Capítulo II

515 61 86
                                    

Ele entrou em casa disparado, correu para seu quarto e fechou a porta. Escorou-se nela. Seu coração a duzentos por hora, sua respiração incontrolável.

O que diabos havia acabado de acontecer?!

Castiel, é você?

Ouviu a voz do seu pai.

— Sim! — respondeu.

O jantar sai em meia hora, acho bom você ter uma boa explicação de onde estava. — ele gritava ao pé da escada.

— Tá! — revirou os olhos. Então percebeu que havia deixado o livro para trás e não dava para voltar agora, nem ele seria capaz de voltar àquele lugar. — Que se dane, eu me viro. — disse para si.

Castiel foi em direção ao banheiro. Uma ducha, era disso que ele precisava! Com certeza após uma boa chuveirada perceberia que não tinha porquê ficar tão abalado, aquilo foi só... Uma recompensa. Tcs! recompensa não, isso soa meio... Aquilo foi apenas... Ele apenas estava pagando uma divida. Isso! Era só isso. Era besteira ficar tão atônito por causa disso.

— Vamos lá, Castiel, você não é assim. — ele repetia esse mantra para si já embaixo do chuveiro.

‎•﷼•﷼•﷼•

— Onde você estava até agora?

Seu pai perguntou, já postos à mesa.

— Estava estudando.

— Estudando? — o pai estranhou.

— Por que essa cara? Eu faço isso sempre.

— Não faz, não.

— Faço sim.

— Onde você estava?

— Na biblioteca, caramba! Estudando.

— Olha como fala comigo.

— Eu estou falando e o senhor não acredita, vai lá na escola e pergunta.

— Já falei para você me respeitar! — ele deu um tapa furioso na mesa.

Castiel se calou, respirou fundo.

Ficou um silencio na mesa por um momento, Castiel se sentia inquieto. Se falasse com seu pai sobre isso, será que ele ajudaria? Duvidava muito, mas o que custava tentar?

Se sentia meio idiota por estar assim, mas o que poderia fazer? Nunca tinha passado por isso antes e se lembrava de como seu pai era divertido e compreensivo, eram cercados de luzes e cores. Tudo mudou depois do acidente. Tudo ficou escuro e sombrio, olhares acusadores foi tudo que restou. Mas o que mais ele perderia se tentasse?

— Chuck, você... — iniciou, sem ter certeza se deveria continuar. — Já passou por algo, tipo, bem estranho?

— Como o quê? — perguntou, ríspido.

— Hã... Não sei, alguma coisa estranha que você...

— Seja direto.

CULPADOS • Destiel •Where stories live. Discover now