O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )

|CAPÍTULO:30|

Sophia

Já estava em lágrimas e sem esperanças, esperando apenas que o pior acontecesse. Foi então que num instante em que eu só conseguia ouvir o som da minha respiração e do batimento do meu coração acelerado, algo mais aconteceu... Pude ouvir um estrondo, poderia jurar que era a porta velha sendo arrombada.
Senti ele se afastar de mim.

- Brian?! - Disse o homem. Pude reconhecer a voz, era o Dante. Senti uma onda de enjoo.

Ao ouvir o nome dele um sentimento muito forte pareceu surgir dentro de mim, era uma mistura de esperança, felicidade e alívio. Deus havia ouvido as minhas orações.

Senti passos pesados e super apressados indo pra perto de mim e em seguida um batimento muito forte. Daí se seguiram estrondos atrás de estrondos um mais forte que o outro.

- O que você acha que estava fazendo? - Disse entredentes, fiquei ainda mais feliz ao perceber que era o Brian.

- Por... Porquê se importa tanto com ela? - Falou com dificuldade.

- Cale a boca. - Seu tom era de raiva.

Seguiu - se por uma batida muito forte, mais forte que todas que havia ouvido naquela situação.
Senti passos firmes em minha direcção. Por mais estranho que pareça, ao envés de medo senti uma calma, sabia que era ele.

Segurou meu corpo me puxando levemente para colocar sentada. Em seguida desmanchou a venda que cobria os meus olhos. No principio minha visão ainda estava turva, mas segundos depois pude enxergar seu lindo rosto. Em tempos normais eu poderia dizer que era impossível desvendar o olhar dele, mas naquele dia consegui ver algo, uma mistura de alívio e ternura. Talvez seja só coisa da minha cabeça.
Em seguida soltou as minhas mãos. Sem pensar me joguei para cima dele num abraço. Demorou alguns segundos para ele corresponder, mas aconteceu. Seu corpo era tão quente e confortável, era fácil sentir - se segura ao lado dele.

Nos soltamos e mais uma vez nossos olhos se encontraram por segundos. Estávamos em silêncio até ele dizer:

- Ah, falta os pés. - Disse começando a desfazer o nó que estava nos meus pés. - Você está bem?

Ouvir essa pergunta vindo dele soava tão estranho.

- Estou... obrigada.

Melhor agora que estou com você, dizia a minha mente.

- Vamos embora daqui. - Se levantou e estendeu a mão para que eu a segurasse, assim o fiz.

Já estando de pé olhei para o lado e ví Dante deitado no chão desacordo. Ele estava cheio de hematomas. Seu lábio estava rebentado e tinha sangue no chão ao redor da sua cabeça.

- Vamos? - Perguntou.

Olhei para ele que já estava parado do lado de fora da porta.
Fui até ele. Foi só quando pizei na terra cheia de pedras e galhos secos que percebi que estava descalça.

- Au. - Exclamei quando senti a dor de um espinho perfurar o fundo do meu pé.

- Quer que... Eu te carregue no colo? - Perguntou hesitante.

- Não será necessário. - Menti contra minha vontade.

No mesmo instante senti seus olhos fixos em mim, mas do que o normal. Segui o seu olhar e percebi que ele olhava para a minha coxa amostra, quando ele percebeu desviou o olhar.

- Para onde está olhando? - Falei pegando nas duas pontas do vestido para cobrir.

- Toma, use isso. - Falou me entregando o seu casaco moletom. Recebi sem contestar.

Amarrei - o na cintura.

- Podemos? - Questionou.

Assenti. Quando marquei o primeiro passo senti outro espinho furar o fundo do meu pé.

- Merd*. - Xinguei.

No mesmo instante senti ele segurar meu corpo, em questão de segundos eu estava em seu colo. Tentei contestar, mas percebi que não adiantaria de nada, ele estava determinado a carregar - me até seja lá onde for.