Encontros ao acaso e lembranças

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Emilie olhava espantada para o feito de Nathalie, chocada era pouco para descrever como se sentia perante àquilo. Soltou um murmúrio incompreensível e avaliou o trabalho feito.
– Você é incrível! 
A Sancoeur deu um pequeno sorriso e se aproximou da atriz, esticou sua mão e a loira não tardou a retirar seu broche de flor preso em seu terno branco e lhe entregar - o qual - Nathalie observou por alguns segundos e a guardou escondido em seu terno.
Emilie deu um pequeno sorriso, ainda não conseguia acreditar no que a secretária era capaz de fazer. Ela havia literalmente, surrupiado o miraculous do pavão do escritório de Gabriel Agreste enquanto a confusão de mais cedo acontecia, a loira tinha que admitir que Nathalie era esperta.
– Precisa ir logo, o Senhor Agreste não deve demorar para vir vê-la.
– Eu sei. – disse a atriz – Muito obrigada, Nathalie.
– Não precisa me agradecer, Emilie.
A Agreste abriu ainda mais seu sorriso e ajeitou sua bolsa em seu ombro, abriu a boca para responder, porém foi impedida por Nathalie que mais uma vez a apressava.
A loira negou com a cabeça e revirou os olhos ainda sorrindo.
Fitou mais uma vez a figura que as observava em silêncio. Deu as costas para Nathalie, andou até a cozinha e pulou a janela de lá antes de correr todo o gramado do gigante quintal da Mansão Agreste, passou pelo portão aberto pela Sancoeur e pegou o táxi que a esperava do outro lado da rua, partindo rumo a estação de trem.
E enquanto isso, Nathalie andava até o quarto de Adrien sendo seguida por sua obra.
Ficou ali dentro com ela por alguns instantes até ouvir batidas na porta. Endireitou sua postura se pondo ereta e foi atendê-la. Quando abriu-a revelou Gabriel Agreste, que se mantinha parado fitando a outra no cômodo com seu olhar inexpressivo e calculador.
A secretária sentiu um arrepio passar por sua coluna ao cogitar que o designer talvez houvesse descoberto seu plano, apenas ficou paralisada em seu canto e engoliu em seco, se fosse o caso certamente seria despedida.
O Agreste assentiu. – Vejo que me obedeceram. Volto mais tarde para vê-las novamente. 
Ele fez menção de se retirar, mas estacionou seus passos e se virou lentamente. Nathalie sentiu o coração palpitar, havia sido pega em flagrante.
– E Emilie, mais tarde iremos conversar.
A Sancoeur ainda com o coração disparado, olhou aflita para o ponto onde Gabriel se fixava.
Viu a outra manear a cabeça afirmativamente, se voltou novamente ao mais velho que por sua vez, deu apenas mais uma olhada no quarto e saiu pela porta.
Nathalie deixou escapar o ar que prendia até então, e se jogou na cama. Seu plano havia funcionado, restava saber se Emilie também teria sucesso em sua missão.
Virou o rosto, e fitou a loira parada a observando.
– Obrigada. – Sussurrou a secretária.
A esmeraldina sorriu ternamente, porém não respondeu.
Nathalie deixou escapar um suspiro, enquanto observava a cópia perfeita de Emilie Graham Agreste - em forma de um sentimonstro.

(...)

Marinette sorria de um modo idiota enquanto custurava uma nova peça de roupa que confeccionava. Há poucos minutos, se lembrou de mais uma de suas memórias com ele…
Os dois estavam em seu quarto, ele a irritando pedindo atenção e ela tentando estudar para a prova do dia seguinte.
– Me dê carinho, Mari Cheng! – Ele fez sua melhor cara de gatinho abandonado.
A azulada revirou os olhos, e fez um leve cafuné nos cabelos dourados do felino enquanto voltava sua atenção ao seu livro de história.
Não tardou ao gato reclamar novamente pedindo por mais, a mestiça largou seu livro na cama de forma descontente e fitou as orbes de esmeraldas do rapaz que se mantinham presas nas suas.
– Preciso estudar. – Ela murmurou zangada.
– E eu de atenção.
A garota soltou um chiadinho de reprovação e o loiro se levantou de seu colo, deu uma leve risada e segurou o queixo dela a forçando a olhá-lo.
– Depois te ajudo a estudar. Agora quero aproveitar um tempo com minha namorada.
Ela riu da cara dele e levantou uma sobrancelha.
– Namorada? – Ela falou – Você nunca me pediu em namoro até onde eu saiba.
– Mas estou pedindo agora. – Ele a fitou com intensidade, seus olhos transpareciam todo a afeto e carinho que sentia por ela. – Então o que me diz, Dupain-Cheng? Aceita namorar comigo?
Marinette perdeu o ar, e o olhou com sua boca entreaberta. Estava surpresa, não esperava que ele fizesse esse pedido tão cedo.
– Eu... É claro que sim! 
Ela se jogou em cima do gato que caiu de costas na cama e começou a rir junto a ela.
– Eu não levei um fora! 
– E eu desencalhei! – A mestiça gargalhou.
Já estava farta de ver todas suas amigas namorando e encontrando alguém e ela continuar solteira, a gota d' água foi quando Chloé Borggeios aceitou namorar Luka Coufainne, o casal mais improvável da face da Terra.
Claro, ela não aceitou o pedido por aquilo, mas sim pelo sentimento que nutria pelo rapaz. O mais incondicional e puro amor.
Chat Noir e Marinette se olharam fixamente, aproximaram seus rostos e terminaram com o espaço entre eles. O gosto característico de menta que a boca dele possuía a fez sorrir entre o beijo. Esse estava longe de ser o primeiro beijo deles, mas era um dos mais especiais - e eles esperavam que fossem um de muitos. Marinette se sentia a garota mais feliz do mundo, finalmente encontrara o garoto de seus sonhos.

Remember meWhere stories live. Discover now