CULPADOS • Destiel •

Capítulo IX

Castiel continuou andando, tentando ao máximo secar seu peito e sua camisa. A última coisa que precisava era de mais comentários insuportáveis sobre suas cicatrizes. Falando em coisas insuportáveis...

— Ah, qual é! Esse garoto está em todo lugar? — comentou consigo mesmo quando viu Dean no fim do corredor.

Rapidamente olhou ao redor, procurando alguma saída, tentou entrar na sala de música ali do lado que no momento estava vazia, ou seja, estava trancada. Não havia outra saída, então o que lhe veio à mente foi pegar uma partitura que estava pregada na porta e colocar na frente do rosto. Efoi o que ele fez na esperança que desse certo.
Realmente funcionou, mas penas porque Dean estava com muitas pessoas ao redor o questionando sobre a competição de natação e outros assuntos do conselho. Aparentemente estavam indo justamente para a sala que Castiel havia acabado de sair.

O moreno respirou aliviado.
Jogou a partitura por ali e seguiu seu caminho. Se sentiu reconfortado ao ver que sua blusa, apesar de não estar totalmente seca, já disfarçava bem e não dava mais para ver sua pele. O sol que batia das janelas do lado direito do corredor também havia ajudado um pouco.

Agora ele estava voltando para a sua sala, iria vestir, pela primeira vez, aquele casaco do uniforme, que particularmente ele achava ridículo, com muito gosto. Quando ia entrar em sua sala deu de cara com Adam, que estava visivelmente abalado.
Adam olhou para Castiel meio atônito.

— O que houve com você? — perguntou o moreno.

— Comigo? — voltou o olhar para a porta e depois para Castiel novamente. — Nada. Eu estou bem. — tentou parar e respirar fundo. — E você, por que está molhado?

— Isso? Não é nada, eu só dei um mergulho na piscina.

— Você?

— Eu.

Adam ergueu uma sobrancelha.

— Que surpresa, em um ano e meio você nunca nem chegou perto daquela piscina e agora apenas vai lá e da um mergulho? Pensei que você não gostasse de água.

— Ha ha engraçadinho, da licença que eu tenho que entrar.

— Entrar? Para quê? Por quê? Quer alguma coisa? Fala que eu pego.

— O que há de errado com você? Tem alguma coisa aí dentro que eu não posso ver?

— Hã... — ele pensou por um instante. — Não tenho certeza.

— O que isso quer dizer?

— Quer saber? Não tem nada, relaxa.

— Eu estou relaxado. Me deixa passar.

Castiel olhou bem o amigo, óbvio que estava acontecendo alguma coisa. Olhou ao redor.

— Cadê o Gabriel?

— Ele foi atrás de você.

— Atrás de mim? Não mandei vocês cuidarem do Kevin?

— Sobre isso...

— Você cuidou dele?

Adam parou. Olhou de volta para a porta, depois olhou para Castiel.

— Sim. — disse com convicção mas Castiel não botou muita fé, na verdade, estranhou bastante.

— Sei... Ok, mas eu preciso pegar meu casaco e não me importo se ele está deformado ou o caralho à quatro, se é essa sua preocupação, eu preciso passar.

— É que...

— Saia da frente. — exigiu estressado.

Adam não podia fazer mais nada, então apenas saiu da frente. De qualquer modo, talvez não precisasse de tudo isso porque, afinal, o que de pior ele poderia ver lá dentro? Não era como se o Kevin...