Remember me

O sabor da guerra

Uh, desculpa? Vocês já devem estar exaustos das minhas sumidas e aparições do nada!

Se você me acompanha no instagram sabe a causa do meu sumiço (o @ de lá é bug_comics). Estou melhor agora e tentando voltar aos poucos em tudo.

Ah, e para compensá-los, trouxe-lhes essa capítulo enorme para vocês! Boa leitura! ❤

***

     Três meses atrás:

– Tem certeza disso? 
– Tenho! – A mestiça afirmou  – Eles são muito poderosos, precisam ficar escondidos. 
Sua face temerosa, alarmava os demais presentes, embora tentasse escondê-la a todo custo. Entretanto, lá no fundo de sua mente Marinette sabia que não tinha certeza do que planejava.
O restante da equipe assentiu. Todos com reações diferentes. Alguns pareciam acreditar em seu possível delírio outros não.
– Nesse caso eu e a equipe B já vamos. E você com a A.
Marinette fitou o namorado que saia acompanhado de Nino e Kyoko, seus parceiros de mais confiança para tal missão.
A azulada olhou para o chão enquanto o garoto guardava cuidadosamente a pequena caixa consigo. Ele lançou-lhe um último olhar para tentar decifrar o que a menina escondia, ela estava nervosa havia dias e se recusava a contar o por quê. 
Marinette viu-o girar nos calcanhares e ir em direção a porta. E mais uma vez ela se questionava se aquela era a decisão certa. Analisava o louro que se distanciava enquanto mordia o lábio inferior, tentava a todo custo não se lembrar do mesmo sonho que lhe atormentava toda a noite a respeito do garoto. 
Era tenebrosa a sensação, sentia-se sem ar e tinha vontade de chorar em rever  a mesma cena toda a noite, sem pausas. Porém mantinha-se calada, não devia interferir no destino, afinal ela era a guardiã dos miraculous a responsabilidade do bem maior cabia a ela, mesmo que isso significasse fazer um grande sacrifício. Mas quando chegasse a hora, ela seria capaz de tal coisa? Ser tão cruel para com ele, enquanto o mesmo fazia de tudo por ela? Tinha sérias dúvidas a respeito disso. Seria covardia demais.
Levantou o rosto, reprimindo as lágrimas que insistiam em tentar cair. Ela não podia se dar o luxo de ser fraca e chorar feito uma criancinha, pelo menos não na frente de sua equipe.
Mordeu o lábio inferior com força. Não. Não conseguiria. 
– Espera! – Ela berrou. Talvez apenas uma precaução não faria mal a ninguém…
Todos se viraram no mesmo instante, esperando ela dizer o que pretendia. A menina engoliu em seco, ter tantos olhares sobre si era desconcertante.
– E-eu... – balbuciou e após respirou fundo tomando coragem. – T-talvez seja melhor ficarmos com um deles e escondermos o outro.
– Pensei que fossem perigosos. – Kyoko arqueou uma sobrancelha.
– E são, mas... - ela falou constrangida, buscava uma desculpa por sua mudança de ideia tão repentina, ninguém poderia saber.
– Eu concordo com ela! – disse Luka – Todos sabemos que algo grande vai acontecer, mas não exatamente o quê. Termos um deles pode nos ajudar futuramente, principalmente se meu poder falhar.
A Dupain-Cheng desviou o olhar, e sussurrou um obrigada que apenas o roqueiro percebeu, este retribuiu com um sorriso amigável.
– Então é tipo uma segunda chance da segunda chance? – murmurou Max com o cenho franzido.
– Isso! – O guitarrista sorriu.
– Que coisa brega! Somos os heróis, não somos? Por que tanto drama se os mocinhos sempre vencem?
– Isso não são contos de fadas, Chloé. – murmurou. – Não se sabe o que nos aguarda no futuro, mas com certeza não é nada bom.
Adrien por sua vez assentiu e andou na direção da namorada. – Tem certeza? – ele sussurrou próximo dela.
Ela maneou a cabeça afirmativamente, não confiava o suficiente em sua voz para falar algo. O rapaz a olhou nos olhos e Marinette tremeu, suas orbes esverdeadas pareciam a analisar sua alma em busca de qualquer coisa errada dentro dela.
– Tudo bem. – ele murmurou. De dentro do seu bolso retirou uma pequena caixa e a esticou para a mestiça – Confio em você.
A azulada suspirou, sentia um peso saindo de cima de sua costas, ao mesmo tempo que outro vinha.
– Vamos Alya.