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Chego em casa por volta das duas da manhã, Diana ligas as luzes da casa e me observa de cima abaixo, estou um pouco bebado, bebi um pouco depois do trabalho, tomei alguns comprimidos que não me lembro o nome, mas apenas para poder aguentar quando chegasse em casa.

Diana berra algo que eu não entendo. Eu tiro os sapatos e deixo minha mochila pendurada em um cabide de casacos.

- Você acha que pode chegar a hora que quiser em casa? - Eu passo a mão no rosto e tropeço em meus próprios pés. - Está bebado! É claro que está! Você sempre está! É isso que você é! Um bebado!

- Eu não estou bebado! Mas que porra você tem de errado?! - Eu bato na mesa e ela me empurra. - O que foi Diana? Você quer arranjar briga? É isso que você quer? Então vamos brigar! ANDA! ME FALA!

- É impossível não brigar com você! Você acha que eu vou aceitar ser traída o tempo todo por você? ACHA QUE EU NÃO SEI QUEM SÃO AS PIRANHAS?

- Você teve um filho!

- UMA VEZ! UMA VEZ POR QUE VOCÊ PROVOCOU TUDO ISSO! POR QUE VOCÊ NÃO VAI BUSCSR SUA FILHA? QUE ESTÁ NA FESTA ATÉ AGORA!

- Na festa de formatura do terceiro? Por que deixou ela ir, sabe que é para maior de idade.

- Ué, não podia? - Ela se faz a Sinica - Desculpa Aidan, no momento eu não prestei muita atenção, o pintor estava pintando a parede.

- Você transou com a porra do pintor? Mas que porra clichê! Qual é o seu problema?

- VOCÊ! VOCÊ É MEU PROBLEMA! E EU TRANSEI COM ELE, PELO MENOS ELE SOUBE ME SATISFAZER E NÃO GRITOU O NOME DA EX ENQUANTO ME FODIA!

- Pare de ser dramática! - Eu digo antes de ver Maria entrar cambaleando dentro de casa, eu engulo seco e vejo Diana cruzar os braços como "eu avisei". - Está bebada? - Eu pergunto e Maria franze o cenho.

- Achei que estavam dormindo.

- Ela é uma pirralha Aidan, mande ela logo para o internato! Você sabe que é o melhor a se fazer! Essa garota está dando mais trabalho do que deveria!

- Direto para o quarto Maria - Eu digo e ela nega com a cabeça antes de pressionar a maçaneta da porta. - Maria é uma ordem, não estou pedindo.

- Vocês, Vocês são os piores pais que alguém poderia ter - Ela diz antes de passar por mim. Diana me encara ainda irritada, eu pego uma garrafa de água dentro da geladeira e subo as escadas para o quarto de Maria. - Vai embora! Volta para o seu trabalho ou para a porcaria do bar, passa mais tempo lá do que em casa mesmo.

- Maria, filha me perdoa, abre a porta para mim meu amor. - Ela abre e eu entro no quarto vendo a bagunça. Deixo a garrafa em cima da mesa e beijo sua testa, ela me abraça com força chora em meu peito. - Me perdoa, me perdoa.

- Eu não aguento mais pai. Por favor. - Eu concordo e faço cafuné em seu cabelo. Eu me afasto, procuro sua mochila e abro seu guarda roupa. - O que está fazendo? - Ela diz com a voz ainda embargada.

- Vamos ir embora.

- Eu vou ter que ir para a casa da vovó? Pai, eu não posso voltar para lá, por favor pai. - Eu me aproximo dela e seguro seu rosto. - Por favor.

- Vamos para casa de uma amiga, a Sn lembra dela? - Maria pensa por um tempo e concorda com a cabeça. - Ela disse que podemos ficar lá até eu arrumar sua guarda, vamos ficar lá e depois eu vou terminar com Diana, vamos ser apenas eu e você.

- Promete?

- Prometo minha princesa - Eu beijo sua testa e voltei a colocar as roupas em sua mochila. - Já faz um tempo que entrei com o processo. Faz quatro anos e seis meses, e agora as coisas estão andando. Vai dar tudo certo. - Ela concorda e eu saio do quarto e entro no meu, encho minha mochila de roupas e volto para o quarto de Maria. - Vamos, vem. - Ela segura minha mão e descemos as escadas.

Um amor puroDove le storie prendono vita. Scoprilo ora