Capítulo IV

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O garoto estava surtando diante de seus olhos e Dean não era capaz de fazer nada, não tinha ideia do que falar ou de como agir e o moreno apenas se foi, atrapalhado e confuso, tão confuso quanto ele pelo visto.

No momento Dean estava a ponto de entrar em desespero.  Esperava que Cassiano tivesse batido com a cabeça em alguma pedra ou algo do tipo, porque realmente parecia que ele o havia esquecido e se não fosse por algo assim, se fosse só porque ele quis esquecer, ele surtaria e realmente faria uma besteira.

Terminou de arrumar toda aquela bagunça na sessão de história e depois fechou tudo. Geralmente a biblioteca não ficava aberta até tão tarde mas ele ficou enrolando e tomando coragem por um bom tempo para ir falar com ele, o que novamente não saiu como ele imaginou que seria.

No dia seguinte o viu pelos corredores, pensou em ir lá e entregar o livro ou inventar qualquer desculpa para falar com ele, mas não fez. Estava totalmente chateado e agora decidira que iria esquecê-lo. Estava cansado de tentar. Porém algo engraçado aconteceu à tarde, algo como o Sr. Destino dizendo novamente: "O caralho que você vai esquecê-lo!".
Ele apenas se apresentou na biblioteca, calmo e pleno. Dean ficou super animado, até ele dizer que estava ali porque foi obrigado.

— Desculpa, como é? — ele perguntou ríspido, não acreditando no que havia escutado.

O moreno parecia não ter entendido, apenas continuou com a mesma expressão e dizendo as mesmas coisas. Dean respirou fundo e, seja lá que tipo de jogo ele estivesse fazendo, apenas entraria na onda até ele finalmente desistir.

Esse pensamento não durou muito, obviamente.

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O resto do dia seguiu sem mais dificuldades, exceto uma reação estranha quando eles se apresentaram. Dean podia jurar que ele ficou surpreso quando ouviu seu nome. E Castiel? Quem diabos é Castiel? De onde ele tirou esse nome? E por que outro nome que não o dele? Estava com dúvidas tão estranhas que tinha até medo de descobrir as respostas.

Mas, enfim, três dias se passaram e Dean já não estava aguentando essa situação, iria resolver isso de uma vez naquele dia ou nunca mais voltaria a pensar nisso, e estava falando muito sério dessa vez.
E parece que a sorte estava do seu lado, porque também precisava resolver algo com sua irmã e ela estava justamente na sala de Castiel, não pensou duas vezes em ir lá. Entrou sem olhar diretamente para ele, fingiria surpresa ao vê-lo quando saísse, e foi exatamente o que fez.
Chamou pela irmã e ela não demorou muito para ir até ele.

— Oi, maninho.

— Sem "oi, maninho" para você, por que você discutiu com sua mãe? Ela me ligou e pediu para eu conversar com você. Você não é disso, Charlie.

— Ela não é minha mãe.

— Agora ela não é sua mãe? Ela te acolheu, mesmo você já sendo uma jegona...

Charlie deu um pequeno soco no braço do irmão e sorriu.

— Eu não era uma jegona, eu só tinha 14 anos. — ela sorriu meio envergonhada. — Tudo bem, eu vou pedir desculpa para ela, eu só... estava chateada. Vou dizer que a amo e que tenho o irmão mais chato do mundo.

— Ainda bem que você tem.

Os dois sorriram, ela deu um beijo na bochecha dele e voltou para onde estava com as amigas.

Como disse, ele fingiu surpresa ao ver Cassiano, lhe lançou um aceno e em seguida saiu.
Aquele garoto, o Gabriel, estava com ele, então não conseguiria conversar com ele agora. Decidiu esperar no fim do corredor até que ele ficasse sozinho - nada muito suspeito, já que estava desesperado.

CULPADOS • Destiel •Where stories live. Discover now