Capítulo trinta e sete

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Drew Starkey é definitivamente um anjo. Com a cabeça encostada no seu peito, observo e memorizo todo o seu rosto, cada pequeno detalhe, enquanto ele dorme. Quero acordar assim todos os dias. Quero acordar com ele ao meu lado, e espero que, depois da conversa de ontem, isso seja possível.

Depois de beijá-lo, não falamos tanta coisa, quando vi já estávamos em seu quarto. Espero conversar mais sobre nós dois hoje. Nós dois. Finalmente existe um "nós dois"?

Quero ficar aqui o resto do dia, mas sei que precisamos trabalhar. Como eu acordo esse anjinho? Não faço ideia.

Lhe dou um beijinho na bochecha, ele não acorda. Dou outro, ele não acorda, mas sorri dessa vez. Sei exatamente o que está fazendo.

– Se acordar, o próximo é na boca. – Ele abre os olhos na hora.

– Bom dia, princesa. Tô acordado! – Passo para cima dele, ainda usando só uma blusa sua que fica enorme em mim, e minha roupa íntima de baixo. Igual da primeira vez em que acordei ao seu lado, mas essa é diferente, essa nós não iremos esquecer.

– Temos que ir trabalhar. – Eu digo.

– Tô esperando.

– O que?

– O beijo, você disse que daria quando eu acordasse.

– Bobo. – Digo e em seguida lhe beijo. Suas mãos se encaixam em minha cintura e ele me empurra para o lado, vindo para cima de mim. Me afasto para encará-lo nos olhos.

– Precisamos mesmo ir, Drew.

– Não quero.

– Se você se levantar, quando voltarmos do trabalho te dou outro beijo.

– Ta, me convenceu. – Ele diz saindo da cama.

– É tão fácil assim te conquistar?

– Linda, qualquer palavra que sai da sua boca é o suficiente para me conquistar.

– Pão.

– An?

– Pão, ué. Você disse que qualquer palavra que sai da minha boca te conquista. Eu disse pão.

– Por que você é assim?

– Porque você gosta de mim assim. – Digo me levantando e passando reto por ele. Sei exatamente onde o olhar dele para quando eu viro de costas.

– Você se liga hein Starkey! – Eu digo e vou para o meu quarto.

O jeito que nós dois agimos como se fosse a coisa mais natural do mundo estarmos "juntos" só prova o quanto queríamos isso a muito tempo.

*

Essa semana é a última de gravações. No set, eu e Drew agimos como se nada tivesse acontecido entre a gente ontem e hoje de manhã. Literalmente, a gente só se falou no momento de gravarmos juntos.

No carro, na volta para casa, eu tenho crise de riso absolutamente do nada! Drew começa a rir em resposta, confuso.

– O que foi? – Ele pergunta.

– Nada, é-é que – Tento parar de rir para conseguir falar. – É engraçado.

– O que?

– Nós dois.

– Nós dois?

– É. – Ele me olha sorrindo, e volta a olhar para frente. Quando ele passa a língua por dentro da bochecha eu me desmonto inteira. A rua calma, ele dirige apenas com uma mão no volante.

Paper Rings | Drew StarkeyWhere stories live. Discover now