|CAPÍTULO:35|

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Brian

Aquela notícia me caiu como uma bomba. Tudo o que eu não queria era ter que continuar um relacionamento sem amor e que não tinha futuro, mas como sabemos, na vida não temos tudo aquilo que desejamos. Bidgit estava grávida,  essa era a realidade agora. Eu precisava tomar uma decisão naquele momento, mas como poucas vezes na vida, não consegui reagir.

- Não vai dizer nada? Não gostou da notícia? - A sua pergunta parecia mais um teste.

- Você está falando sério? - Perguntei ainda incrédulo.

- Por quê eu mentiria?

Estava prestes a dizer alguma coisa, mas ela me enterrompeu.

- Antes que você pense em dizer eu direi. Nem que tu queiras eu nunca abortarei essa criança.

- Eu jamais pensaria nisso.

- Pois então me prove. Vamos nos casar para que a criança não cresça com os pais separados.

Enguli em seco. Senti uma pequena falta de ar, mas logo me recompús.

Acho que já puderam perceber o quão meu destino com Sophia estava ferrado. Cada vez que eu sentia que estava me aproximando dela alguma coisa acontecia.

- Você não vai dizer nada? Acha que é tão simples assim? - Continuava dizendo.

Não havia outra solução a não ser aceitar me casar com ela. Seria péssimo aos olhos de todos se soubessem que Bidgit teria um filho meu e não nos casariamos, além de que isso é um acto que a minha família não aprova.

- Nós iremos nos casar. - Falei.

- Que bom.

Entrei no carro e dei partida antes que ela dissesse mais alguma coisa.
Conduzi para longe de tudo e de todos. Precisava aliviar a cabeça. Fui para uma praia que estava quase deserta por conta do clima desfavorável para desfrutar de um bom dia de praia.
As leves gotas de chuva insistiam em cair, acentuando ainda mais o clima pesado que eu estava passando. Me aproximei do mar ficando a beira dele e com toda força dos meus pulmões gritei de raiva. O monte de sentimentos misturados dentro de mim me sufocava demais. Gritei até não haver mais força para tal. No final voltei para dentro do carro e fui para a casa de Sophia. Quando lá cheguei tive a sorte tive o contra - gosto de ver Sophia com aquele idiota do Martin. No momento senti uma onda de ciúmes se manifestar dentro de mim, tive que me conter para não fazer figuras.

{...}

Ví Sophia pela janela. Ela estava sozinha sentada no, junto ao jardim que ficava na parte de trás da casa, sem pensar duas vezes fui até ela. De tão distraída que estava não percebeu a minha aproximação. Acabou se assustando quando me viu sentar - se ao seu lado.

- Flores lindas. - Comentei olhando para a mesma direcção em que seus olhos estavam.

- Eles realmente tinham um bom gosto. - Sua voz estava carregada de uma intensa saudade.

- Eles? - Perguntei confuso.

- Os meus pais plantaram juntos. Na verdade era para ter sido uma surpresa para a minha mãe, mas ela era tão curiosa que acabou obrigando o pobre do meu pai a dizer - lhe o que ele estava planeando.

Não soube o que responder, então me mantive calado me contentando apenas em olhar para a paisagem na minha frente. Minutos depois minha mãe surgiu.

- Querida, entre para comer alguma coisa. - Disse num tom doce.

- Obrigada, senhora Elisabeth, mas estou com fome.

- Está bem. Mas por favor, não fique aqui fora por muito tempo se não vai se resfriar.

Sophia assentiu e minha mãe voltou para dentro.

{...}

Naquele dia saí muito tarde da casa de Sophia. Saí de lá quando Sophia já estava dormindo. Minha mãe e Elenna acabaram ficando por lá mesmo e eu fui para o meu apartamento. 
Peguei em uma garrafa de wisky pronto para beber, mas me detive quando me lembrei que precisava estar bem no dia seguinte para Sophia, então voltei a coloca - la na garrafeira.

- Que droga. - Proferi passando a mão no cabelo.

Subi para o meu quarto, onde tomei um banho na minha swit. Coloquei o meu pijama e me deitei na cama rezando para que o sono me pegasse logo, mas nada acontecia. Já estava a sentir o nível da minha ansiedade aumentar, então tomei o comprimido mais pesado que eu tinha para insónia, que em menos de minutos me fez cair no sono.

No dia seguinte me aprontei e fui tratar de toda papelada referente ao velório. Mais tarde nós já estávamos no cemitério diante de uma cova.
Sophia estava muito abalada, ve - la daquele jeito e não poder fazer nada para diminuir sua dor partia o meu coração.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now