava o mesmo troféu que tinha no colo quando ela chegara. Estava tão limpo que Rhea podia ver o reflexo distorcido das maças do rosto do rapaz na superfície dourada.

— Você poderia me deixar em paz só dessa vez? – pediu ela, mas sua voz não tinha o tom arrogante e irritado que costumava ter quando se dirigia a ele. Sirius pareceu notar a diferença — Por favor?

Por favor? — repetiu ele com uma falsa careta de surpresa — Olha só você, aprendendo palavras novas!

Mas voltou a umedecer o pano sem responder sua provocação, Sirius recostou-se com desleixo na parede empoeirada e continuou a observando. Logo Rhea virou as costas e passou a tirar o pó da madeira, e, passado um tempo, ouviu Sirius ficar em pé e voltar a assobiar uma melodia trouxa como de costume.

ilvermorny girl | sirius blackWhere stories live. Discover now