As Cores do Destino (Romance Gay) +18

Capítulo 28

- Eu não tenho que te explicar nada!

- Então você ainda quer me provar que não vai repetir o passado, quando nem consegue me explicar uma coisa que eu mesmo vi!?

- quer a explicação? Pois bem, eu apliquei um castigo quando Ken pediu, aquele garoto me jurou vingança, eu apenas revidei e mostrei pra ele quem é que manda, por isso toda aquela cena.

- mesmo duvidando disso eu escolho acreditar em você! É para o seu próprio bem! Da próxima vez que for castigar alguém ou fazer o que quer que seja, tome bastante cuidado, ok?

- não se preocupe, eu coloquei aquele menino no lugar dele e se algo acontecer eu me resolvo com o Líder ou com o Rei. Estamos entendidos? - Hulk terminou de tomar o drink, se levantou, se despediu de Bengala e foi embora. Não estava conseguindo se concentrar em nada desde o dia que castigou João. E ainda depois de tudo o moleque tinha coragem de enfrentar. Aquilo deixava ele ainda mais pensativo, adorava um desafio, mas tinha que tomar cuidado, pois ele também não queria que o passado se repetisse.
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Já pela noite, os garotos ainda receberam a visita de Ken, ele estava dando conselhos de como tratar os clientes, que na sua maioria eram ricos. Depois a governanta passou em cada quarto perguntando se eles precisavam de alguma coisa. Aquela mulher era estranha, se ela não tivesse falado nada, teriam a conclusão de que ela era muda. A expressão facial era séria, parecia estar triste constantemente, nunca esboçava nada além de seriedade, frieza e tristeza. Diego arquitetava seu plano de fuga em silêncio, já Lucas não conseguia parar de pensar que se não conseguisse fugir seria obrigado a transar com homens, aquilo estava o deixando maluco, por outro lado, João estava confuso sobre o que tinha acontecido, apesar do medo, tinha enfrentado o Hulk, mas o pior era a sensação de que ele não o deixaria em paz. O que Hulk tinha falado, estava martelando sua cabeça, sobre não ter conseguido ficar longe, sinceramente ele não sabia nem o que pensar. Já Gabriel estava perdido em seus pensamentos, agora escrevia aleatoriamente, mas veio uma poesia em sua mente ou seria apenas um texto, bom... eram versos incríveis.

" Que estranha sensação, mesmo sabendo do motivo, resistir é em vão. Depois do não, veio o sim disfarçado de verdade, que crueldade!
E mesmo com esperança, o medo canta a sua herança.
Pensava que o inferno não poderia existir na terra, mas o fruto dela permanece aqui e em aquarela, grito o meu domínio, é no delírio que descubro que não sou mais dono de mim, enfim, é questão de chorar rios, e no fim, enfrentar sem receio, que o desejo é corruptível.
E atentamente percebo as lágrimas no teu olhar, o quanto é profundo o teu respirar e pensar que sonhar não poderia nos envolver em uma grande ilusão... Tudo agora está sem nexo, só espero, o raio de sol brilhar e me libertar, eu espero o meu farol, que vai iluminar e retirar todas as cinzas desse coração em chamas, que permanece no escuro... O meu maior medo é estar no vazio da existência, viver sem o sabor da vida"

Depois disso, não resistiu e acabou dormindo. No outro dia, já na sala de lazer, algumas pessoas tomavam café da manhã, conversavam, sorriam e não parecia que havia uma desgraça em seus corações. Quando Gabriel chegou, percebeu uma aglomeração de pessoas ao redor de uma mesa, não  sabia o que era, logo avistou seus amigos em outra mesa e foi sentar-se com eles.

- vocês sabem o que é aquilo?

- parece que estão fazendo perguntas para os dois garotos que vão com princesa para Portugal  - disse Diego mordendo uma fatia de bolo de milho.

- na verdade, estão se despedindo deles também, vão passar uma semana lá.

- quem te contou isso?

- o Caio contou pra nós!

- O Mateus deve estar nas nuvens! - disse Lucas - só não sei porque o Felipe aceitou ir.