|CAPÍTULO:25|

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Brian

Já estava em lágrimas, me sentindo num poço sem fundo, quando senti alguém me puxar para perto de sí e me abraçar fortemente.

- Já passou! Já passou! Estou aqui com você. Calma. - Sussurrou em meu ouvido.

A voz calma da minha mãe sempre me acalmava.
Ela puxou - me contra o seu peito. Elenna e Alan também estavam lá. Alan parecia assustado, deve ter sido por isso que Elenna o levou para fora do quarto.

- Vamos, se levante. - Disse suavemente.

Me levantei lentamente com ela me dando apoio até à cama, onde me sentei. Minha mãe abriu a gaveta da cómoda ao lado da cabeceira e tirou de lá a caixa dos meus remédios para ocasiões como essas. Serviu água da vasilha que também se encontrava em cima da cómoda.

- Pegue. - Estendeu o copo.

Tomei os comprimidos. Em seguida deitei - me na cama e ela cubriu - me com a colcha. Sentou - se ao meu lado à beira da cama e começou a passar a mão no meu cabelo.

- Meu filho, não se culpe mais por isso.

Tentei dizer alguma coisa, mas os comprimidos já estavam a fazer efeito. No lugar de palavras começaram a sair bocejos, até o momento em que caí no sono.

{. . . }

Despertei antes que o despertador tocasse. Foi só quando me descobri todo que percebi que havia dormido de calça social. Passei a mão no cabelo meio emaranhado, lembrando da noite anterior. Suspirei pesado.
Levantei - me e fui até ao banheiro. Coloquei - me por baixo do chuveiro que derramava água morna em meu corpo cansado e sonolento. Sentia meu corpo acordar aos poucos. Quando terminado, coloquei a toalha e saí direito para o meu closet, de onde peguei um terno num tom azul escuro, uma camisola branca e por fim um sapato azul escuro da prada.

{•••}

Já estava quase pronto, faltava apenas colocar o casaco, foi nesse exato momento que ouvi uns batimentos fracos na porta.

- Entre. - Afirmei.

Logo depois ví a porta se abrir, era Elenna ainda de pijama. Ela parecia estar triste.
Ela entrou e fechou a porta.

- Como estás? - Perguntou.

- Bem, mas parece que você não está bem. O que houve?

Ela esitou em responder, fiz pressão e no final acabou por dizer:

- Não é nada de mais, apenas estava preocupada contigo.

Levantei uma sobrancelha.

- É sério, afora me fala. Onde está o meu presente?

- Então era esse o seu real motivo. Tendi. Acho que me esqueci.

Peguei o meu telemóvel que estava por cima da cómoda e fiz uma ligação.

- Pode trazer. - Falei e desliguei a chamada. - Pronto, há estão trazendo o seu presente. - Passei a mão no seu cabelo, o desarrumando.

- Você é realmente parecido com a Sophia. - Disse ela, me fazendo digerir cada palavra que ela havia dito.

- Como? - Olhei para ela ansioso pela resposta.

- Ela passou o tempo todo ontem comigo, até quase dormiu aqui, mas se esqueceu de me dar o presente. Ligou - me hoje de manhã dizendo que passaria aqui mais tarde para me entregar.

Não respondi nada a respeito.

- Preciso ir logo, se não me atraso. - Dei um beijo em sua testa e saí do quarto, ela foi atrás de mim em silêncio.

- Tá precisando de alguma coisa? - Perguntei.

- Não, nada.

- Isso é bom. - Abri a porta que dá acesso ao quintal. - Olha, o se presente já chegou.

Ela atravessou a porta e deparou - se com uma Ferrari preta, mas não era um modelo qualquer, era um modelo especial que eu havia mandado construir só para ela. O carro era todo artilhado. Todos os acessórios como: jantes, faróis, escape, volante e etc, eram num tom vermelho vivo. Vidros fumados e pra completar, uma matricula escrita o seu nome.

- Oh... Meu... Deus... - Disse estupefacta. - Isso é... uma máquina.

- Gostou?

- Está de brincadeira? Eu morri, cara.

A menina saltou no meu colo e me encheu de beijos.

- Obrigada. Vou mesmo agora sentir o cheiro dela. - Correu em direcção ao carro.

Caminhei lentamente até ao meu carro.

- Não prefere que eu te leve pra empresa? - Perguntou.

- Acho melhor ficar para próxima. Divirta - se.

Entrei no carro e dei partida.

{•••}

Quando entrei no edifício percebi que todo mundo estava estranho. Uns estavam fora de seus lugares e nos lugares de outros, ao que parecia, tinham um assunto muito quente na ponta da língua. Após perceberem que eu já lá estava, começaram a voltar aos seus lugares. Entrei em minha sala sem dizer nada, sem nem mesmo reparar se Sophia estava em sua sala.
Assim que abri a porta da minha sala, percebi que quase bateria com a porta na Sophia, ela se assustou e deixou escapar um palavrão, em seguida olhou para mim, como se estivesse esperando um pedido de desculpas, o que infelizmente não aconteceu.

- Bom dia. - Avancei até à minha mesa.

Ela ainda estava parada olhando para onde eu estava.

- Organizou os documentos que levou da vez passada?

- Organizei. Estão sob a sua mesa. - Demorou um pouco pra responder.

- Óptimo.

- Precisa de mais alguma coisa, senhor. - Disse finalmente se virando para me encarar.

- Não, já podes sair.

E assim ela o fez. Não demorou muito para que Dante entrasse.

- E aí?! - Disse assim que entrou em minha sala.

- Fala. - Disse sem nem olhar em seu rosto.

- Brian, acho melhor você achar uma nova secretária pra você. - Sentou - se numa das cadeiras à frente da minha mesa.

- Porquê? - Perguntei ainda com os olhos na tela do computador.

- Essa sua secretária é uma mulher indigna. Nós não podemos aceitar esse tipo de pessoa em nossa empresa.

- O que foi que ela fez? - Desta vez levantei os olhos para o encarar.

- Ela é uma oferecida. E além do mais, ela passa o tempo todo dando em cima de mim.

Levantei uma sobrancelha.

- E como é que isso pode ser verdade? Dante, eu te conheço muito bem, bem o suficiente para saber que é você que sai incomodando as mulheres e o conheço o baste também para saber que se você visse uma mulher se jogando pra cima de você, você não perderia tempo, então eu sugiro que pare de caluniar a Sophia.

- Você está duvidando de mim? Pois então pergunte a todos os funcionários, irão te contar cada detalhe. - Disse se levantando.

- Eu te disse para ficares bem longe da Sophia. - Me controlei para não deixar transparecer a raiva que sentia.

- Eu estou tentando, mas é ela quem não me deixa. Tou indo embora, já que não acreditas em mim.

Se levantou e foi embora.
Peguei no telefone fixo e liguei para Sophia.

- Preciso que venhas até à minha sala. -  Dito isso, desliguei.

Vamos descobrir o que está acontecendo.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now