A Princesa de Illéa

Capítulo 11 - Confissões

Depois dos fogos vejo Maxon indo até America e pedindo para dançar com ela. Todos voltam a dançar, conversar, ou até mesmo se aproveitar das comidas dispostas, todas temáticas de Halloween.

Quando meu olhar encontra o de Celeste, vejo ela acenando a cabeça para fora da festa, sinalizando para eu ir com ela. Discretamente espero alguns minutos depois dela sair do salão, até nos encontrarmos no corredor. Ela já está quase alcançando a porta do meu quarto quando a encontro. Seguro sua mão e então abro a porta e deixo ela entrar. Mal dá tempo de eu me virar depois que eu tranco a porta atrás de mim, Celeste me empurra contra a porta e começa a me beijar. Passo minhas mãos por seu cabelo e acaricio sua nuca, enquanto suas mãos encontram minha cintura, quase encostando mais embaixo, me puxando contra ela.

Quando começo a ficar sem ar me afasto dela, minhas mãos segurando seu rosto, e eu estou olhando nos olhos dela. Nossos olhares emanam um desejo surreal pela outra, ao olhar em seus olhos nós sabemos o que está prestes a acontecer. Dou um selinho nela, e então vou dando beijos em sua testa, nariz, bochechas, até chegar em seu pescoço.

Ao beijar um ponto sensível noto que ela ficou arrepiada. Suas mãos vão subindo, da minha cintura chegam até meus seios. Paro de beijá-la e novamente nos olhamos nos olhos uma da outra, ela pede permissão para tirar meu vestido. Faço que sim com a cabeça, e então antes de deixá-la tirar minha roupa, removo a tiara e a peruca que estou usando e solto meu cabelo do coque. Sinto suas mãos passando pelas minhas costas e encontrando o fecho do vestido, ela o abre e então ele desliza por meu corpo, caindo no chão.

Celeste fica me olhando, seu olhar mostra puro desejo, eu coro de tão intensamente que ela me olha. É minha vez de passar minhas mãos por suas costas e abrir seu vestido, e então nós duas estamos somente de lingerie. Tiramos nossos sapatos, e então ela pega a minha mão e me leva até a minha cama. Eu me deito e ela fica sentada em cima de mim, admirando a vista.

Voltamos a nos beijar, minhas mãos agora agarram sua cintura, enquanto as dela vagam por todo meu corpo, apertando os lugares certos. Estou tão distraída com tudo isso e quase com volta de ar que quando noto as duas estão completamente nuas. Celeste se deita sobre mim, ainda me beijando, de um jeito que nossos seios se tocam, e senti-los contra os meus me arrepia inteirinha.

Nossos lábios já inchados e vermelhos, Celeste para de beijar e me olhou, como se esperasse permissão para alguma coisa. Eu sorrio e balanço a cabeça. Ela me dá um beijo novamente, e então vai descendo seus lábios pelo meu corpo, primeiro pelo meu pescoço, depois ela dá atenção aos meus seios, o que me faz soltar um gemido de surpresa, até ir em beijando minha barriga, e finalmente o lugar em que eu espero ansiosa.

Minha cabeça desencosta do travesseiro assim que Celeste encosta os lábios lá embaixo. Nunca senti nada parecido antes. Automaticamente minhas mãos seguram seus cabelos, a segurando para continuar me dando prazer. Não demora muito para eu começar a ver estrelas, e assim que minha respiração volta ao normal ela sobe até meu rosto e me beija, fazendo com que eu sinta meu gosto em seus lábios e sua língua. Seguro seus braços e logo estamos em posições invertidas, ela está na cama de barriga para cima e eu estou sobre ela. Beijo todo seu corpo antes de chegar onde ela mais me quer e faço exatamente o que ela fez comigo.

Quando terminamos, ficamos abraçadas, Celeste com a cabeça encostada em meu peito, enquanto eu acaricio seus cabelos. Nesse momento relaxante, só nós duas, que eu lembro da minha conversa com Maxon durante a festa. Preciso contar para ela sobre isso, afinal ela está envolvida nisso tudo.

- Celeste. - eu digo suavemente, continuando a acariciar seu cabelo.

Ela vira a cabeça, mas ainda encostada em mim, para me olhar.

- Falei com Maxon hoje na festa. Minha mãe já estava há algum tempo pedindo que eu contasse toda a verdade para ele.

Espero alguma reação dela. Ouço ela murmurando, concordando para eu continuar.

- Hoje mais cedo eu conversei com Maxon enquanto dançávamos. Eu ainda não contei nada, mas eu falei que tinha algo importante para conversar com ele, e que não dava para falar sobre durante a festa com toda aquela gente em volta. Então combinamos de nos encontrar em particular e então contarei tudo.

Ela passa seus dedos pelo meu braço, fazendo carinho. Parece estar pensando.

- E você vai falar sobre mim. - ela diz, não está perguntando, está afirmando.

Eu demoro alguns segundos para responder. - Preciso, ele tem que entender toda a situação. Mas eu precisava conversar com você antes de tudo. Foi por isso que no outro dia chamei você aqui, porque pensava já em contar a ele, mas antes de tudo precisávamos esclarecer nossa situação, se estávamos juntas ou não.

Fica um silêncio. Apesar de tudo que passamos, Celeste e eu nunca pusemos um rótulo na nossa relação, nunca deixamos claro que seríamos exclusivas uma da outra.

- Então... - eu digo, meio incerta com a situação, até porque ela ainda está aqui para competir por Maxon. - Estamos juntas? - minha voz sai bem fraca, com medo de sua resposta.

Meu coração bate forte esperando ela responder. Ela para de acariciar meu braço, e então começa a dar vários beijos pelo meu peito, pescoço, até chegar nos meus lábios. E então quando ela me olha nos olhos abre um sorriso.

- É claro que estamos, Alteza. - ela diz.

Nós duas rimos quando ela me chamou assim. Suspiro de alívio, tinha obviamente uma chance de ela estar comigo só por diversão. Parece que ela nota minha reação. Faz um beicinho como se tivesse com pena de mim por estar tão nervosa com medo dela não querer nada comigo.

- Você acha mesmo que eu trocaria você por Maxon? Ou por qualquer outra pessoa? Você é perfeita, Katherine Schreave, e nunca achei que eu fosse amar alguém como amo você.

Espera aí... O QUE ELA ACABOU DE DIZER?

Arregalo os olhos, surpresa com suas palavras.

- V-você me ama? - eu pergunto, ainda sem muita certeza.

Ela sorri para mim, o sorriso mais lindo que já vi.

- É claro que amo, não tem como não amar. - ela diz, me dando um beijo.

- Te amo também. - eu digo. Nunca estive tão certa em toda minha vida.

Ela se deita ao meu lado, e então me viro, agora seus seios encostam em minhas costas, e estamos de conchinha, nos braços uma da outra.