Capítulo X

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Castiel abriu os olhos devagar, sentia como se tivesse dormido uma vida. O que havia acontecido? Não conseguia se lembrar, tinha uma macha branca no meio de seus pensamentos.
Quando seus olhos estavam abertos, se arregalaram ainda mais ao ver Dean Winchester ao seu lado. O que ele estava fazendo deitado ao seu lado? O que seus braços faziam ao redor de seu corpo? Tão próximo. Seu rosto tão próximo. O que diabos havia acontecido na noite anterior?!

Dean abriu os olhos lentamente. Transformou seus lábios em um leve sorriso quando viu Castiel acordado, e ele parecia bem.

— Você finalmente acordou, que bom! — levou uma mão até seus fios negros e os afastou da frente de seus olhos de leve. — Fiquei muito preocupado, ainda bem que agora está tudo bem. — olhou para Castiel e sorriu alegremente. — Bom dia.

Castiel tentou se situar. Não conseguiu. Não fazia ideia do que estava acontecendo.

— "Bom dia" o caralho! O que você está fazendo aqui?! — gritou e chutou Dean da cama.

— Ai... — o loiro resmungou ao cair, esfregou o ouvido. — Eu moro aqui.

— Neste. Quarto. Nesta. Cama. — disse pausadamente, extremamente irritado.

Dean abaixou a cabeça lentamente e, dramatizando tanto quanto pôde, colocou as mãos sobre o peito.

— Não acredito que você se esqueceu. — disse enfatizando a decepção na voz.

O moreno engoliu em seco.

— O-O que eu esqueci?

— Da nossa noite de amor, Cas.

Castiel voltou a arregalar os olhos.

— Como é?

— Como você pôde esquecer?

— Hã... Isso é...

— Deixa eu refrescar sua memória.

Dean levantou e se aproximou, Castiel tentou se afastar mas acabou ficando contra a parede.

— Nos amamos a noite inteira. — disse o loiro com uma voz provocante. — Repetidas vezes. Você me pedia para continuar, com força, que entrasse todo em você... — chegou muito, muito perto. — Você gemeu alto, nós gozamos juntos... — aproximou seus lábios aos ouvidos de Castiel e o mesmo estremeceu. — Você disse que me amava.

— Tenho certeza que eu nunca disse isso... — afirmou sem muita convicção e pós a mão sobre seu peito, tentando empurrá-lo. Como que sua memória não voltava, não tinha certeza de nada.

— Verdade, você não disse que me amava, disse que amava meu p...

— O quê?!

Castiel desviou a cabeça. Queria dizer alguma coisa mas as palavras não saiam, sequer apareciam na mente.
De repente Dean começou a rir e se afastou, mas permaneceu na cama sentado à sua frente.

— É brincadeira, relaxa. — continuou rindo. — Só queria ter certeza que você está bem mesmo. — segurou o queixo de Castiel levemente e virou seu rosto de volta devagar. — É a primeira vez que eu vejo você ruborizar, tão fofo. — deixou um sorriso malicioso invadir seus lábios. — Não é fascinante a forma como você acreditou nisso tão facilmente? Quer dizer que eu tenho chance?

Só depois de alguns longos segundos Castiel finalmente escutou o que ele disse. Sua expressão de surpresa e até assustada passaram para enraivecida e sanguinária. Estapeou a mão de Dean, a afastando de seu rosto.

— "Chance" meu pau, seu cretino! Acha que pode brincar comigo? Eu te mostro... — lançou o punho fechado na direção do rosto de Dean e o mesmo desviou e o segurou, o puxando e empurrando-o na cama, deitando sobre ele.

CULPADOS • Destiel •Onde as histórias ganham vida. Descobre agora