Caio - Visita inesperada.

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Nunca imaginei que amaria novamente mas dessa vez não posso comparar com minha primeira namorada, Jôse é completamente o oposto daquela víbora traidora.

Ver seus olhos brilhando com meu pedido de namoro foi um feito sem precedentes.

Nunca pedi alguém em namoro, mas ela é diferente, a vida dela se resumiu a conseguir sobreviver até pouco tempo, atrás e mesmo assim ela é o amor em pessoa. Não consigo viver sem vê-la feliz com esse brilho nós olhos que enche meu coração de satisfação.

Mas percebi que ela não é só uma menina, não mais; pois de repente ela conseguiu me deixar louco de desejo com três palavrinhas " faz amor comigo?"

E cá estamos nós depois de uma semana, da nossa primeira vez, indo embora para casa no meio da tarde, para fazer amor. Fazer amor! Nunca havia chamado sexo por esse nome, mas nada combina mais com o que pretendemos fazer, eu amo Josefine e tudo que ela representa. Recomeço, amor verdadeiro e felicidade, eu me sinto feliz; sempre achei que já fosse feliz mas não é bem assim, eu era conformado com a solidão e aventureiro, tinha minhas noites de farra e nada com o que me importar. No entanto que cuidar da minha garota fez me sentir bem, eu me importo com ela e Jôse cuida de mim também, é atenta e cuidadosa, é leal e honesta.

Chegamos no apartamento e entramos afoitos entre amassos e beijos e então para minha infelicidade ou um resmungo.

- Devia ter avisado que vinha, assim não ficava de vela.

Jôse paralisa em meus braços e gira a cabeça como um robô, e eu bem, só fico puto mesmo porque Alice chegou sem avisar.

- Seja bem vinda irmãzinha, não custava avisar não é mesmo?

- Oi pra vocês, posso dar uma volta e vir mais tarde, foi mal. Diz com uma careta constrangida, afinal eu nunca trouxe garotas para cá.

- Não precisa, deixa eu te apresentar a Josefine minha namorada.

- Namorada! Ual isso é realmente novidade, eu nunca conheci uma namorada sua. Rimos da cara de palhaça dela.

- Jô, essa é Alice minha irmã caçula que dorme no quarto de hóspedes.

- É um prazer conhecê-la Alice.

- Então eu coloquei minha mala lá, mas percebi que tem outra pessoa ocupando.

- Jôse dormia lá, mas ela fica comigo e você usa o quarto de hóspedes sem problemas.

- Posso, é... Dormir em uma pensão por esses dias, não quero incomodar.

- Enlouqueceu docinho, você acha que vou deixar você dormir longe de mim? Isso não vai acontecer; pare de ficar cheia de dedos a Alice não é o bicho papão.

- É verdade Jô, eu só mordo só hambúrguer, e gostei de ter uma cunhada para conversar, coisas de meninas. Alice me olha com desdém, como quem não precisa mais de mim, eu deveria ficar bravo mas agradeço internamente por ela acolher minha namorada com animação.

Ela sorri e a doidinha da minha irmã puxa Jôse para um abraço.

- Maninho estou feliz por você, acho até que está mais bonito, deve fazer bem para saúde se apaixonar. Ela eleva as sobrancelhas de modo brincalhão e sorrio então ela me abraça.

- O que faz aqui Alice, não está em sua época de provas na faculdade?

Ela encolhe os ombros e balbucia.

- Briguei com meu namorado.

- Entendi, você fugiu da universidade porque discutiu com seu namoradinho. Digo um tanto irritado com ela que aos vinte e três anos parece uma menininha matando aula.

Seus ombros encolhem, e ela abaixa a cabeça, informando a única coisa que não desejo para ninguém, nem para meu pior inimigo.

- Não discuti, terminei com ele, fui traída por ele e minha melhor amiga a Vanessa.

Levo um choque e fico totalmente irado, como ela pôde? Minha irmã era tão unida a ela. Cresceram juntas!

- Vanessa? Ela afirma com expressão de mágoa e dor.

- Disse que não perderia o Vitor por nada, que ele é rico e bonito, tudo que ela deseja na vida. Diz a última frase embargada, iniciando um choro doloroso.

Abraço ela e Jôse a observa com pesar por sua tristeza.

- Amor, vou passar um café já volto.

Concordo. Minha namorada é mais prudente que muitas pessoas e sabe que não é um momento que minha irmã gostaria de dividir com pessoas estranhas, por isso deu espaço. Acolho Alice em meus braços esfregando-lhe as costas e segurando lágrimas de raiva pelo que fizeram com ela, aquele playboyzinho e a "grande" amiga da onça.

Depois de muito chorar, tomamos um café e recebo uma ligação.

- Fala Simon.

- Caio conhece um advogado de confiança que possa ler uns documentos pra mim, acho que aquele Álvaro fez alguma coisa errada no contrato das peças, estou pirando aqui para resolver e cheguei a conclusão que preciso de um advogado para ler o contrato, Hiago está de férias nasceu o bebezinho deles; não quero incomodar.

Olho para Alice triste e desanimada, último ano de direito, pondero e acho que é uma boa pra ela mudar o rumo dos pensamentos, então respondo.

- Minha irmã está no último ano de direito, posso ver com ela.

- Nossa a Alicinha? O que deram para essa guria, fermento? Ontem ela era a pirralha que assaltava meus salgadinhos para comer com cerveja, agora é quase uma doutora. Sorrio Alice sempre foi terrível.

- Pois é estamos velhos meu irmão.

- Por mim tudo bem, veja com ela.

- Sim vou ver quanto ela cobra de você.

Antes que eu termine ela arranca o telefone da minha mão.

- Oi tiozão, quer me contratar...hm, vou cobrar o olho da cara e os honorários

Sorrio.

- Eu topo, quem vai me levar?

Pela careta já imagino quem Seja.

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- Nossa docinho, nunca deixei meu trabalho de lado, fiz isso pela primeira vez achando que teria uma tarde de amor e olha o que Alice me apronta.

- Tadinha dela amor, está sofrendo nem sei como estaria se fosse comigo.

- Nunca vai acontecer com você, sabe porque?

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Obrigada por ler meu livro:
Quero ser sua.

Beijos

Ótima semana amores 💝

Quero ser suaOnde histórias criam vida. Descubra agora