Historia Secundaria 2 - Capítulo II

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Adam soltou a gola de Kevin mas se manteve na sua frete, depois de um tempo desnorteado finalmente conseguia reagir. Seu peito tensionava em nervosismo mas lancou um sorriso como se aquilo nao fosse nada.

— Isso é uma piada? — colocou uma das mãos no espelho quebrado atrás de Kevin e manteve seus olhos firmes encima dele. — Kevin, se enxerga. Eu posso ter a pessoa que eu quiser nessa escola, acha mesmo que eu iria perder meu tempo me apaixonando por alguém como você?

— Então por que você me beijou?

Adam colocou a mão no queixo de Kevin e o obrigou a encara-ló.

— Em resumo, digamos que você não passa de uma cobaia ou um brinquedinho, eu estava querendo me divertir e... — deixou uma risada cruel escapar. — nossa, não pensei que seria tão divertido. Você realmente achou que eu estou apaixonado por você?

Kevin, completamente constrangido, tirou seu rosto das mãos de Adam e desviou o olhar. Isso realmente fazia mais sentido, não tinha como alguém tão bonito e popular como o Adam estar apaixonado por ele.

— Você tem que entender que não é tão importante quanto pensa que é.

Adam fez questão de infatizar e Kevin apertou os lábios e manteve seu olhar baixo.

— Me solta. — pediu afastando a mão de Adam de seu rosto.

Adam não entendeu direito o porquê de fazer que fez em seguida, mas olhou bem para Kevin e disse:

— E se eu ainda quiser brincar?

— O quê? — Kevin estremeceu. — O que isso quer dizer?

Nem Adam tinha certeza do que isso queria dizer, ou porquê resolveu insistir nisso.

— Quer dizer que eu vou continuar brincando assim com você se eu quiser, considere-se um sortudo.

— Mas... Não! Eu não concordo com isso. — tentou empurra-lo, em vão.

— Rá! Que graça, ele acha que tem escolha. — Adam se condenava por dentro, por que estava fazendo isso? Não conseguia entender. Segurou as mãos de Kevin sobre seu peito, que ele insistentemente usava para tentar afastá-lo.— Kevin, acorda para a vida e coloque-se no seu lugar, isso aqui é uma monarquia e eu sou a porra do seu rei, se eu mandar você pular, você pergunta: "De qual altura?". Você não tem que querer, não me interessa se você está cansado e você não vai morre a menos que eu queira, entendeu? — as palavras simplesmente saiam. Soltou as mãos dele e puxou seu braço esquerdo. — Essa pulseira, ela vai ser o que vai te lembrar todos os dias que você agora tem um dono, guarde com a sua vida, não tire nem para dormir, tomar banho nem nada. Se eu ver você sem ela eu vou arrancar seu braço fora e estou falando muito sério. — deu uns passos para trás e o puxou para o centro daquele lugar pela camisa. Ajeitou a gola dele. — Agora vamos.

Kevin não conseguia olhar para outra direção que não fosse o chão, estava se esforçando para não desabar. Isso não podia estar acontecendo, implorava por dentro para que algum deus, qualquer um que fosse, tivesse piedade dele. Adam levantou seu rosto novamente e dessa vez levou seus próprios lábios até os do Tran, tocando ambos em um beijo rápido. Em seguida o virou mas Kevin não conseguiu andar, estava tremendo. Adam o empurrou.

Ai. — Kevin gemeu de dor.

— Eu só te empurrei, não seja tão fraco. — passou para frente e pegou a mão de Kevin. — Vamos logo que eu estou com pressa.

E então eles foram. Adam parou quando chegaram à porta de saída do colégio, soltou a mão de Kevin e olhou meio constrangido para ele como se só então tivesse percebido que seus dedos estavam entrelaçados até aquele momento. Se sentiu aliviado por aqueles corredores estarem vazios. Foi andando até o ônibus e Kevin foi um pouco mais devagar atrás dele.

CULPADOS • Destiel •Where stories live. Discover now