Após uma emboscada, Julian Campbell decide afastar sua filha dos holofotes e deixá-la sob os cuidados de seu funcionário mais leal, que não suporta o estilo de vida dos Campbell.
Camille, uma famosa influencer, era a personificação de tudo que o bad...
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Sentindo os eficientes airbags protegendo meu rosto, acordei num sobressalto buscando pela filha de meu chefe, me livrando do emaranhado do cinto de segurança e dos cacos de vidro espalhados pelo meu colo. Estarei fodido se qualquer coisa acontecer com ela, por isso, saí desesperado do carro quando não a encontrei.
— Senhorita Campbell? Camille! — noto que não há mais ninguém na estrada, os carros e as luzes sumiram. Então, o medo de que ela tenha sido sequestrada congela-me no mesmo instante. — Cacete! Camille, por favor me responda! Onde está você? Merda... Merda...
— Eu estou aqui! — uma onda de alívio me invade e corro até onde a loira se encontra, escondida atrás da árvore que amassou nossa lataria. Pego-a no colo sem saber muito bem o que fazer. Noto uma linha fininha de sangue que desce pela sobrancelha até o queixo dela. — Você está bem? Te machucaram? Viu para onde eles foram?
— Eu... Não vi nada. Estou bem sim, só fiquei assustada e... — suas mãos se acomodam no meu pescoço e por alguns segundos, acho que meu turbilhão de perguntas a deixou meio tonta. Camille observa minha boca com tanta atenção que me deixa desconfortável. Será que tem algo errado com o meu lábio?! Noto os nossos faróis serem os únicos responsáveis pela iluminação do local e suspiro baixo.
Afrouxo a gravata ao redor do pescoço e busco meu celular no bolso da calça social, depois de deixar Camille sã e salva no banco do carona. Suspiro e quando estou prestes a ligar para John, mais luzes aparecem e eu corro para sacar a arma. No entanto, sou surpreendido pelos seguranças com rostos familiares da fileira, até mesmo o Sr. Campbell veio até o local da emboscada. Como eles nos acharam? Eu não faço a menor ideia, mas quando se trata da segurança desta família, o patriarca era capaz de tudo. Inclusive, de pôr rastreadores e vigilância monitorada em tempo real em todos os carros.
— Papai! — a garota corre em direção ao pai e John assume uma postura mais suave, aproximando-se discretamente, enquanto alguns homens fazem uma vistoria pelo local.
— Tudo bem aí? O que houve? — questiona meu amigo. Atônito, checo somente agora se estou com tudo no lugar e vejo Camille adentrar no carro a salvo enquanto eu e John caminhamos lado a lado.
— Estou bem, meu amigo. Essa foi por pouco. — Conto passo a passo do que aconteceu desde que saímos do salão e retornamos a salvo para as fortalezas da mansão Campbell. Porém, este dia ainda estava longe de terminar.
[...]
Quando retomamos para o doce lar do meu patrão milionário, a Sra. Campbell corre em nossa direção, indo verificar se está tudo bem com a sua enteada. É estranho como todos a tratam como uma adolescente, quando na verdade, Camille tem vinte e três anos.
— Você, meu rapaz, siga-me até o meu escritório. Nós precisamos conversar sobre um assunto sério. — Julian Campbell ordena, enquanto assinto e o sigo em silêncio, mas não antes de perceber que Camille me olhava com bastante curiosidade e talvez, uma pitada de agradecimento.
