|CAPÍTULO:37|

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Brian

Meu coração batia aliviado ao ver que ela estava um pouco animada.
Nós conversamos de muitas coisas. Ela me contou um pouco sobre a sua infância, com isso pude conhece - la e ama - la um pouco mais.
Quanto mais tarde ficava o céu se tornava cada vez mais nublado e as gotas de chuva se tornavam mais grossas. Tivemos que correr para dentro do carro.

- Acho que já está na hora de irmos embora. - Falei e ela concordou com a cabeça.

Dirigi até à casa dela e confesso que quando lá chegamos senti um pouco de decepção, queria ficar nem que fosse mais um minuto com ela.

- Bom... Chegamos. - Parei o carro na frente de sua casa.

- Obrigada. - Deu um sorriso fraco.

Eu meio que sorri como resposta.

- Então... Boa noite. - Disse fazendo menção em descer.

- Se cuide. - Disse sem pensar.

Ela me olhou de um jeito estranho, não a culpo por isso, na verdade ela tem toda razão, eu teria feito mesmo se estivesse no seu lugar.
Desceu do carro e correu o mais rápido possível para junto da porta, para não se molhar na chuva. Tirou a chave que tinha no bolso do enorme blusão que usava e dentrancou a porta, olhou uma última vez para mim antes de entrar e fechar a porta.

Voltei a dar partida no carro e fui para a minha casa. Consegui chegar à casa em pouco tempo, pois a estrada estava minimamente circulável.
Estacionei o carro em frente a porta principal e entreguei a chave a um dos meus homens para que o pudesse estacionar na garagem. Entrei em casa e fui para o meu quarto que para o meu espanto não estava vazio.

- Demorou muito. - Seu tom era de desconfiança.

- O que faz aqui? - Perguntei friamente ignorando totalmente a sua pergunta.

- Desde quando você se incomoda com a minha presença? - Sentou - se na cama e cruzou os braços enquanto me fulminava com um olhar ameaçador.

- Bidgit, não me irrite. - Meu tom agora era feroz.

- Brian, acho que eu preciso te lembrar de uma coisa. - Se levantou e se colocou na minha frente. - Nós teremos um filho e nos casaremos, vai ter que se acostumar a me ver aqui de agora em diante. - Seu tom era tanto ameaçador quanto gentil, não sei como ela conseguia fazer isso, mas conseguia.

Respirei fundo e fui para o meu closet, onde tirei um pijama, quando ela viu que eu pretendia sair do quarto se pronunciou.

- Para onde está indo? - Seu tom agora era leve.

- Vou para outro quarto. - Fui frio.

- Tá bom. Portei - me mal, admito. Por favor, não fique assim comigo. Deve ter sido os hormónios que me fizeram ficar alterada. - Fez aquela carinho de cachorro abandono.

Se aproximou de mim e removeu gentilmente a minha mão da maçaneta da porta.

- Você me perdoa? - Questionou.

Não consegui dizer nada, parecia estar mudo naquele momento.

- Ótimo. - Manifestou um sorriso de satisfação. - Você pode ir se trocar, ficarei esperando.

Quando já havia me trocado, fui para o meu escritório. Peguei o livro "Mais esperto do que o Diabo" e continuei lendo de onde havia parado. Lí por muito tempo e no final acabei adormecendo na poltrona.

{...}

Na manhã seguinte acordei um pouco tarde, tive que fazer tudo apressadamente para poder chegar o mais rápido possível na empresa, sequer tive tempo de tomar o pequeno almoço.

Quando entrei na minha sala encontrei o meu habitual copo de café, era impressionante a facilidade com a qual Christopher tinha em achar substitutas. Coloquei o casaco no bengaleiro e me sentei para chegar o trabalho que tinha para aquele dia, foi quando soou algumas batidas na porta. Sem olhar para cima dei permissão para que a pessoa entrasse.

- Bom dia, senhor.

A voz que me cumprimentara fez - me tirar rapidamente os olhos do computador e olhar para cima.

- Sophia, porquê veio trabalhar?

- Precisava de alguma coisa que me distraísse. - Disse como se fosse a coisa mais normal.

- Sophia, você tem o direito de faltar ao trabalho. - Falei apreensivo.

- Não se preocupe, estou bem. Agora, vou ditar a sua agenda para hoje.

E ela começou a ditar. Era inevitável notar o quão ela era forte. Odeio admitir, mas ela é de certa forma mais forte que eu. Se fosse eu no seu lugar, com certeza eu já estaria a afugar as mágoas na bebedeira.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now