Angry (kawata soya)

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S/N on:

Eu estava conversando de boas com o Smiley, meu cunhado, estávamos falando sobre coisas da gangue e aleatórias, tipo, quantas pessoas ele esmurrou essa semana e etc...

Ele é super engraçado e eu que nem ria pelo vento, sempre gargalhava com as palhaçadas dele, mas eu prefiro o meu tímido, fofo e ranzinza namorado Angry, que as vezes ficava até incomodado com o quanto eu e seu irmão somos próximos.

Mas ele é meu cunhado! O que posso fazer?

Sinto algo queimar pelas minhas costas e me viro vendo Angry com uma cara nada simpática olhando para mim e seu irmão, quando percebeu que eu olhava para ele, simplesmente virou o rosto para o outro lado e foi embora.

Angry era bem ciumento, por ser um pouco inseguro, ele sabia que a personalidade de seu irmão era contagiante junto de seu sorriso que nunca saia de seu rosto, por isso ficava acoado, mesmo eu insistindo que eu preferia milhões de vezes ele por gostar de caras mais quietos.

s/n: Ei Smiley, acho que já vou indo, tenho que falar com Angry- falo sorrindo para o mesmo.

Smiley: Tudo bem, quer carona s/a?

s/n: To com minha moto aí, valeu!- me despeço e vou pegar minha moto para ir procurar Angry.

Pego minha Yamaha MT-03 ABS preta com uma caveira cravada em cada lateral, (como uma baixinha que nem eu pilota uma moto dessas? nem eu sei), subo e ligo, dou partida para uma praça que ele sempre ia quando ficava irritado.

Chego na praça e já vejo a moto dele estacionada, estaciono a minha do lado da dele e saio a sua procura, depois de andar um pouco o vejo de frente a fonte pensativo e vou até ele sem pressa para não assusta-lo.

s/n: Angry?- chego perto dele e ele se desperta dos pensamentos e vira para mim- Tá tudo bem?

Angry: Uhum- responde seco, ele tá realmente bravo.

s/n: Amor, sabe que esse seu ciúmes não pode durar pra sempre né? Smiley é seu irmão, meu cunhado, é impossível não sermos próximos- falo com bastante paciência apoiando uma mão em seu ombro.

Angry: Sei- a voz dele abaixa uns tons e eu estranho, ele começa a andar para outro lugar sem falar nada, só de cabeça baixa.

s/n: Vida, o que há de errado? Você não tá bravo, está triste, me conte por favor- ando mais rápido e entro na frente dele que estava com um olhar baixo e triste, meu coração se quebrou na hora.

Angry: Você tá feliz?- finalmente fala mas sem me encarar.

s/n: Como assim?

Angry: Comigo, você tá feliz comigo? Com o nosso relacionamento?

s/n: Não to te entendendo, é claro que estou feliz! Eu amo você, por que me perguntou isso?

Angry: Você parece ser muito mais feliz com ele, veja só, ele é mais aberto, divertido, alegre, e eu sou bravo, ranzinza, fechado e—-

s/n: Também é amoroso, carente e sempre me deixa com um sorriso idiota no rosto- sorri o cortando.

Angry: O que você viu em mim?- finalmente me olha.

s/n: Vi o meu namorado, o amor da minha vida, aquele que EU escolhi para ficar do meu lado, meu rabugentinho favorito- me aproximei mais dele- Vou ter que repetir quantas vezes isso?- abracei ele colocando minha cabeça encostada em seu peito- Que eu te amo e que não quero mais ninguém além de você?

Angry: Eu...

s/n: Shhhi, só me abraça- sinto depois de segundos os braços fortes dele circularem minha cintura e uma bochecha ser encostada no topo da minha cabeça- Se eu quisesse o Smiley, eu estaria com ele, não com você, mas eu estou com você, sou apaixonada por você Soya, desde a primeira vez que te vi, não precisa se sentir inseguro ou com medo, eu sou todinha sua.

Senti algumas lágrimas no topo de minha cabeça, mas deixei, ele tem que absorver essas informações sozinho.

Ele foi se acalmando e se pronunciou.

Angry: As vezes eu acho que não te mereço, sabia amor? Você é tão perfeita, mas eu não consigo me ver ou ficar longe de você- eu sorri com as palavras dele e levantei minha cabeça olhando o rostinho vermelhinho e molhado pelas lágrimas antes caídas e um sorriso- Obrigado, por tudo- acaricia meu rosto.

s/n: Eu que tenho que te agradecer, por ser o melhor namorado e amigo que eu poderia sonhar em ter- o beijei, pus minhas mãos em volta de seu pescoço e ele segurou minha nuca com uma mão e a outra estava na minha cintura.

Um beijo lento e repleto de paixão, porque era isso que sentíamos um pelo outro, paixão e o mais puro amor, nunca que eu vou conseguir ficar longe do meu algodão doce rabugento.

Paramos o beijo pela falta de ar e ele começou a beijar minha bochecha, beijinhos lentos e suaves, era sua forma de dizer que me ama, em suas ações, não precisamos de palavras para descrever o que sentimos um pelo outro, basta os gestos de proteção e carinho para perceber, sua mão acariciava a outra bochecha com cuidado, como se eu pudesse quebrar a qualquer momento que nem uma boneca de porcelana delicada.

Protegemos e amamos um ao outro e ninguém pode mudar isso.

s/n: Que tal irmos pra minha casa ficar juntinhos debaixo da coberta no sofá, hm?- faço carinho em seus fios azuis enquanto estou de olhos fechados aproveitando seu carinho.

Angry: Acho uma ótima ideia- se separa e me dá um selinho.

Fomos de mãos dadas pegar nossas motos e fomos em direção a minha casa, chegamos e só peguei uma coberta em meu quarto e nos deitamos no sofá com ele no meu peito acariciando minha barriga e eu seus cabelos macios.

Passamos o resto da noite assim, agarradinhos sem sem dizer uma palavra, só aproveitando o momento juntos.

🖤Imagines Tokyo Revengers❤️Onde as histórias ganham vida. Descobre agora