|CAPÍTULO:32|

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Estávamos a caminhar num silêncio desconfortável.

Vocês devem estar a se perguntar por quê de eu ter reagido daquela maneira. A verdade é que eu adoraria ter me entregado a ele sem nem mesmo pensar duas vezes, mas não fiz  porque me sinto um pouco confusa. A volta do Martin e o facto de ele ter mudado uma opinião que eu levava comigo a tempos muda tudo. Martin é o homem que eu mais amei em toda a minha vida e seria o pai do meu filho. Naquele momento sintia como se minha mente tivesse sido invadida por um furacão. Estava tudo uma grande bagunça.

Voltando ao que realmente importa. Nós estávamos prestes a passar por um corola velho velho que estava mal estacionado no meio da estrada, quando vimos o carro do Brian e dois da polícia vindo na nossa direcção.

- Graça a Deus. - Suspirei aliviada.

Os carros pararam bem na nossa frente. Uns quatro oficiais desceram dos carros da polícia ( dois em cada um deles ) e Christopher saiu do carro do Brian.
O olhar de Christopher era de curiosidade. Não conseguindo conter mais a curiosidade perguntou:

- Vocês estão bem? O que houve com vocês?

Acho que ele se referia mais ao facto de eu estar descalça.

Eu e Brian nos entreolhamos, ambos esperando que o outro respondesse primeiro. No final Christopher acabou tirando suas próprias conclusões.

- Já sei, não vão dizer. - Parecia meio desapontado.

- Bom dia, como estão? - Disse à oficial. - Preciso saber onde está o sequestrador.

- Um deles está bem aqui. - Brian apontou para o porta - malas do corola. - E o mandante está numa casa  lá na floresta.

A policial abriu o porta - malas e deparou - se com um homem jovem de olhos e cabelos negros.

-  Você está preso por sequestro e por invasão de propriedade privada. - Disse o puxando para fora do porta - malas e o algemando em seguida.

O homem estava com o rosto todo machucado. No instante pensei em tudo o que o Brian pode ter feito para conseguir me encontrar. Agradeci conscientemente.

- E quem foi que planeou tudo isso? - Questionou Christopher.

- Foi o Dante. - Brian disse sem hesitar.

- Como? - Christopher olhou para mim. - Eu sinto muito Sophia.

Assenti.

Um dos carros da polícia desceu até à floresta.

- Senhorita Sophia, precisamos do seu depoimento. - Disse à oficial.

- Irei até à delegacia assim que possível.

A oficial assentiu e entrou no carro, em seguida deu partida e foram sumindo da nossa visão aos poucos.

- Vamos? - Questionou Christopher.

Nós assentimos e entramos no carro do Brian, mas quem estava ao volante era o Christopher. Depois de alguns minutos em silêncio decidi perguntar sobre o meu pai, pois algo em mim dizia que havia algo de errado.

- Como está o meu pai?

Naquele exacto momento Christopher travou repentinamente, fazendo com que todos nós fóssemos para frente num pequeno impulso. Pigarreou antes de me responder.

- Sophia, não sei como vou contar - te isto. - Disse me olhando pelo espelho.

- O que aconteceu com meu pai? - Meu coração já estava a começar a acelerar.

- Sophia, o seu pai está hospitalizado.

Senti como se um peso enorme estivesse a tomar conta do meu peito.
Minutos depois estávamos em frente ao hospital, nem me importei com facto de estar usando um vestido rasgado e húmido, desci do carro e fui correndo para o interior. Dirigi - me ao balcão onde me deram o número do quarto dele. Limpei as lágrimas do meu rosto antes de abrir a porta.
Quando entrei ví meu pai deitado na cama desacordado. Me aproximei e toquei suas mãos meios geladas. As mesmas além de geladas estavam encurvadas devido ao A.V.C que ele havia tido. Quando menos esperei lágrimas começaram a escorrer do meu rosto.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now