Capítulo 9

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Se passou uma semana, Gabriel estava muito ansioso, faltava apenas um dia para ir ao México. As pessoas não aguentavam mais ouvir ele falar, repetir tudo, ele fez questão de esfregar na cara de Júlia, de Jean e de tantas outras pessoas que o julgavam fraco, diziam que ele não teria futuro algum, ele disse que iria para o México, seria rico e famoso, se gabava o tempo todo.
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Deu graças à Deus por não ter tido outro pesadelo como aquele, um pesadelo muito estranho por sinal. Foi visitar alguns amigos e parentes para se despedir, pois não daria tempo no outro dia.
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Sua mãe tirou do álbum da família 3 fotos, para Gabriel levar consigo, para todos os dias olhar para elas e não esquecer que tinha pessoas que o amavam muito. Seu pai deu-lhe de presente o seu isqueiro (porque não fumava mais) que era do seu avô, um isqueiro preto, de metal, antigo e muito bonito, significava muito para a família, era uma grande recordação. Já Ronaldo deu um colar, tanto para Gabriel como para Diego, simbolizava a amizade dos três, pois Ronaldo também tinha um, era um sol, que significava força, luz e perseverança, já que o sol aparecia com seus raios mesmo com nuvens carregadas, Ronaldo ficou com o sol de ouro, Diego com o de prata e Gabriel com o sol preto, ambos lindos. Seu irmão, Felipe, deu um lindo caderno, que ele mesmo customizou, para Gabriel anotar suas poesias, era um caderno de tamanho médio, de capa dura, cor preta, mas no meio da capa, a coloração mudava, ficava azul escuro, tão escuro que dava para confundir com o preto, nessa escuridão azulada, havia pequenos pontos brancos que formavam estrelas, era uma constelação, Felipe recortou de um livro de ciências, a figura do planeta terra, de marte, saturno e outros planetas, o caderno era lindo.
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Gabriel estava realmente emocionado, era uma demonstração de carinho, apesar do seu coração estar aflito com o tempo, seria bastante tempo longe de tudo e de todos que conhecia e amava, mas tudo era válido por causa do seu sonho. Estava tão alegre, que achou necessário inaugurar o seu caderno de poesias...

Céu○
"Das nuvens escuras cai a chuva, molha o chão, toca a semente, brota a raiz, cresce o momento, aflora a questão, tem sentimento, nasce o fruto, brilha suculenta, o ciclo renasce, estou aqui, quero ver o sol, chove de novo, quero renovo, posso sentir na pele a chuva, floresta do coração, sorriso imaginário, desejos triunfantes... É tudo questão de tempo!
É preciso chover o tanto que for preciso para crescer, olha o vento, leva as folhas, o outono chegou, o inverno falhou, meu sonho se intensificou, puro choque, bolha de sensação, seduz meu coração, quero luz em erupção, meus lábios beijam o impossível, realizei o que sentia, tudo começou novamente, do céu eu vi cair de novo, gotas que refrescam, uma chuva ácida que queima emoções, francamente, um céu azul, cheio de estrelas, é imensidão, esperança, é purificação, é feito em fé, é ilusão, Amor".
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O abraço que Gabriel deu em seus pais foi cauteloso, o adeus e o boa sorte que Ronaldo desejou foi mais do que importante, com uma mochila e uma mala, Gabriel entrou no carro, onde encontrou Diego no banco de trás, ao volante estava Richard, ele levaria os dois até uma pista de decolagem, próximo a um aeroporto, lá encontrariam Marcelo e Isabela, iriam em um avião de pequeno porte, era mais um jatinho. Lucas e João, que eram os outros dois escolhidos, também estariam lá.

- vocês estão ansiosos? Porque a maioria dos rapazes ficam!

- ai Richard, eu tô muito feliz! - disse Gabriel.

- eita Biel, já eu tô morrendo de nervosismo!

- vocês vão se acostumar rápido lá!
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A conversa foi tão intensa e cheia de coisas boas, que eles nem perceberam que já tinham chegado ao local de decolagem.

- que avião maneiro! - diz Gabriel.

- Eu esperava um avião maior! - diz Diego.

- nós temos maiores, só que somos poucos, por isso é porte pequeno, se tivesse mais pessoas, ligariamos e a empresa enviaria um maior. Isabela! Marcelo! Chegamos! - eles estavam dentro do avião, o piloto abriu a porta, entraram um por um , por dentro era mais espaçoso do que parecia ser.  Lucas e João já estavam lá.

- Oi! Sou o piloto da Gold Heaven, podem me chamar de Marcos.

- esse avião é seguro né?! - diz Diego olhando para Marcelo.

- tu também reclama de tudo! - diz Gabriel.

- Eu preciso saber! - olhou para Isabela - desculpa...

- não precisa se desculpar, eu também não estaria aqui se o avião não tivesse segurança! Pode ficar tranquilo! - diz Isabela.

- então vamos?! - O piloto Marcos foi para a cabine, apesar de ser a primeira vez dentro de um avião, a decolagem foi tranquila, estavam sentindo um pouco de medo, mas conseguiram manter a calma, o avião já estava voando. Diego olhava pela janela e se maravilhava com a sensação, Gabriel era só alegria. Não estava acreditando que estava saindo do Brasil, tudo era tão incrível.
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Quando estavam conversando, o celular de Marcelo tocou... enquanto ele falava, os outros continuavam conversando, quando Marcelo encerrou a chamada, ele gritou para Marcos ouvir.

- corvo! É para Durango mesmo! - os meninos não entenderam o porquê do corvo, Marcelo olhou desajeitado para os garotos tentando disfarçar alguma coisa.

- eu ouvi direito, você disse corvo? - pergunta Diego.

- sim... eu chamei ele de corvo, é um apelido antigo.

- porque chamam ele assim? Tem alguma história engraçada por trás desse apelido? - pergunta Lucas.

- Eu nem lembro! Que tal mudarmos de assunto?

- tipo o quê? - pergunta Diego.

- tipo... como o Gabriel conseguiu ser tão bonito! - diz Isabela.

- Eu só nasci assim! - brinca Gabriel.

- mas Diego não se sinta feio, você também é bonito! - diz Richard sorrindo.

- obrigado! Eu acho...

- não acho o Gabriel isso tudo não! - Lucas fala com audácia.

- hum deve ser inveja! - diz Gabriel sorrindo.

- inveja de quê?

Antes que uma discussão se iniciasse, João decidiu perguntar algo.

- Ei! Que Durango é esse? Porque eu vi no mapa do México, que o Durango é um estado, então... vamos para que cidade?

- existe sim o estado Durango, mas vamos para a cidade capital que se chama Victoria de Durango. - explica Isabela  - nos acostumamos a chamar apenas de Durango.
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O tempo foi passando... eles conversaram e lancharam. Alguns até dormiram. Começaram a ficar entediados.  Não esperavam que iria demorar tanto. Até que...

- já estamos sobre o México, daqui a pouco vamos pousar em Durango, só mais alguns minutos.

- nossa! Finalmente! - diz Lucas.

- vocês vão amar o México!
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Personagens:

Nome: Marcos

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As Cores do Destino (Romance Gay) +18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora