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Sn está sobre meu pé. Acordo por volta das seis, eu preciso trabalhar, ela também. Eu tento me mexer mas ela está com a perna entrelaçada entre minha perna até meu pé, sinto uma dor insuportável, meu pé está enfaixado por conta de ferimentos. Ela chuta meu pé e eu quase grito de dor, tento acorda lá mas é impossível.

Depois que acordei, ela tem passado todo seu tempo livre comigo, acho que ela se sente culpada, mas não deveria, eu bebi sem moderação e fui eu quem bateu o carro, ela não teve nada haver com minha falta de responsabilidade.

Mas eu gosto de passar esse tempo, apesar de achar que ela precisa de espaço, ela gosta de passar tempo sozinha, com os amigos dela, e eu preciso que ela saiba que não precisa se sentir culpada, que ela pode voltar a viver normalmente que eu não irei pegar eu carro e o batê-lo novamente, não se eu puder evitar.

- Meu amor, acorda - Eu observo ela que sua mais que o normal. Eu estou morrendo de dor. - Lindona, porra Sn, estou morrendo de dor, pela mor. - Ela virou para o outro lado me ignorando, como eu odeio quando ela faz isso. - Sn. - Eu passei a mão em seu cabelo e ela bufou irritada.

- Me deixa dormir - Revira os olhos. Eu empurro ela e sento na cama, pego minhas muletas que estavam no chão e me equilibro para me apoiar nelas. O lado de bom de estar com as muletas é que Sn fica com pena de mim e pega qualquer coisa que eu pedir, o lado ruim é que eu não posso transar, não por que não consigo, sim por que Sn disse que tenho que estar recuperado totalmente.

Sn sai para trabalhar por volta das sete, ela volta às oito e vinte. Estou preparado para conversar com ela. Mas ela chegou estressada, começou batendo à porta de casa, não ouso perguntar o que aconteceu, me ajeito no sofá e fecho meu computador, ela solta sua mochila e a joga no sofá.

- Meu amor?

Ela não responde, eu me calo, me levanto com dificuldade apoio em minhas muletas, eu me direciono a cozinha e vejo ela virar um shot sem pensar. eu me aproximo dela e beijo sua cabeça. Sn enche outro copo e bebe novamente.

- Quer me contar o que houve? - Novamente sem resposta.

- Essa branca metida! E esse cara, eu juro que conheço ele de algum lugar, eu simplesmente entre no hospital, fui conversar com o Daniel, ele pediu para eu ir lá para dar explicações sobre sua nova medicações, e aquela doente começou a me olhar torto, você sabe como eu sou amor, fui tirar satisfação.

- É, eu sei como você é - Eu beijo sua testa e ela suspira revoltada - Mas não vai adiantar você ficar irritada com isso meus amor.

- Ela me chamou de macaca! Você tem ideia do que é isso? Óbvio que não sabe - Ela suspira irritada, ela cruza os braços e eu concordo com a cabeça. - Dói Aidan!

- Tem razão meu amor, eu não sei como é, eu nunca sofri o que você sofreu, eu tenho certeza, mas eu posso tentar te ajudar - Ela olha para mim com os olhos brilhando. - E depois o que você fez?

- Ah amor - Ela coça a nuca e eu franzo o cenho, ela da os ombros e eu suspiro. - Eu bati nela... Mas ela também disse que eu estava chupando o Daniel para conseguir o estágio lá, estava pedindo nao é?

- Estava muito, fez bem, mas você sabe que não pode - Ela concorda e eu suspiro - Por você, pelo seu emprego, sabe que vai sair como a errada não sabe?

- Eu sei Aidan! Mas isso não é justo!

- Ok, eu sei, se acontecer algo eu vou dar um jeito - Dou um beijo rápido nela que sorri para mim. - Ok?

Um amor puroWhere stories live. Discover now