Capítulo 14

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  'O-Menino-Que-Sobreviveu'

Para Hadrian foi enganado. Além das mentiras óbvias em sua vida, uma mentira muito mais sinistra apareceu. Evan não foi o único que derrotou o grande Lorde das Trevas. Foi Hadrian. Não é de admirar Evan era tão incompetente com qualquer forma de magia, comparando todas as histórias sobre ele. Dumbledor, o velho idiota, estava errado.

Sua vida até ir para os Dursley, sua vida de abandono, de nunca ser bom o suficiente, de ser constantemente empurrado para baixo por Evan, era uma mentira. Se eles soubessem, Lily e James nunca o teriam enviado para morar com os Dursleys. O abuso que ele sofreu nunca teria acontecido. A mente de Hadrian agarrou-se a todas as possibilidades de que ele pudesse ter uma vida normal. Mas logo começou a derivar para a vingança. Ele era mais poderoso que qualquer um deles. Ele tinha controle sobre seu destino, ele era seu precioso salvador, afinal.

"O que!" Voldemort estalou, sua cabeça girando para encarar Hadrian.

"Evan Potter, não tem olhos verdes," Hadrian repetiu, lentamente, como se confirmasse a verdade por si mesmo.

"Isso não pode estar correto!" Voldemort sibilou, a raiva emanando dele. Nesse momento, Bellatrix e Lucius recuaram para o fundo do corredor, ouvindo atentamente a conversa.

"Seus olhos não são os que eu vi antes da minha condenação." O Lord das Trevas explicou, rosnando sua frase. Sua magia mais uma vez rastejando em direção a Hadrian, envolvendo-se em torno dele, enchendo a sala. Essa sensação sufocante.

Hadrian sabia o que tinha que fazer para provar seu ponto. Abandone seu glamour. Ainda assim, Voldemort sabia do assassino Hades. De seu cabelo não natural que tão facilmente o denunciava. Ele já podia adivinhar que Voldemort tinha planos de uma aliança com o assassino.

Soltando um suspiro profundo, Hadrian removeu os glamour que vestia. Seu cabelo estava mudando do corvo que havia começado para um branco como o osso. Seus olhos voltando ao verde natural, brilhante, de maldição mortal e tóxico. Seus olhos eram como piscinas, cheios de conhecimento e poder. Voldemort imediatamente reconheceu aqueles olhos. Os olhos da pequena criança de cabelos negros que causou sua morte. Os mesmos olhos que muitas vezes assombravam seus sonhos, zombando e zombando dele todas as noites.

Já fazia uma hora desde que Hadrian foi solto e teve permissão para vagar pela mansão. Ou melhor, um quarto individual. Ele e Voldemort ainda não haviam debatido sua aliança. O Lord das Trevas estava convencido de que Hadrian continuaria sendo seu seguidor, seu Comensal da Morte. Mas isso atualmente não era um problema. Hadrian precisava que o Lorde das Trevas se levantasse, para suas necessidades distorcidas de vingança. Sua recém-descoberta posição dentro da profecia permitiu que ele ajudasse Voldemort em sua ressurreição. Era isso que ele esperava, o ritual a ser estabelecido. Hadrian tinha pouco a fazer nesse ínterim, além de deitar na cama macia que estava posicionada no canto.

Muito em breve, uma sensação de queimação consumiu seu braço. A marca negra, sinalizando que era hora. Lentamente, Hadrian se levantou, caminhando em direção à porta. Abrindo a porta, ele foi saudado pelo sorriso cruel de Bellatrix. Ela acenou para que ele a seguisse enquanto ela começava a andar em um ritmo rápido.

"Quem diria que o pequeno bruxo da luz é um psicopata!" Bellatrix gritou, sorrindo loucamente para Hadrian.

"Eu nunca fui um suporte da luz", respondeu ele.

"O quê! Mas você é um Potter! Esses porcos são tão leves quanto você consegue"

"Eu nunca fiz parte da família deles." Hadrian declarou, rapidamente encerrando a conversa. Felizmente Bellatrix seguiu seu exemplo e permaneceu em silêncio pelo resto da viagem.

Eventualmente, depois de passar por muitas portas e corredores, a dupla chegou a uma escada. Os degraus de pedra levavam a uma grande sala em forma de caverna, com paredes e piso feitos de uma pedra cinza profunda. Sentado no centro de um círculo desenhado estava Voldemort. Objetos, ervas, frascos de líquidos ao redor e dentro do círculo. Hadrian se aproximou cautelosamente, seus olhos fixos no Lorde das Trevas. Lucius saiu das sombras, segurando delicadamente uma adaga de prata ornamentada. O punho de esmeralda, marcado com o brasão da Sonserina, foi oferecido a Hadrian enquanto Lúcio o instruía sobre o que fazer. Assim que Hadrian recebeu suas instruções, Lúcio e Belatriz saíram da sala.

Hadrian foi arrastado para fora de seus pensamentos enquanto a magia estrangeira se dissipava. O círculo foi manchado, os frascos esmagados, ervas esmagadas e os objetos despedaçados. Voldemort foi deixado sentado no círculo em ruínas, seu antigo corpo restaurado.

Este era Tom Riddle. Cabelo castanho escuro caindo sobre a testa. Olhos vermelhos destacando-se de sua pele pálida. Seu rosto era um exemplo de realeza puro-sangue, pelo qual qualquer um morreria. Pelo que Hadrian podia ver além das vestes pretas que Tom usava, ele tinha o corpo de um deus.

Hadrian estava tão obcecado por Riddle que mal notou Lucius correndo e ajudando seu Senhor a se levantar. A loira logo ajudou Riddle a se levantar e sair da sala. Deixando Hadrian e Bellatrix em seu rastro.

"Merda..."Hadrian murmurou, recebendo um olhar curioso de Bellatrix. Embora a bruxa logo tenha deixado um olhar apaixonado se abater sobre seu rosto quando ela respondeu.

"Você e eu, Hades"

***

"Eu poderia colocar fogo neste mundo e chamá-lo de chuva"

Nunca confie em uma cobra {Tradução}Where stories live. Discover now