Capítulo 38

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Felipe estava boquiaberto, como aquela menina poderia saber e como ela tinha já uma opinião formada sobre Mateus (aliás ela estava certa).

- Por favor me explica! Como você sabe que é o Mateus que vamos oferecer como pagamento?

- Você vai me desculpar, mas aquela Princesa é muito escandalosa!

- Ainda não entendi! Apesar de ser verdade.

- Vou explicar! Quando vocês chegaram, começou a fofoca entre os servos, eu me interessei e fui espiar, não me leve a mal, mas estava curiosa.

- Tudo bem.

- Bom... Vocês não perceberam a minha presença, porque estava me escondendo para não ser vista, vocês estavam bem hipnotizados com a mansão.

- Isso é verdade! Esse lugar é grande e lindo.

- Eu pude observar vocês e percebi que você era bem diferente deles!

- Até agradeço por isso, mas ainda não entendi como você sabe do plano de Princesa.

- Simples... Eu estava arrumando um dos quartos quando ouvi vozes, reconheci que eram vocês, juro que dessa vez não estava bisbilhotando

- Eu acredito em você.

- Eu ouvi gritos e me assustei, por isso disse que aquela Princesa é escandalosa. Fui para trás da porta, ouvi tudo e entendi o plano.

- Você contou para o Zen?

- Não! Me deu vontade, mas não seria preciso, conheço ele o suficiente para saber que ele talvez não vai querer.

- Talvez?

- O Zen é muito imprevisível, só Deus sabe o que se passa naquela cabeça.

- Vamos ver no que dar!

- Eu me aproximei de você porque além de parecer um cara legal, eu queria confirmar essa história, mas estou tranquila.

- Fico feliz em ver sua preocupação com o Zen, mas nem sabemos o que ele quer com o garoto.

- Eu poderia dizer, mas o Zen me prometeu que era um segredo meu e dele.

- Entendo... Vocês já são tipo... amigos!

- A gente conversa, todos nós fazemos de tudo para agradar e nisso tentamos ser amigos dele, apenas para ele desabafar, por enquanto tem dado certo, só uns 3 meses que ele começou a se abrir conosco.

- Interessante! Faz sentido ele não se abrir muito.

- Sim! E foi quando ele entendeu que éramos realmente fiéis que ele começou a conversar conosco. Até porque ele nos ajudou, então tentamos ajudar da forma que podemos. - Felipe sorria para Lola e pensava que aquela história era de superação e que aquele Zen tinha um coração bom, mas ainda não o conhecia e não tinha certeza se Mateus era bom o suficiente para aquele papel.

Depois de um enorme silêncio, Lola se levantou.

- Eu preciso voltar para o meu trabalho

- Claro! Lola...

- Foi um prazer te conhecer Felipe.

- Foi um enorme prazer conhecer você também. - Lola saiu caminhando lentamente, sorrindo, Felipe notou sua felicidade e sabia que era por estar ali, morando naquela mansão, com emprego, sem se sujeitar a nenhum homem, tudo por causa do Zen. Felipe voltou a ouvir música, aquele jardim estava lhe fazendo muito bem. Logo depois iria dar um passeio pela mansão.

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A tarde tinha passado rapidamente. A noite estava linda, apesar dos corações dos meninos estarem angustiados, só em pensar que no outro dia as emoções estariam agitadas, quase morriam de enfarte, seus pensamentos pareciam um furacão, o medo fazia eles pensar em desistir, mas a vontade de sair era maior. Os outros meninos, mais experientes falaram que não tinha outra sensação pra sentir, o primeiro dia era o pior, eles teriam que lutar contra o próprio ego, vontade, pensamentos e alguns teriam que lutar contra a própria sexualidade. Aquilo não ajudou em nada, só duplicou a tensão sobre eles. E mesmo depois de tudo, estavam decididos que iriam fazer de tudo para sair de lá.

As Cores do Destino (Romance Gay) +18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora