CULPADOS • Destiel •

Epílogo

Era seu último dia de aula do ensino médio, ela estava no segundo ano e após o período de férias faltaria só mais um ano para ela sair dali.

Teria que resolver sua vida, pensar em que faculdade entrar, em qual profissão iria investir. Amava natação mais que qualquer coisa, mas será que deveria investir de verdade nisso?

Não, isso não era verdade, havia uma coisa que ela amava ainda mais.

Claire passou a mão sobre os logos cabelos loiros e respirou fundo, estava sentada sobre uma parte baixa de um canteiro em frente ao colégio, tudo ao redor estava tão vazio. Todos estavam dentro da escola estavam focados na festa de encerramento.

Pensava em talvez tomar coragem para fazer uma besteira.

Fazia alguns meses que seu amigo Castiel havia se assumido e, apesar de muitas pessoas não terem entendido seu relacionamento, ele parecia realmente feliz com o Dean.

Admirava a coragem de seu amigo em confessar tudo aquilo na frente de todos que conhece e isso a fazia pensar se já não estava na hora de parar de se importar com os outros e ligar apenas para seu próprio amor, a pessoa que ama.

Respirou fundo e continuou com seu olhar baixo. As vezes se lembrava da conversa que teve com Castiel aquele dia na biblioteca, havia sido breve ainda a deixara tão encorajada, tão pensativa. Mas também sabia que a pessoa com quem estava ainda não estava preparada para isso.

Pegou seu celular no bolso de trás da sua calça, o ligou e deslisou o dedo pelos contatos. Iria ligar para essa pessoa, queria vê-la mais que tudo agora, ouvir a voz dela, queria estar com ela.

Depois de muito hesitar, clicou no contato dela e esperou chamar.

De repente Claire levou um susto quando ouviu um celular tocar em algum lugar ali perto, ela ergueu a cabeça e procurou pelo barulho mas antes que tivesse a chance de ver se realmente tinha alguém por ali ela ouviu uma voz através do telefone que lhe roubou toda a atenção:

— Alô?

Claire paralisou-se, sua voz a encantava tanto, tudo nela a encantava demais.

— Claire? — a pessoa do outro lado da linha insistiu.

— Oi! — ela respondeu, um pouco auto demais por causa da maneira repentina que saiu de seu transe. — Hum, oi.

Claire pode ouvir uma doce risada através do telefone.

— Desculpa.

— Não precisa se desculpar. Como você está?

— Com saudades. E você?

— Eu? — hesitou por um instante. — Com ciúmes.

— Ciúmes? — Claire ficou surpresa com o que ouviu, ciúmes de quem? Dela? Por quê? — Ciúmes por quê?

— Porque estou olhando para uma garota linda demais, tão linda que até irrita. Faz meu coração pulsar com o medo de outra pessoa possa tê-la antes de mim.

Claire levantou por impulso, ficou nervosa, cheia de receios ao ouvir isso.

— Outra garota? Quem? Como ela é?

— Como ela é? Bom, posso começar dizendo que ela é perfeita?

— Eu a conheço?

— Conhece melhor que ninguém. A propósito, você pode dizer isso a ela para mim?

— Dizer... dizer o quê?

— Que seu rosto é a coisa mais linda que eu já vi em toda minha vida e que meu coração salta toda vez que ela fica corada, que aqueles olhos azuis invadem meus sonhos todas as noites, que eu amo perder meus dedos naqueles  macios cabelos dourados. Diz isso para mim?