Caio - Casa comigo?

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Depois de colocar uma roupa decente e um óculos escuro para esconder as olheiras, dirijo até a melhor joalheria e peço.

- Quero alianças de noivado.

A moça toda feliz acena positivamente atrás do balcão depois de me receber polidamente.

Em alguns minutos volta com uma "bandeja" pelo menos é o que parece, cheia de anéis, tantos que prevejo que não será fácil minha escolha, mas quando bato os olhos num modelo em específico decido rápido.

- Vou levar aquele par.

- Ah são lindas, os detalhes em coração e pedras são românticos, as moças gostam.

- Que ótimo moça, não posso errar outra vez.

Solto sem perceber e a mulher se compadece do meu momento de drama.

- Com certeza ela vai gostar, não há nada melhor que a sinceridade e o afeto para dissipar os problemas de um casal.

- Obrigado pelo apoio. Digo em um menear.

Pago uma pequena fortuna pelas argolas salvadoras de caras idiotas como eu, e apresso meus passos em direção a minha SUV.

Observo por mais um instante a caixinha aveludada vermelha que abriga meu próximo passo, entregar me por inteiro a essa relação que no fundo foi o que eu sempre quis, ter Josefine como minha esposa e mãe dos meus filhos.

Aperto o volante apreensivo, imaginando mil e uma bobagens, um medo estratosférico de perder a mulher da minha vida por ser um idiota inseguro.

E se ela disser não.

Respiro fundo. Não importa, vou fazer todas as tentativas até que ela diga sim.

E com essa decisão firme, faço a primeira coisa certa do dia, envio uma mensagem, que não deixa margem para dúvida eu a quero na minha vida.

"ENVIE SUA LOCALIZAÇÃO AGORA"

Não comecei cauteloso ou inseguro isso é para perdedores, agora é tudo ou nada.

E quando a mensagem é respondida e menos de um minuto vejo que acertei na firmeza das palavras, exigentes, mas que também mostram o que quero.

Quando jogo a localização no GPS vejo que ela está num hotel num bairro afastado, grunho de insatisfação, quarenta minutos! Porra Jôse, precisava ir tão longe eu te quero agora.

Aperto em ir e começo guiar meu carro, as vezes o tempo passa mais rápido quando a gente reclama menos. Minha mãe sempre dizia que não adianta reclamar.

Agora no saguão de entrada, já não me sinto mais tão confiante, minhas mãos estão suadas e disfarço a secura na minha garganta, arrando-a levemente.

- Boa tarde! Estou aqui a convite de Josefine Almeida.

- Vou verificar senhor, só um momento; seu nome por favor.

- Caio Arruda.

- Sim senhor Caio, sua entrada está liberada.

Dou um passo quando a curiosidade me vence.

- Desde quando minha entrada está liberada?

- Na entrada dela deixou seu nome como visita permitida.

Putz, como sou lento!

- Obrigado.

Tomo o elevador ansioso, não vejo a hora de encontrar minha namorada, mesmo sabendo que a amo agora eu sei que é mais que isso, eu não vivo sem ela.

O som da parada do elevador soa e piso no corredor no automático, caminho ansioso até a porta que carrega o número indicado. Levando minha mão para bater mas a porta é aberta antes.

- Seu olhar encontra o meu e saudade brilha neles ou será o reflexo do meu?
Ela baixa o olhar, magoada e ferida eu sei que a culpa foi minha, por esse motivo não me preocupo em entrar para fazer o que é preciso.

Me coloco de joelho e inclino meu olhar para o chão, ela precisa entender o quanto estou arrependido.

- Me perdoa Jôse, eu fui estúpido e possessivo, você não merece ter esse tipo de tratamento, nunca mais vou agir assim, amo você mais que tudo docinho.

Um soluço rompe de sua garganta, e ela segura em meu rosto e acaricia, foi a melhor sensação em horas. Seu rostinho molhado me pisoteia mas o olhar amoroso confere minha indulgência.

- Eu te perdôo meu amor, prometo não dar liberdade a colegas, na minha ingenuidade não percebi que atitudes como aquela são íntimas demais para uma mulher comprometida.

- Shhh. Calo sua fala com meu indicador, não quero que ela entenda errado, juro que o ogro que vive aqui vibrou com essa promessa, no entanto não justo privá-la de ter amigos.

- Você nunca esteve errada, e acredite você saberá se uma atitude sua vai me magoar, se o seu filtro chamado consciência não te acusa siga feliz, abrace, beije e sorria não há nada errado desde que o outro não tenha segundas intenções.

Ela concorda com um brilho de paixão transparecendo seus olhos.

- Levante Caio.

- Ainda não, eu preciso saber Josefine, Você quer voltar pra casa comigo?

- Sim. Ela sorri.

- Quer viver a vida toda ao meu lado?

- Simm, muito!

Toco meu bolso ainda receioso mas esperançoso ao mesmo tempo. Abro caixinha e faço o pedido.

-Jôse, Josefine Almeida, docinho, casa comigo?

Definitivamente, eu estava meio fraco pela noite mal dormida, porque ela se jogou ao chão junto comigo ao ver as alianças em minha mão e emitiu um sonoro sim. Quase caí mas a segurei a tempo.

- SIMM! Meu coração trotava no peito, minha mão chegou a tremular levemente, mas não vacilei; puxei a aliança cravejada com pedrinhas e coloquei em seu dedo anelar direito, ofereci a qual sobrava e ela fez o mesmo.

Me levantei com ela nos braços e fechei a porta.

- Quantos dias desse quarto estão pagos docinho?

- Até Domingo ao meio dia.

- Ótimo, é um bom tempo para nossa comemoração.

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Obrigada por estar aqui lendo Quero ser sua, vocês são maravilhosos.

Gratidão 💝

Espero que estejam gostando!😍














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