Caio - Meu abrigo

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...Pude comprovar uma coisa, tê-la nos braços é a melhor coisa que existe. Josefine se encaixa perfeitamente em meu abraço, ela é pequena, delicada e dormindo parece mais frágil do que realmente é; seu perfume, seu calor; absolutamente tudo nela é atraente e bom. Minha vontade e colocar Jôse em um potinho para que nada, nunca mais a machuque, infelizmente não posso, ela precisa viver e conhecer a vida porque até aqui ela só sobreviveu. Fecho meus olhos porque o sono chega junto com o alívio de saber que sou correspondido. " Eu te amo Caio" ainda ecoa na minha mente como um mantra de felicidade, se repete num loping infinito.

Pela manhã sinto a pele macia do seu corpo tocando no meu e suspiro ( só agora compreendendo a frase: "um suspiro apaixonado") ela é meu abrigo.

- Seus olhos se abrem e meu coração nada comportado acelera, quando mergulho naquele azul brilhante já ao acordar.

- Bom dia. Seu olhar intenso e apaixonado me deixa duro, pobre de mim, que vou precisar de um banho de água fria.

- Bom dia, docinho; dormiu bem?

Seu risinho é contagiante e me vejo rindo com ela.

- Melhor que qualquer outro dia da minha vida.

Uh, isso é uma grande responsabilidade pra mim agora, tornar suas noites perfeitas.

- Que ótimo, fui boa companhia então? Indago com falsa humildade.

- Sim, quente, cheiroso e gostoso, nem lembrei do edredom. Ela diz numa tentativa de brincar mas fica vermelhinha, adorável.

- Oh, você me chamou de gostoso? Acho que caíram os parafusos da vergonha essa noite.

Brinco me divertindo as custas da pobre garota.

- Uhum, eu acordei com vontade. Porra! Agora ela quebrou meu controle completamente, ver Jôse quase nua, esfregando as pernas e afirmando na maior inocência que me quer, deixa minha boca seca, louco para prová-la, mas não hoje, preciso deixar ela sarar a intimidade dolorida.

- Isso devia ser crime Jô, você me provocar assim, mas eu te perdôo, não podemos hoje princesa.

Ela não me questiona, apenas assente, muito chateada e cabisbaixa, está mais que constrangida, está magoada; a não, ela entendeu algo errado.

Saí em direção ao banheiro envolvida no lençol, e me apresso em desfazer o mal entendido.

- Amor, espera! Olha o nível do meu desespero, deixei o Caio desconfiado num canto qualquer, para me expôr totalmente, porém não me arrependo, pois ela me dá atenção.

- O que disse?

Engulo em seco criando coragem para repetir.

- Amor, espera; você parece chateada mas preciso que saiba que, só não quero machucar você docinho, ainda ontem era virgem, é necessário dar tempo a seu corpo, mas nada me impede de amá-la de outras maneiras eu...

- Oh Caio; me perdoe ser uma tola, eu achei que estivesse me evitando, e sua intenção é tão bonita. Ela vem para meus braços e a acolho.

- Eu jamais faria isso docinho. Beijo lhe a ponta do nariz e ela ri suspirando em seguida.

- A rejeição das pessoas todos esses anos me deixou meio paranóica, ao menor sinal eu já reconheço que estou sendo descartada, e interpretei mal sua negativa, me desculpe Caio.

- Você vai trabalhar isso, quando voltarmos, remarque a terapia para mais vezes, isso vai ajudar.

- Sim, quando voltaremos ao Brasil?

- Após o café Jô.

Ela assente e vai para o banho enquanto vou mexer nas minhas coisas e organizar tudo para voltar, então noto a pequena mancha vermelha no lençol. Meu coração se aperta por que sei que doeu.

Meus devaneios acabam quando ela aparece, com os cabelos molhados e algumas gotinhas descendo pelo pescoço, ombros e seios. A toalha justa ao corpo não ajuda, e me forço a fixar em seus olhos.

O sorrisinho de quem está se divertindo as minhas custas e me deixa saber que posso tirar uma casquinha.

Avanço até ela, que arregala os olhos...

- Não Caio, estou de toalha, nem vem. Ela me alerta como se fosse me transmitir uma doença, e meu sorriso diabólico a faz saber o que vou fazer.

- Não o que Josefine? Sussurro ao pé do ouvido. - Não te olhe com fome? Não pense em secar essas gotinhas abusadas descendo em seu corpo com a língua? Ou não te deixe nua a luz do dia?

- Hmm. Só um resmungo inaudível, me faz saber que ela está excitada.

Tomo seus lábios e aperto seu traseiro redondo, prestes a esquecer  que seu corpo precisa de descanso e meu telefone faz o ótimo trabalho de jogar um balde de água fria. Fecho os olhos indeciso mas sabendo que não posso ignorar a ligação.

- Atenda. Ela diz suavemente se afastando.

- E aí irmão, como vai? Ainda está vivo? Pela demora em falar comigo suponho que esteja em lua de mel? Simon fala mil palavras por minuto, e já sei que está puto com o desvio da grana, mas não vai descontar em mim claro, isso seria ridículo.

- Olá chefe, como vai? É só o trabalho me deixando pouco tempo, hoje mesmo eu volto e conversamos, por aqui fiz o melhor que pude.

- Não precisamos conversar hoje Caio, pode descansar, sei que trabalhou muito por aí, desejo uma boa viagem e ah, traga sua namorada para conhecermos.

Namorada? Hmm não a chamo assim mas Simon me deu boa ideia.

- Certo eu levo ela, até amanhã!

- Ual. Um assovio baixo e um murmuro para si mesmo " ele está apaixonado"

Droga tanto esforço para disfarçar e agora qualquer um pode notar, estou certo de que não posso mais negar ou fugir desse sentimento, só torço para não quebrar a cara outra vez.

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Oi amores estou voltando, obrigada por não abandonar meu livro. Beijos!

Gratidão 🙏💝

Quero ser suaWhere stories live. Discover now