CULPADOS • Destiel •

Capítulo XX

— É sério isso?

Castiel estava desacreditado ao ouvir de Benny que ele havia conseguido contornar a situação e fazer todos pensarem que eles eram apenas amigos e que Dean era um cara muito ciumento com seus amigos. Havia dito que ele próprio também passava por isso e que era normal.
Como ele conseguiu fazer todos engolirem essa lorota? Nem ele mesmo sabia, mas os que acreditaram foram quase todos. Alguns ficaram encima do muro, mas ele diria que teve uma porcentagem de aceitação quase unânime em relação a esse assunto.

Dean sentou no banco do pátio onde os três estavam no momento, um pouco afastado dos outros e escondido por uma árvore que tinha um grande volume de folhas cor verde oliva, para terem mais privacidade, e deixou um longo suspiro escapar por entre seus lábios.
Castiel, que estava em pé à sua frente, viu a cena e se revoltou:

— Qual o motivo do suspiro de alívio? Não ouviu o que ele disse? O contrato acabou.

— O quê? — Dean franziu as sombrancelhas.

— Contrato...? — Benny sussurrou consigo mesmo, confuso.

— Não. — Dean levantou. — Ele convenceu todos que o que temos é só amizade. — apontou para Benny.

Castiel levou os olhos para Benny conforme Dean apontava, mas rapidamente voltou o olhar para o loiro.

— Não todos. — disse enfaticamente. — Ele deixou claro que alguns não acreditaram.

— Não, ele disse que alguns ficaram encima do muro, isso não é descobrir sobre nós.

— Claro que é! Se eles suspeitam, é só um passo para a certeza.

Dean girou a cabeça para um lado e para o outro discordando da lógica de Castiel.

— Uma suspeita é uma suspeita, não é certeza, só conta como quebra de contrato se eles descobrirem que estamos na-mo-ran-do. — Dean tentou enfatizar o máximo possível a palavra "namorando", para que Castiel entendesse o que ele queria dizer.

— Que ridículo! Eles já não estão sabendo de qualquer jeito?

— Sim, mas não. Então não conta.

— Se você não vai honrar essa porra de contrato, para que eu assinei?!

— Você está tentando trapacear!

— Eu que estou tentando... — Castiel passou as mãos sobre o rosto e tentou se acalmar. Olhou para Benny. — Benny, será que você poderia explicar para esse imbecil que ele está errado? — falou, apontando para Dean com ambas as mãos unidas.

— Benjamin, será que você poderia explicar para ele que é ele quem não entende que está errado?

Benny olhou bem para um e depois para o outro e, ignorando completamente as perguntas, perguntou:

— Que contrato?

Só então Dean se lembrou que havia resolvido não contar sobre o contrato para ele por enquanto, havia esquecido completamente desse detalhe quando começou a discutir com Castiel. Agora não tinha escolha, teria que explicar exatamente o que estava acontecendo.

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Após explica tudo, Benny resolveu deixá-los sozinhos, pensou que ambos tinham muito o que conversar e ele não poderia ajudar.
Na verdade, sequer estava conseguindo acreditar que o amigo havia chegado ao ponto de fazer algo assim. E a troco de quê? O que ele ganharia com isso? Estava muito confuso, precisava pensar a respeito longe dali.

— Não acredito que a gente estava falando sobre isso na frente dele e você ainda não tinha explicado, você é tão irracional.

— Agora ele já sabe tudo, então não temos que nos preocupar.