|CAPÍTULO:43|

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Brian

Naquela manhã fui para a empresa, como de costume. Foi estranho chegar lá e perceber que Sophia não estaria naquela sala em frente a minha. Entrei na minha sala e já notei um erro que muito me incomoda, meu café não estava sobre a minha mesa. Antes mesmo que eu me pusesse a chamar a responsável por tal situação, a mesma mulher que estava a substituir Sophia da vez passada, entrou na minha sala quase que tropeçando nos próprios pés.

- Bom dia senhor. - Falou recuperando o fólego. - Desculpa o meu atraso.

- Cadê o meu café? - Meu tom era ríspido.

- Perdão, Senhor. Eu vou já mesmo pegar. - Disse se esforçando para poder me encarar nos olhos.

- Não me olhe nos olhos. - Pronunciei, fazendo ela quase arrepiar de medo.

- Com licença. - Estava indo embora, mas eu chamei a sua atenção.

- E esses documentos? - Falei olhando para os mesmos que estavam em suas mãos.

- Perdão. - Veio até mim e entregou o trabalho.

- Você não vai durar muito por aqui. - Em meu tom não havia nenhum pingo de piedade.

Seu olhar se tornou meio triste. A mulher  a minha frente cujo o nome não tinha de cor, saiu da minha sala logo após ter pedido permissão para sair.
Sentei - me em minha cadeira giratória e abri o meu PC. Enquanto digitava a senha, alguém bateu levemente na porta e eu sem mesmo tirar os olhos da tela dei permissão para entrar.

- Bom dia, senhor.

A doce e irreconhecível voz me fez rapidamente voltar os meus olhos para ela. Tive que me esforçar bastante para não deixar que um meio sorriso se formasse em meus lábios.

- Sophia? Sente - se aqui. - Não sabia exatamente o porquê, mas sooei um pouco nervoso.

Ela sentou em uma das cadeiras em frente a minha mesa.

- O que a trás por aqui?

- É... - Ela ficou por segundos olhando para as mãos que esfregava nervosamente, e por fim continuou. - Vou ser bem directa e desejo muito que senhor seja sincero comigo. - Sua voz parecia tanto quanto triste como receosa.

Concordei com a cabeça.

- Além das minhas dúvidas você também pagou a cirurgia que fizeram ao meu pai?

Por um momento pensei em fingir que não sabia sobre o que ela estava a falar, mas percebi que ela estava muito convícta do que falava.

- Sim.

- Porquê?

- Eu queria te ajudar. - Simplesmente falei.

- Está bem.
Eu vim até aqui para lhe agradecer e dizer que assim que eu puder de alguma forma pagarei as contas consigo.

- Que contas? Você não me deve nada.

Essa mulher tão orgulhosa tanto quanto eu, a amo ainda mais.

- Eu faço questão em pagar. Se me der licença, eu estou indo. - Disse se colocando de pé.

Também me levantei para a acompanhar até à porta, mas ela me interrompeu.

- Não precisa se dar ao trabalho.

Dito isso, caminhou até à porta e saiu fechando - a atrás de sí.

{...}

Após a empresa fui para a casa. Troquei de roupa e fui para a mesa de jantar. Tal como da outra vez o clima estava tenso. Sophia não abriu a boca para dizer uma única palavra, muito pelo contrário, eu e ela estávamos apenas a trocar olhares.
Depois do jantar cada um foi para o seu quarto.

{...} Dias depois...

Haviam se passado alguns dias, mais precisamente 2 dias. E sabem que dia era aquele? Pois é, o dia do meu casamento.
Um dia de casamento deveria ser um dia de alegria para todo o mundo, mas parecia que alguns penas a Bidgit estava feliz. Apesar de todos mostrarem um sorriso no rosto, eu sabia muito bem que aquilo era apenas para manter as aparências.
Estava indo até meu quarto para me arrumar, quando através da porta entreaberta do quarto de Elenna ouvi uma conversa entre ela e Sophia:

- Eu só estarei presente nesse casamento porque você não quer ficar sozinha. - Era a voz de Sophia.

- Porquê não admite logo que está aqui só para se certificar que um milagre vai acontecer fazendo com que eles não se casem?

- Você está falando besteiras.

- Sabe, se eu fosse você eu correria até ao Brian e diria que eu era a mulher que dançou com ele naquele boate a noite e que até hoje não conseguiu esquecer aquele beijo.

Naquele instante pareceu que tudo ao meu redor congelou. Eu só conseguia imaginar a possibilidade de eu desistir desse casamento. Estava mais claro que a água, meu destino era ao lado daquela mulher. Sem nem pensar duas vezes bati na porta e ouvi em seguida a voz de Elenna me dando permissão para entrar. Quando entrei me deparei com Sophia de pé e Elenna sentada à beira da cama. Ambas estavam lindas usando vestidos dignos de uma festa de casamento.

- Vocês estão... lindas. - Me contive ao observar a forma como o vestido havia caído no corpo de Sophia.

- Obrigada. - Responderam em uníssono.

- Elenna, poderia nos deixar a sós?

- Claro.

Percebi que ela deu um olhar malicioso para Sophia e logo saiu, abanei a cabeça só de pensar na possibilidade.

- Eu ouvi tudo o que vocês falaram. Estive por algum tempo procurando a mulher com quem eu havia dançado aquela noite e finalmente descobri quem é ela.

Ela estava prestes a falar alguma coisa, mas a interrompi.

- Olha Sophia. Você mexe comigo de uma forma diferente. Eu tentei fugir desse sentimento, até me senti um pouco aliviado naquela noite em que dancei com aquela mulher, pensando que poderia achar o amor em outra pessoa, mas... - Fiz uma pequena pausa. - Todos os caminhos levam a você.

Me aproximei dela, deixando nossos rostos apenas a centímetros de distância.

- Você é tudo o que eu quero. - A puxei pela cintura para um beijo.

Pude sentir a mesma suavidade que senti naquela noite na boate. De facto era ela. Nosso beijo foi se aprofundando, ao passo que a segurei pelos cabelos, destruindo o coque ela usava. Só a soltei no final por falta de ar.

- Sophia, se você me dizer que ficará comigo, eu não me casararei. Apenas diga que sim. - Falei ainda recuperando o fólego.

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Olá mis amores!
Como vão?
Como puderam ver eu não sou lá tão boa em escrever cenas de beijo e tal, mas isso foi o que consegui fazer. Me digam nos comentários qual acham que será a resposta de Sophia.
Bjss e até.😘😘😘

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora