I love you, stupid cat!

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E após inúmeros meses e noites sem dormir, lhes aviso que estamos oficialmente no penúltimo capítulo dessa fanfic! Eeeh!

Boa leitura e feliz ano novo!

×××

Sons de luta podiam ser escutados, metais eram brandidos contra metais e urros de dor eram proferidos. O lugar que antigamente era utilizado como covil para o maior vilão de Paris, agora era uma completa zona.
E com isso, ninguém percebia a garota ajoelhada com seus olhos húmidos e perdidos. Ela procurou desesperada no meio de toda aquela confusão, o objeto perdido no meio de sua bolsa.
Ela esperava que o plano tivesse funcionado. E não houvesse dado o pingente verdadeiro por engano quando derrubou sua bolsa propositalmente.
Finalmente acho-o escondido no fundo de sua bolsa, suspirou aliviada. Aquele era o certo! Comemorou internamente.
Marinette analisou Adrien esperançosa, ela tinha uma solução. Segurou o kwagatama de cor verde do garoto e agora seu (desde que o loiro lhe entregara sua posse) nas suas mãos trêmulas. Aquela era sua última esperança, um objeto mágico dado de seu Kwami ao portador como símbolo de amizade, e conhecedor de um desejo nas horas de desespero.
Levou o mesmo até seu peito e fechou os olhos. Precisava ser sincera consigo mesma. Expirou e se inspirou tensa. Era agora ou nunca.
"Desejo que tudo se conserte"
Seus cabelos escuros se esvoaçaram ao vento, pequenos pontos negros subiram ao ar. A cor verde do pingente se esvaziou e aos poucos se tornou preta. Vozes masculinas falavam e sussurravam seu desejo.
Ela abriu os olhos lentamente. E uma figura negra pareceu sorrir para ela, a mesma flutuou no ar e deu alguns rodopios. Parou em cima do vidro da caixa e fitou Adrien em seu sono profundo. Pareceu pensar por alguns instantes, antes de assentir e atravessar o vidro. Ela entrou dentro do peito do loiro.
Marinette aguardou ansiosa, com apenas duas perguntas em mente. Havia dado certo? E se sim, qual seria o preço a pagar?

(···)

Seus pulmões encheram-se de ar, e depois de muito tempo ele conseguiu respirar. Foi como submergir, de repente a água que o afogava não estava mais presente, e ele finalmente pode nadar para respirar.
Abriu seus olhos, somente para fechá-los novamente por conta da luz. Tentou novamente, dessa vez o semi-cerrando, e finalmente se acostumou para poder deixá-los abertos. Uma espécie de vidro se abriu, e ele notou que estava deitado em uma espécie de cápsula branca.
Barulhos eram produzidos por todos os lados, entretanto antes que descobrisse de onde vinham, sentiu um corpo colidir com o seu. Ele retribuiu o abraço depois de um tempo, e inalou o cheiro que a pessoa possuía. Eles se afastaram. A garota azulada sorria com lágrimas nos olhos. Tinha dado sorte.
– Eu te amo! – Ela disse, e finalmente se sentiu livre por dizer isso a ele. Depois de tanto tempo, não queria ser um covarde. Por isso falou. Já experimentara o perder uma vez, não queria se arriscar a o perder de novo sem que ele soubesse. O garoto ficou surpreso.
Marinette não deu importância, também ficaria se fosse ele. Ela apenas decidiu desfrutar da sensação em poder dizer a frase e tê-lo em seus braços, era a garota mais feliz do mundo.
Foi rápida quando selou os lábios dela com os dele, sem deixá-lo dizer nada. Ela sentiu o menino surpreso porém retribuir, ela passou seus braços por seu pescoço o trazendo mais para perto e se inebriou com seu gosto de menta característico que somente ele tinha. Emaranhou seus dedos nos fios de ouro, e o trazia mais para perto como se tivesse medo do garoto fugir, e de fato ela tinha. Aprofundou mais o beijo, com aqueles pensamentos e o deixou mais rápido. E teria prosseguido se não fosse pelo o garoto a afastar-se gentilmente de si. Ela o olhou confusa esperando uma resposta. Analisou o garoto cansado, cansado demais para quem dormira por tanto tempo. Ele estava ofegante e só pode concluir que a empurrou para poder respirar.
Ela sorriu, e afagou os cabelos dele. Lágrimas de felicidade escorriam por seus olhos enquanto sussurava um "Eu te amo seu gato estúpido."
O menino a fitou nos olhos, parecia querer dizer algo. Porém seus olhos se arregalaram em um ponto atrás da mestiça. A mesma fitou onde o mesmo olhava e compreendeu. Assentiu para ele, e o beijou rapidamente antes de se afastar e andar em direção aos amigos que lutavam contra Hawk Moth. Os dois se transformaram.
Um alarme começou a tocar, e luzes vermelhas se acenderam. Diversos tipos de armas e mísseis apareceram nas paredes. O protocolo de segurança tinha sido ativado.
– Casco!
O poder de Carapaça envolveu todos ali presentes. Ladybug notou gotas de sangue escorrer pelo nariz do rapaz.
Rena Rouge se aproximou dela. – O que fazemos?
Todos olharam esperançosos para a mestiça, ela engoliu em seco. Não gostava de ser o centro das atenções, e ter os holofotes voltados a si. Tudo que podia fazer era pensar em um plano.
– Chat! – Ela disse, chamando o felino. – Acha que consegue...
– Com quem está falando?! – Queen Bee berrou pelo barulho a impedindo de continuar.
Ladybug olhou para todos o lados desesperada.
– Mas... Ele estava aqui. – Ela murmurou chocada, ainda procurando pelo o parceiro. Não estava louca, tinha certeza disso. Seus lábios inchados eram uma prova de que ele realmente estava com ela.
Vagou os olhos azuis por todos os lados, e sufocou um grito. Ele realmente não estava ali. Marinette sentiu uma vontade enorme de se encolher num canto e começar a chorar, porém não podia se dar o luxo no momento. Seus amigos ainda precisavam dela. Maneou a cabeça negativamente, e deu um sorriso forçado enquanto retirava seu ioiô da cintura. Só lhe restava chamar pelo seu talismã, e mais tarde pensar em qual hospício iria se internar.

Remember meWhere stories live. Discover now