Capítulo 23 - Herdeiro de Illéa

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Sou acordada no meio da madrugada. Abro os olhos lentamente, ainda morrendo de sono. 

- O que foi? - minha voz está rouca.

- Alte... - ouço a foz de Stella. -, quer dizer, Kat. O príncipe pediu que eu a acordasse. Sua presença é requisitada. 

Fico preocupada, não lembro de ter minha presença requisitada numa hora dessas, a não ser que fosse por conta de alguma invasão rebelde.

Stella me ajuda a calçar meus sapatos e a vestir um robe, e então desce comigo até onde Maxon está. Quando chego ao primeiro andar, onde meu irmão está, vejo ele conversando com um guarda, e ao seu lado vejo America. Muito estranho. Que assunto meu irmão precisa tratar comigo no meio da madrugada sem o rei e a rainha e com America?

- O que houve? - eu pergunto preocupadamente. 

America e ele se viram para mim. Ela parece igualmente preocupada, sem entender nada.

- Os rebeldes estão no palácio. - Maxon diz.

- O quê? - eu digo, ainda mais preocupada.

- Por que não vamos nos esconder? - America pergunta.

- Não estão aqui para atacar. - ele nos responde.

- Então, por que estão aqui? - eu pergunto.

Maxon suspira. - São apenas dois rebeldes nortistas. Não vieram armados e querem falar especificamente comigo, com você... e com America.

Então um guarda nos guia até onde os rebeldes estão nos aguardando. Vejo um homem e uma mulher.

- Viemos conversar em paz - o homem anuncia. - Estamos desarmados e fomos revistados por seus guardas. Sei que talvez seja inadequado pedir privacidade, mas gostaríamos de discutir assuntos que ninguém mais deve ouvir.

Maxon ordena para que os guardas tragam uma mesa e cadeiras para podermos discutir o que quer que eles queiram.

- Não acha que é hora de fazer as apresentações? - o homem pergunta.

Maxon é o primeiro a estender a mão e se apresentar. - Maxon Schreave, seu soberano.

O homem segura o riso. - É uma honra, senhor.

- E você, quem é? - meu irmão pergunta.

- August Illéa, a seu serviço.

O quê?!

Maxon, America e eu nos entreolhamos.

- Você ouviu bem. Sou um Illéa, e legítimo. E minha companheira aqui também será, mais cedo ou mais tarde, quando nos casarmos.

- Então meu pai tinha razão - Maxon diz. - Ele me avisou que vocês viriam atrás da coroa algum dia.

- Não quero sua coroa - August garante.

- Que bom, porque pretendo governar este país - Maxon diz. - Fui criado para isso. Se você acha que pode chegar aqui alegando que é tataraneto de Gregory...

- Não quero sua coroa, Maxon! Destruir a monarquia faz mais o estilo dos rebeldes do sul. Nós temos outras metas.

August é o primeiro a se sentar, e então ele silenciosamente pede para todos nós nos sentarmos.

Novamente Maxon, America e eu nos entreolhamos. 

- Não consigo imaginar o que deseja de mim. Você fez questão de vir enquanto o palácio dormia. Suponho que queira manter a visita o mais discreta possível. Diga o que quer. Não posso prometer atendê-lo, mas escutarei. - Maxon diz.

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