Às três e meia da tarde, Nico avisou a Alessia que Manoel havia chegado, alguns minutos depois, Thomaz avisou que estava na mansão. Eu e minhas irmãs encaramos os celulares sobre a mesa, ansiosas e preocupadas, querendo mais do que tudo ter novas informações. Lorenzo, Devon e Jhenifer brincavam no tapete, os três anormalmente quietos como se pressentissem o perigo. Cinzia respirou fundo torcendo as mãos, Alessia encarava os telefones como se pudesse faze-los tocarem pela força do olhar e Carina estava apertando tanto o braço do sofá que seus dedos estavam brancos. Seus maridos, os homens que amavam, estavam numa casa com o inimigo, poderiam simplesmente não retornarem. Por mais que não quisesse, eu entendia o medo que sentiam. Nino estava lá também. Nino podia nunca mais voltar para mim, mesmo ele sequer sendo meu. Inundada por esse sentimento de medo e receio, eu peguei meu celular da mesa abruptamente, fazendo minhas irmãs pularem de susto.EU: Tudo certo? Você está bem? Estou preocupada, me responda assim que possível.
Quando olhei para cima de novo, Carina e Alessia estavam olhando entre mim e meu celular e só então percebi que eu havia digitado e apagado o eu te amo que não tive coragem de enviar frente a elas.
— Porque você não disse? — Carina perguntou com cuidado. — Porque você apagou o “eu te amo”?
— Você ia dizer que amava Nino? — Cinzia perguntou esbabacada. — O que eu perdi?
— Gente… — Respirei fundo desanimada. — Somos amigos. Eu o amo como meu melhor amigo, eu só não enviei porque é estranho dizer eu te amo. Não somos como vocês, não temos coisas românticas entre nós. Nosso eu te amo é fraternal.
— Por isso você quebrou o nariz de Clarice? — Alessia perguntou arqueando as sobrancelhas. Ao contrário de Cinzia e Carina, ela não acreditava nas minhas palavras.
— Você fez o que? — Carina perguntou chocada.
— Luca contou para Samael, eu estava no banheiro quando Sam ouviu o áudio. Luca acha que você está apaixonada por Nino e ficou com ciúmes de Clarice, mas ele disse que Nino dispensou Clarice semanas antes. — Cinzia deu de ombros com um sorriso enorme. — Talvez ele esteja apaixonado por você também.
— Meu Deus! Ninguém está apaixonado por ninguém! — Rebati. — Ela me chamou de vadia sonsa, na casa da minha irmã, um fodido desrespeito! Eu sou uma Vacchiano, não vou deixar ninguém me desrespeitar, principalmente sob o teto da minha família!
— Alessa. — Carina segurou minha mão, me olhando com atenção. Seus cabelos vermelhos e olhos verdes eram lindos e no passado eu sentia inveja, agora, havia me acostumado aos cabelos pretos. — Não esconda seus sentimentos de nós, principalmente porque um envolvimento secreto com Nino resultaria numa guerra. Se você nos contar, iremos te apoiar, respeitar seus sentimentos e fazer de tudo para convencer nossos maridos de um casamento.
— Você não entende que…
Parei de falar quando meu celular vibrou sobre a mesa e uma mensagem de Nino apareceu na tela de bloqueio. Peguei o celular num pulo e destravei a tela.
NINO: Você já superou sua raiva de mim e parou de brincar comigo ou apenas precisa que eu fale que Thomaz e Samael estão bem?
— Ops… — Cinzia murmurou, mas não olhei para trás. Eu sabia que elas estavam olhando para a tela, vendo minhas mensagens e minhas reações, mas não ne importei. Ele achava que eu estava brincando com ele? Que eu seria capaz de fazer isso?
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INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.
RomanceINQUEBRÁVEL: Aquele que não pode ser quebrado, que não pode ser partido. Nino Parisi e Alessa Vacchiano tinham uma coisa em comum: haviam sido machucados pelas pessoas que deviam protegê-los. Duas almas destruídas, dois seres humanos lutando todos...