|CAPÍTULO:41|

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Brian

Na manhã seguinte, quando já estava arrumado e pronto para ir trabalhar, Elenna bateu na porta de meu quarto, segundo ela, precisávamos conversar sobre um assunto muito importante.

- Estou a ouvir. - Falei olhando para ela que parecia nervosa.

- É sobre a Sophia... - Ela estava meio esitante.

- O que tem ela? - Perguntei a encorajando.

- Brian, nem sei como te irei contar isso. - Fez uma pequena pausa e logo continuou. - Sophia está com sérios problemas, sei pai deixou uma enorme divida para ela pagar. Nesse exáto momento o banco deve estar a confiscar a casa e além disso, tem mais um homem a quem ela deve. - Sentou - se cabisbaixa a beira da cama. - Por favor, ajude ela. - Sua voz era suplicante.

- Não se preocupe, eu a ajudarei. - Passei a mão em seu cabelo.

- Obrigada. - Deixou que suas covinhas se tornassem visíveis.

Pisquei para ela como resposta.

- Agora preciso ir para empresa. - Peguei a minha mala.

- Tá bom, então sairemos juntos. - Se levantou e me acompanhou até à porta, onde conseguimos ver Sophia acabando de sair, deixando Bidgit para trás.

- Já estão de saída? - Perguntou - nos Bidgit.

- Sim. - Respondi.

- Até logo. - Disse Elenna, fechando a porta atrás de si.

- Estou a ir para casa, preciso organizar algumas coisas.

Assenti. Depositou um beijo em minha bochecha esquerda e saiu, fui logo em seguida.

{...}

Já estava na empresa a trabalhar, mas diferente do dia anterior, desta vez não era Sophia que estava a auxiliar - me com a minha agenda, era uma outra mulher. Suspirei pesado ao pensar em tudo o que lhe tivera acontecido e no que Elenna havia me contado, no final, peguei no telemóvel e liguei para aquele contacto que todo rico tem.

- Preciso que faça o seguinte... - Disse eu após ele ter atendido.

{...}

O dia já havia entardecendo e consequentemente a minha hora de liberdade havia chegado. Eu e Christopher estávamos em um restaurante, estávamos sentados junto a um balcão, bebendo wisky e batendo um papo. Havia lhe contado sobre a minha situação com a Bidgit.

- Isso é sério? Então quer dizer que vai desistir da Sophia? - Me fitava sério.

Dei um shot no copo antes de responder.

- Acho que não tenho outra escolha.

- Eu realmente sinto muito por ti.

Assenti e voltei a encher o copinho que já estava vazio e dei outro shot.  Daí por diante as conversas foram aleatórias. Uma hora riamos e outrora ficávamos sérios, mas o melhor de tudo foi ter podido conversar com o meu melhor amigo. Bebemos até quase embebedar - mos, mas com certeza aquela quantidade de álcool no meu sangue já trazia alguma mudança na minha personalidade.
Quando voltei para a casa, todos já estavam a dormir, excepto Sophia, pois nos esbarramos no corredor quando eu estava a ir para o meu quarto, ao que parecia ela estava esta bêbada. Ela se agarrou em mim por conta do impacto e em seguida resmungou algo que eu não consegui perceber.

- Para onde está indo? - Falei num tom leve.

- Eu acho que... - Pareceu estar a pensar por algum momento, em seguida continuou. - Não sei. - Fez meio que um biquinho.

- Vamos, vou levar - te para o teu quarto. - Segurei sua mão e dirigi - a até ao seu quarto e a coloquei na cama. Quando estava a dar costas para ir embora, ela segurou meu braço.

- Por favor, não me deixe sozinha. - Seu tom era de súplica e desespero, seus olhos estavam marejados.

Me aproximei e sentei - me ao seu lado a beira da cama.

- Estou com medo. - Disse segurando minha mão e a apertando com força.

Queria ter dito alguma coisa, mas não consegui porque meu psicológico relacionou aquela situação com uma das cenas que eu já havia vivido, me fazendo paralisar, fiquei quase que em transe. As memórias de todas as vezes que implorei a minha mãe para que ela ficasse comigo durante a noite vieram a minha mente, era como se eu revivesse cada instante daquelas memórias terríveis que eu fazia de tudo para as eliminar de vez, mas elas sempre insistiam em me atormentar. Depois de longos minutos saí do transe e pude voltar a ouvir sua voz.

- Estou com medo, não me deixe. - Ela continuou repetindo isso até finalmente adormecer.

A cada segundo que passava, poderia sentir sua mão apertar cada vez mais leve a minha.
Esitei várias vezes, mas no final passei minha mão sobre seu cabelo macio. Fiquei em silêncio, apenas a observando enquanto dormia. Não sabia dizer se era mais bonita enquanto dormia ou quando estava acordada.
Quando comecei a sentir o sono a apertar, a cobri direito com a colcha e desliguei as luzes.

- Estarei sempre com você. - Essas foram minhas palavras antes de sair de seu quarto.

O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )Where stories live. Discover now