6. NINO.

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— Você acha que seu irmão fez o que fez por querer? Ele realmente ansiava te matar? — Fiora perguntou cuidadosamente.

— Não. Eu sei que não.

Mas a cada vez que eu dizia isso, meu pai me batia tanto que eu vomitava as palavras: Nico quis me matar.

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— Onde você vai? — Perguntei quando Luca pegou as chaves do carro após colocar várias armas pelo corpo. 

— Vou comprar roupas. — Bastardo vaidoso. Ele não podia passar uma semana sem comprar uma cara roupa nova. 

— Você pode comprar algumas para mim também? — Perguntei por fim. Eu realmente precisava de roupas novas, mas não tinha um pingo de disposição para ir compra-las. Já era hora de ter roupas novas, principalmente quando eu já estava começando a invadir o closet de Nino em busca de roupas para sair. 

— Porque você não vem comigo? — Luca questionou repentinamente animado. — Todas as roupas que você veste foram escolhidas por Nico, Alessia ou eu. Sério. Talvez você ir escolher algumas novas. 

— Sério? — Era mesmo necessário ir até uma loja? Eu não podia simplesmente ficar em casa e esperar meu irmão trazer um monte de roupas? 

— Bom, eu também vou comprar o presente das gêmeas… — Luca murmurou arqueando as sobrancelhas. — Talvez você queira comprar algo para Alessa. 

— Alessa não espera que eu lhe dê presentes. 

Luca soltou uma risada debochada. 

— Sim, ela espera. Eu sei que você não entende muito sobre as pessoas, mas ela com certeza espera um presente seu. 

Eu ponderei aquilo por um momento. Se Alessa realmente esperava que eu lhe desse um presente, eu não poderia desaponta-la. Somente a ideia de deixá-la magoada por coisa tão ridícula me fez levantar do sofá. 

— Vou pegar minhas coisas. 

Luca sorriu como se tivesse ganhado na loteria e eu revirei meus olhos conforme subia as escadas e ia até meu quarto. A rotina das armas era clínica como a rotina da manhã; uma pistola na cintura, duas no coldre do peito, casaco para esconder as armas, facas no coldre do tornozelo sob a calça jeans. 

— Você vai sair? — Alessia perguntou com um sorriso brilhante. Porque todos eles ficavam tão felizes quando eu saía de casa? Pensei em perguntar o que Alessa gostaria de ganhar de aniversário, mas isso só mostraria que Alessia sabia mais sobre Alessa do que eu, assim como sabia mais sobre a porra do meu irmão gêmeo. 

— Sim, Luca me convenceu a comprar roupas. — Dei de ombros. — Te vejo depois. 

Antes que Alessia pudesse responder eu me virei e desci as escadas. Eu simplesmente não podia aguentar a presença dela por muito tempo. Era irracional, era extremamente estúpido e tóxico, mas eu não podia ter Alessia por perto. Todas as pessoas importantes da minha vida a amavam mais do que qualquer outra coisa e eu quase podia sentir a vida deixar meu corpo toda vez que ouvia Nico ou Alessa dizerem a ela eu te amo. Até Luca era incrivelmente apegado a Alessia, como uma figura materna que ele nunca teve. Quando entramos no Aston Martin de Luca e meu irmãos mais novo acelerou pelas ruas de Las Vegas, eu falei antes mesmo de pensar: 

INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.Where stories live. Discover now