Uma manhã muito estranha!

1K 66 255
                                    


Marinette pensava que havia enlouquecido de vez. Não entendia ao certo como aquela situação maluca e inacreditável tinha se iniciado. Apenas tinha certeza de que aquilo era estranho ao extremo.

A azulada acordou sentindo pequenas cutucadas em sua bochecha. O que a fez gemer insatisfeita. Estava cansada. Suas noites não eram mais serenas há muito tempo, sempre que pregava os olhos tinha sonhos. Sonhos que Marinette considerava serem anormais demais.

Por isso, aproveitava toda vez que podia dormir em paz. E ser acordada logo cedo não era uma coisa nada divertida.

– Só mais cinco minutinhos, mãe. – Marinette murmurou enche bocejos. Simplesmente negou-se a abrir os olhos.

Foi quando as pequenas cutucadas se tornaram chacoalhões, ao ponto de fazê-la quase cair na cama.

Finalmente abriu os olhos, ainda que estivesse reclamando por isso. Demorou segundos para que a mestiça pudesse enxergar com clareza, mas quando visualizou quem tinha acordado-a… Ela nunca gritou tão alto na vida. 

– Bom dia, Princesa. 

A garota analisou a figura misteriosa à sua frente. O garoto era loiro de olhos verdes, aparentava ter por volta de 15 ou 16 anos. Ele usava uma roupa inteiramente negra feita de couro, com uma jaqueta, calças e botas. Em sua cabeça, possuía um par de orelhas felinas, um rabo feito de um cinto estava prendido em sua cintura e uma máscara negra cobria parte de seu rosto.

Marinette acharia a cena cômica, se não fosse pela bizarrice contida nela.

Quase caiu da cama pelo susto. Ok. Aquilo não era nada normal.

Pegou uma vassoura que deixara ali a noite anterior – depois de recolher os cacos de vidro do copo que quebrou –

E a empunhou como arma. Precisa se defender de alguma forma. E se uma vassoura fosse sua única linha de defesa, então ela iria usá-la com toda a certeza.

– Quem é você? – Ela gritou para o felino.

O garoto se mexeu desconfortável, e a observou com seus olhos verdes indecifráveis.

– Sou Chat Noir. – A voz saiu por entre os lábios dele como um encanto. O felino curvou-se como um cavalheiro para ela e se aproximou suavemente. Marinette apertou ainda com mais força vassoura ao perceber sua repentina aproximação.

– Não se aproxime mais!

Ele sorriu debochado e fez questão de a desobedecer. Mas o que ele podia dizer em sua defesa? Era apenas um gato teimoso e desesperado por ajuda e para vê-la.

A mestiça não esperou mais nenhum segundo para agir. – Eu falei para não se aproximar! – Gritou. 

Com força ela empunhou sua vassoura, e mirou exatamente no lugar onde mais doía em Chat Noir.

O rapaz foi ao chão, com as mãos em suas partes baixas e gemendo de dor.

– Espero que com isso ao menos você se sinta mais segura. – Ela rangeu os dentes. – Porque com certeza eu não me sinto. 

Marinette soltou a vassoura, e sentiu a culpa a dominar aos poucos. – Foi mal. – Ela disse constrangida.

Depois de muito tempo, Marinette se acalmou. Ficou sentada vendo Chat Noir se recuperar da dor aos poucos, enquanto ela tentava acalmar sua mente confusa, que não sabia o que ela deveria fazer.

Nervosa a azulada passou a fazer várias perguntas. Ao ponto de fazer a cabeça do pobre gato latejar.

– Espera, qual é mesmo o seu nome? – Ela indagou pela décima vez naquela manhã. Balançava seus pés no ar como uma criança inquieta.

Remember meOnde histórias criam vida. Descubra agora