|CAPÍTULO:28|

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Sophia

Abri meus olhos, mas tudo o que conseguia encarar era apenas escuridão. Pude sentir que havia algo cubrindo os meus olhos. Minhas mãos e pés estavam amordaçados. Tentei várias vezes mexer minhas mãos na esperança de poder criar uma folga entre elas e as cordas, mas tudo o que consegui foi apenas causar a sensação de queimadura em meus pulsos. Enquanto fazia isso, ouvi o som de uma porta velha a ranger, alguém havia entrado no lugar.

- Quem está aí? - Perguntei direccionando o meu olhar para a direcção em que vinha o som.

Não obtive resposta, simplesmente pude sentir a pessoa se aproximando cada vez mais de mim, à passos lentos e pesados.
O sentimento de medo começou a se manifestar em mim, quando do nada uma mão gélida tocou meu rosto. Me esquivei de sua mão. Foi aí que o senti ainda mais perto de mim. Estava perto o suficiente para que eu pudesse sentir o seu cheiro, que por acaso me era familiar.

- Quem é você? Porquê me sequestrou? - Estava apavorada. - O que quer de mim?

Senti - o se levantar e caminhar para longe de mim, por fim ouvi o som da porta a ranger outra vez e logo em seguida o som dela a bater.

Dentro de mim eu rezava para que tudo aquilo não passasse de um terrível pesadelo e que eu finalmente pudesse acordar ao lado do meu pai, mas para o meu azar nada acontecia.
Cada instante naquele lugar me fazia acreditar que aquilo era a realidade, eu não estava sonhando.
Tentei focar ao meu redor para ver se ouvia o som de alguma coisa. Buscando toda a calma que a alguns minutos já não existia, consegui ouvir lá ao fundo som de vento soprando as folhas das árvores e um som parecido ao de um riacho, ao que parecia eu estava em uma floresta.

{...}

Horas se passaram e o mesmo cheiro conhecido estava manifesto no lugar. Mesmo vendada eu poderia jurar que ele estava me encarando. O espaço ficou em silêncio durante longos e longos minutos, até que por fim, uns passos mais apressados do que os da primeira vez começaram a dirigir - se pra perto de mim, até eu sentir a pessoa se abaixar para chegar na minha altura. Poderia sentir seu corpo quente perto do meu. Senti mais uma vez uma mão tocar meu rosto, mas dessa vez não parou por aí. Sua mão subiu até meu cabelo e por fim numa das minhas coxas.

- Por favor, não faça isso. - Estava apavorada. - Por favor, me deixe ir. Eu juro que não irei contar pra ninguém.

Mas não ouvi nada. Foi então que senti suas duas mãos pesadas segurarem a ponta do meu vestido e a começar a rasga - lo, foi então que eu comecei a gritar por socorro.

- ALGUÉM ME AJUDE. SOCORRO!

Continuei gritando mesmo sabendo que possivelmente seria em vão.
Senti seu corpo subir pra cima do meu. Tentei me debater, mas era inútil tendo as mãos e os pés amordaçados. Tudo o que me restava era orar por um milagre.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now