Historia secundaria 1 - capitulo IV

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Gabriel, acorda! Por favor, acorda!

Gabriel ouvia uma voz distante tentando desperta-lo. Abriu os olhos devagar.

— Graças a Deus! Você está bem?

Gabriel olhou para cima e viu um rapaz com lindos olhos castanhos-claros que o olhava com intensa preocupação. Aquela visão fez seu coração disparar e o deixou estranhamente sem fôlego.
O mesmo tentou abana-lo com sua própria mão quando percebeu. Tentava entender o que havia acontecido, ele estava doente?

— O que... o que aconteceu? — Gabriel tentou se recompôr, ainda estava confuso.

— Você desmaiou aqui, do nada, e parece que você está com febre também. Você está doente, como saiu de casa nesse estado?

Gabriel tentou se levantar mas parou no meio do caminho, gemendo de dor.

— O que aconteceu? Você se machucou quando caiu? Mas eu te segurei, o que houve? — Gabriel o olhou irado, o rapaz engoliu em seco e pensou por um momento. — Ainda é o...

— O que você acha?! — Gabriel não queria falar sobre isso, afastou bruscamente as mãos dele de cima de seu corpo.

— Mas ainda está dolorido? Pensei que incômodos nessas regiões se curavam rápido.

Gabriel tentava entender de onde ele havia tirado essa merda.

— Mal tem dois dias que isso aconteceu... — ficou ainda mais irritado. — óbvio que ainda dói! Ainda mais quando eu preciso sentar ou levantar, satisfeito?

O rapaz então se aproximou para ajudá-lo, mas não sabia como faria isso já que Gabriel obviamente precisava de ajuda mas não o deixava tocá-lo. Antes que Gabriel pudesse estapear sua mão novamente, ele colocou um dos braços de Gabriel em volta de seu pescoço, um de seus braços nas costas dele e o outro entre suas pernas e o ergueu. Gabriel quase surtou.

— Mas que porra você pensa que está fazendo?! Me coloca no chão!

Não, ele realmente surtou.

— Mas você está mal.

— Me coloca no chão.

— E se você desmaiar de novo?

— Me coloca na porra do chão agora!

— Okay. — o colocou no chão devagar.

Gabriel o empurrou para que ele ficasse distante. Olhou para as compras no chão, se alguma coisa tivesse sujado ou quebrado ele iria ouvir e 'desouvir até não poder mais quando chegasse em casa. Fez que iria abaixar para pegar tudo mas o garoto o segurou, se abaixou e arrumou tudo, em seguida se levantou e conferiu.

— Acho que não quebrou nada, por sorte não tem ovos.

— Não tem ovos? — olhou as sacolas. — Droga.

Se virou e voltou para o mercado, uns cinco minutos depois saiu de lá com uma cartela de ovos e mais uma sacola no braço com outras poucas coisas que havia esquecido.

— Certo, agora acho que está tudo okay. — colocou a cartela em um dos braços e ergueu a outra mão. — Me dê.

— "Me dê" o quê?

— Minhas sacolas?

— Você está com febre, dolorido e desmaiou não tem nem 10 minutos, acha mesmo que eu vou deixar você levar essas coisas sozinho para casa? E se você cair no meio da rua?

— Eu não estou com febre, estou quente por causa dessa droga de casaco.

— Um calor desse e você está de casaco, vai mesmo me dizer que não está doente?

CULPADOS • Destiel •Onde as histórias ganham vida. Descobre agora