Paper Rings | Drew Starkey

Capítulo trinta e oito

Odeio arrumar mala. As gravações acabaram, em duas semanas entro na faculdade. Vou para a Disney com o meu namorado. Drew, a Larissa Manoela 2.0.

– Cadê a minha bombinha de asma? – Pergunto a Drew.

– Estava no meu armário, ainda deve estar.

– Por que a minha bombinha estava no seu armário?

– Porque a maioria das suas coisas estão no meu quarto.

– Não estão, não!

– Mia, aceita, aos poucos você está se mudando para lá.

– Claro que não!

– Você dorme comigo todo dia.

– Você tem um ponto. – Voltamos a arrumar as malas. Meus pais estão vindo para cá, também viajarão com a gente. Meus pais e minha irmã e os pais de Drew. Vamos todos juntos. Não seria tão divertido se fôssemos só nós dois.

Ninguém sabe ainda que estamos juntos, é estranho falar de nós dois desse jeito. Mas é real, estou com ele. A garota que tinha acabado de fazer dezoito anos que assistiu uma seriezinha na netflix, ainda habita dentro de mim e fica doida quando vê que estamos namorando Drew.

– Seu pai vai me matar. – Drew suspira e se senta ao meu lado na cama. Terminamos de arrumar as malas por pura ansiedade, porque a viagem é só em dois dias.

– Por que? Ele gosta de você.

– Não vai gostar tanto assim quando ver metade das suas coisas no meu quarto.

– Drew você já conhece meu pai, está mesmo nervoso com isso?

– É como se eu fosse conhecê-lo pela segunda vez, amor.

– Por que não disse antes? Eles chegam hoje vida!

– Ainda da tempo para se matar?

– Você para de piada suicida que você não é maluco! – Ele ri.

– Vem cá. – Ele me chama se deitando na cama. Coloco a cabeça em seu peito, eu amo ouvir seu coração batendo.

– Por que seu coração bate tão rápido? – Eu pergunto. Até hoje ele não me respondeu.

– Você é tão lerda.

– Também te amo. Agora responde.

– Por sua causa, palhaça.

– Como?

– Meu corpo inteiro entra em festa quando você está perto, e meu coração é sem dúvidas o mais popular e bagunceiro. O anfitrião de toda essa festa.

– Te amo muito, sabia? – Digo desenhando círculos em seu peito com o dedo. Drew está sem camisa, estou deitada no paraíso. – Aquele tipo de amor que não cabe no peito, que eu não sei como expressar pra você. Mas eu espero que você saiba, que palavras não seriam suficientes para dizer o quanto eu te amo. Não tem régua no mundo que possa medir o meu amor por você, e não tem balança que consiga pesar o que eu sinto quando digo que te amo. Eu te amo como os príncipes amam as princesas nos livros que lia quando era criança.

– Eu também, minha menina. Eu te amo como o Henry ama o Alex, te escolho como o Maxon escolheu a América, te desejo como o Cardan deseja a Jude e, como Dante e Ari, quero descobrir todos os segredos do universo com você. Mas acredite quando eu digo, que o amor de todos os casais do mundo juntos, não chegaria aos pés do meu amor por você.

– Deveríamos virar poetas. – Digo rindo e sem graça.

– Provavelmente. – Ele finaliza. Mais tarde meus pais chegarão com minha irmã, não sei como será contar a eles sobre nós dois, mas sei que vão me apoiar, porque me prometeram.

Tanto meus fãs quanto os dele, vão amar tudo isso, é óbvio que, alguns vão mandar mensagens mandando eu me matar e o Drew provavelmente vai postar algo pedindo para que parem, porque é sempre assim. Mas eu lido com isso.

Enfrento qualquer coisa para ficar com ele, faço qualquer coisa por ele.