Capítulo treze

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Acho que nunca irei encontrar algo que eu ame mais do que o céu. É sério. Esse sempre vai ser o meu grande amor, nunca irei trocá-lo por ninguém. É claro que algum dia talvez eu me apaixone, mas essa pessoa vai ter que entender que o universo é algo importante para mim, e se não gostar disso, que caia fora.

Já faz um mês que eu e Drew nos vemos todos os dias. As vezes, ele também sai sozinho, tem uns dois amigos que moram por aqui, mas, mesmo assim, vou até sua casa para ficar batendo papo e fazendo tricô com minha mãe, minha irmã, sua avó e sua mãe. Eu amo isso, amo conversar com elas.

Hoje decidi dormir aqui, mesmo que Drew tenha saído com alguns amigos, minha prima e sua namorada. Não estava muito a fim de ir e levei uma hora convencendo a Drew que estava tudo bem eu não ir junto, ele não precisa ficar grudado comigo o tempo inteiro, sei que Jess vai tomar conta dele.

– Por que não quis ir hoje Mia? – Pergunta a senhora Jodi, mãe de Drew.

– Ah, não estava muito no clima.

– Você não parece ser muito do tipo de festas, né? – Agora é a vez da senhora Mary me fazer perguntas.

– Eu até gosto, mas sempre me senti um pouco deslocada, porém gosto de ir sim. Hoje que não quis mesmo.

– Mudou alguma coisa? As festas da adolescência e as festas de agora? – Ela pergunta.

– Não mesmo! Ainda tem um bando de idiotas tentando dar em cima de alguma menina bêbada e gente se pegando.

– Você não bebe?

– Odeio bebida.

– Uau! – Intervém minha mãe. – Você é mesmo minha filha? Porque nessa idade eu tomava todas!

– Você está sendo um péssimo exemplo para Mia, mãe. – Diz minha irmã.

– Papai é o maior péssimo exemplo na verdade, toda festa ele bebe, mas mesmo assim, não gosto de bebida.

– Continue assim minha querida, não está perdendo nada. – Completa dona Mary.

Não tenho ideia de que horas Drew vai chegar, mas me acostumei com o quartinho de hóspedes e decidi ficar por ali, já que amanhã não tenho aula. Minha mãe e minha irmã foram embora.

Quando estou quase pegando no sono, escuto uma risada e alguns barulhos. Drew. Na última vez que ficou bêbado, ficou cambaleando e engraçado, nada demais, mas lidei com isso antes de virmos para casa.

Cruzando os dedos para não ter que lidar com ele e uma garota.

Para minha sorte, é só Drew.

– Ei – Sussurro. – O quanto você bebeu?

– Por que estamos sussurrando? – Ele pergunta.

– Porque você chegou bêbado e já são três horas da manhã.

– Ah, cadê minha mãe? MAMÃE! – Tampo a boca dele com a minha mão antes que grite denovo.

– Para com isso! Vai acordar todo mundo!! Vem.

Drew é estupidamente maior do que eu, o que complica um pouco para subir as escadas. Mas, mesmo assim, coloco um braço dele por cima de meu ombro e levo ele para seu quarto, não posso deixar meu amigo bêbado caído pela casa.

– Senta ai e me espera. – Digo e ele se senta na cama.

Desço para pegar uma garrafa d'água na cozinha e em dois minutos que saí, Drew está jogado no chão.

– O que eu disse pra você? – Me sinto uma mãe agora. Puxo ele com toda a minha força e tento colocá-lo deitado, mas ele se senta na cama.

– Levantei pra vomitar, agora minha boca ta estranha. – Diz ele enquanto fica com as pernas esticadas olhando para a própria boca, igual uma criança.

– Mia – Ele chama. – Você é minha melhor amiga sabia?

– Sim. Agora bebe a água.

– É sério, sério sério sério, você é minha melhor amiga.

– Ok Drew agora bebe a água.

– Você é linda também sabia disso? Queria que você se visse como eu te vejo.

– Bebe a porcaria da água Drew. – Digo mais uma vez empurrando o copo para ele beber. Está bêbado, ignorá-lo é o mais certo a se fazer.

– Não quero água! – Ele aumenta o tom de voz.

– Shhh, fala mais baixo e bebe a água.

– Você é a garota mais linda que eu já vi, sabia? De todas, você ganha fácil. – Ele diz, finalmente bebendo a água e se acomodando no travesseiro.

– Muito doce, mas eu queria que você estivesse sóbrio.

Vou para meu quarto e o deixo descansando, amanhã lido com ele.

Paper Rings | Drew StarkeyWhere stories live. Discover now