25. NINO.

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Terapia,
doze meses antes do baile.



— Você se ressente por Nico ter dado o bracelete que sua mãe deu a ele para Alessia? — Fiora perguntou com cuidado.

— Nossa mãe nos deu um conjunto que se completava, o anel para mim e o bracelete para ele. Ele simplesmente… Deu para Alessia. Um presente da nossa mãe.

— E o que a atitude dele te faz sentir?

— Raiva. — Disse por fim. — Como uma mulher pode ser mais importante que nossa família? Nossa mãe?






Eu percebi que aquele baile seria um fiasco quando passei pelas portas e a primeira pessoa que eu vi foi Clarice. Seus olhos correram em minha direção e um sorriso apaixonado surgiu em seu rosto. Eu precisava que aquela garota entendesse de uma vez por todas que nós não teríamos nada. A loira começou a caminhar em minha direção, mas eu rapidamente segui até parar ao lado do Luca e Manoel Giordano. 

— Gostando da festa? — Perguntei ao nosso meio irmão e reprimi a vontade de ajeitar a máscara no rosto dele que estava claramente torta. A família dele havia sido convidada para o baile em prol de mostrar publicamente nossa aliança, mas somente ele havia vindo para Las Vegas. 

— Bom, parece que vai ficar melhor agora. — Manoel disse com um sorriso enviesado indicando com o queixo Clarice que se aproximava. 

— Pelo amor de Deus tire ela pra dançar. — Eu pedi a Luca, mas já era tarde demais. Clarice parou ao meu lado com um grande sorriso. 

— Poderíamos ter uma dança? — A loira perguntou gentilmente. A máscara dourada em seu rosto combinava perfeitamente com seu vestido branco cheios de fios dourados. Eu queria morrer, principalmente porque Alessa estava me encarando do outro lado do salão, lábios franzidos e expressão de desdém. Porra. 

— Na verdade, — Manoel começou se aproximando de nós. — Você poderia dançar comigo antes? 

Clarice observou Manoel por um longo momento, caindo visivelmente em seu sorriso simpático que despertava a adoração de tantos. 

— Claro. — Clarice disse amavelmente antes de se virar em minha direção. — Você se importa? 

Ah, caralho. Meu Santo Deus. Puta que pariu. É claro que eu não me importo, garota. Eu mal consigo suportar estar perto de você. 

— Óbvio que não. — Eu disse com um grande sorriso. — Se me dão licença. 

Antes que pudessem me responder, me virei e caminhei até o outro lado do salão, onde Carisma Vacchiano estava bebendo uma taça de champanhe ao lado da filha. Sorri conforme uma ideia começava a se formar em minha mente. 

— Senhora Vacchiano. — Eu me inclinei respeitosamente para beijar suas mãos. — A senhora me daria o prazer dessa dança? O Senhor Vacchiano não pôde vir e eu não acho que a senhora deveria passar o baile sem experimentar a pista de dança. 

Carisma me olhou sorridente, parecendo extremamente feliz por eu ter essa consideração. Eu não estava fazendo isso apenas porque queria mostrar a ela que seria um bom genro e assim ganhar seu apoio; ela sempre havia sido gentil comigo, mesmo depois do incidente com Cinzia. Não queria que ela passasse a noite sem uma dança. Pisquei sutilmente para Alessa quando segurei a mão de sua mãe e a morena mal conseguiu conter a risada. Eu já havia conseguido a afeição de Alessa e agora precisava disso com o restante de sua família se quisesse ter algo sério com ela. Eu não ansiava pelo casamento, mas era a única forma de estar com Alessa e eu já havia provado dela o suficiente para ter certeza de que a queria pelo resto da vida. 

INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.Where stories live. Discover now