Reencontros e despedidas

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Então pessoal, o que rolou foi o seguinte: Minha saúde mental decidiu ir dar um passeo e até agora não voltou. E por isso fiquei inativa em tudo, spirit, wattpad e instagram.
Mas aí eu estive pensando: Ei se eu escrevi Remember Me na pior fase da minha existência (e sim, isso influenciou no jeito sad dessa fic)... Por que eu não vou postar e revisar ela agora? Ao menos eu sou bonita, e além disso, a nostalgia será linda!

Então é isso, desculpa a demora e é nós! :)


×××

Nino era uma pilha de nervos.
Andou por todos os lugares possíveis onde pudesse encontrá-la e não a achara em nenhum deles.
Suspirou frustrado e retirou seu boné para se descabelar logo em seguida. Estava preocupado, aflito.
Em sua cabeça um milhão de pensamento o invadiam. E se houvesse acontecido algo ruim com ela? E se tivesse sido roubada? Atropelada? Estuprada? Ou sabe se lá mais o quê! Jamais se perdoaria se algo acontecesse com ela, não deveria ter brigado com Alya, ela estava precisando de ajuda tanto quanto ele. Qual era seu problema?!
Agora, o entardecer dominava Paris, as luzes dançavam no céu acima dele - como em um ritual para trazer a escuridão. E ele andava e corria feito um louco por toda a cidade, em busca da namorada desaparecida a cerca de quatro horas, que não atendia o celular nem respondia mensagens.
Quase entrou em colapso quando a mãe de Alya, Marlena Césaire, ligou perguntando sobre Alya e onde ela estava, quando respondeu que a morena foi para a casa de Marinette. Marlena respondeu que já ligara para ela e a azulada disse que a amiga já havia ido embora à duas horas atrás.
Pegou seu celular e telefonou novamente para a blogueira. E de novo, caiu na caixa postal. Deu um grunhido raivoso e começou a andar novamente.
Começou a correr o mais rápido que podia.
Só possuía um lugar onde Nino não havia procurado ela ainda.

"Por favor, que ela esteja lá"

(...)

Marianne observava Marinette em silêncio. Do outro lado da rua, podia ver Marinette feito uma louca na porta da padaria telefonando para algum número.
A mestiça fazia caras e bocas para o celular, a viu dar um grunhido raivoso e guardar o celular em sua bolsa. Ela olhou para o lado e ficou quieta, como se estivesse esperando.
- Eu estou calma! - A azulada berrou.
Ela franziu a cara e apoiou as mãos no quadril.
- Eu não me importo em estar parecendo uma louca! - Marinette deu um bufo raivoso, revirou os olhos e passou a andar apressadamente.
A Lenoir franziu o cenho. Com quem Marinette estava falando?
Uma ideia estalou em sua mente, não, não podia ser... Sua teoria estava certa! Deu um sorriso automaticamente, as chances para seu lado começavam a aparecer.
Ergueu a cabeça para cima e observou de longe a sacada do quarto da menina, em seguida desviou o olhar para a pequena caixa de madeira em sua mão, estava na hora de devolver memórias importantes a Guardiã.

(...)

Emilie fitava o teto do quarto, suas mãos localizadas sobre seu abdômen e os cabelos loiros espalhados pelo travesseiro lhe davam um ar pensativo.
- Precisamos mesmo fazer isso? - Ela murmurou triste. - Eu gostei dela.
- Sinto muito, Emilie. Mas é preciso. - Ditou Nathalie.
Ela se localizava parada ao lado da cama observando a loira, vestia seu terno preto sempre impecável e segurava sua tão fiel prancheta que levava de um lado para outro. Sua expressão sempre séria e metódica denunciava que a Sancuer não estava para brincadeiras, o que fazia quase sempre - Emile revirar os olhos.
- Não podemos ficar com ela? Poderíamos escondê-la no sótão, montarmos uma cama e chamá-la de Emilizinha. - murmurou a atriz com um ar sonhador, como uma criança implorando para sua mãe por um bichinho de estimação. O que fez Nathalie pensar, que com certeza Adrien herdara aquele jeito de ser de sua mãe. Se recordava de certa vez que o garoto trouxera um gato negro escondido para dentro de casa, o loiro ficara duas semanas inteiras ignorando Nathalie por ter se livrado de Felpudo - ao seu pai tê-lo descoberto, mau o adolescente sabia, que a secretária não conseguira abandonadar a bola de pelos, e o abrigara dentro de sua própria casa.
A ex vilã negou com a cabeça e deu um sorriso terno tanto pela a figura que a Agreste era quanto pela memória.
- Sabe que não podemos, Emilie.
- Mas Nathalie... Olha para aquela carinha e me diga se tem coragem de fazer isso.
O sentimostro permanência quieto, e ouvindo qual seria seu futuro destino. Por dentro se sentia abatido - fizera tanto por elas. Mas no fundo sabia que não pertencia ao mundo real, os sentimos são frágeis e a alma mais ainda. Não poderia ficar, precisava partir. E Nathalie entendia isso.
A Sancoeur fitou o sentimonstro e soltou um suspiro. Não podiam deixá-la ir. - Sinto muito...
Emilie deu um murmúrio triste, entendia o ponto de vista de Nathalie mas não queria aceitá-la, sua natureza pessoal a impedia de fazer mal a qualquer ser, principalmente um proveniente dela.
A secretaria não sabia, mas a loura secretamente já havia adotado Emilizinha como sua filha.
Por um tempo pensou, talvez pudesse mandá-la para Miami ou quem sabe Caribe, dar-lhe uma passagem, uma identidade e passaporte falsos. O tempo que passou sendo super heroína, lhe dava vantagens de conhecer todo o tipo de gente. Apenas precisava falar com a pessoa certa.
Mas não podia. Deixou uma lágrima solitária escapar por seus olhos, ela era uma pessoa sensível, por mais oculto que esse traço de sua personalidade fosse. Se levantou da cama e caminhou em direção do sentimonstro, parou em sua frente e a olhou com uma cara triste. Emilie não demorou a abraçá-lo e pedir desculpas em forma de sussurros.
O monstro apenas assentiu, retribuiu o abraço e deu um sorriso amarelo. Precisava obedecer suas mestras.
A Agreste se afastou, e andou até a porta do quarto. - Faça o que tiver que fazer...
Destrancou a maçaneta, e saiu do cômodo. Por baixo da porta, Emilie pode notar um brilho azulado emanear. Cerrou os olhos, não estava nada disposta a ver aquilo.

Remember meWhere stories live. Discover now