— Você sabe o que foi aquilo, não sabe? — Alessia perguntou conforme tentava limpar o rosto de Lorenzo. Me levantei da mesa e caminhei até a cozinha, desviando de sua pergunta e procurando pela empregada da casa que estava preparando outro jarro de café.— Você pode montar uma bandeja de café da manhã e me dizer onde posso conseguir uma toalha de piquenique, por favor? — Perguntei baixinho ao parar ao lado da mulher mais velha. Seus olhos castanhos vieram em minha direção e eu abri um sorriso hesitante.
— O lado do jardim perto das fontes gregas tem sombra e é bem calmo a essa hora do dia, eu posso preparar seu pequenique lá, se quiser. — Ela disse com um sorriso cúmplice.
— Não vai te incomodar?
A mulher riu.
— Eu sou uma empregada, senhorita.
— Eu não ligo para isso. — Murmurei. — E pode me chamar de Alessa.
— Vocês, meninas Vacchiano, foram criadas com esmero. — Ela elogiou antes dar um tapinha no meu ombro. — Vinte minutos e tudo estará pronto.
Eu sorri em agredecimento antes de retornar a mesa e encontrar os olhos desconfiados da minha irmã. Ela realmente acjava que eu compartilharia os segredos de Nino?
— Você não vai me dizer, não é? — Alessia perguntou resignada.
— Não.
— Desde quando você guarda segredos de mim?
Desde sempre, quis dizer, mas apenas balancei a cabeça em negação.
— Não é sobre mim, é sobre Nino. — E eu nunca trairia Nino.
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•Vinte minutos mais tarde me sentei na enorme toalha de piquenique esticada sobre a grama e enviei uma mensagem para Nino me encontrar ali. Não tardou três minutos antes do loiro caminhar em minha direção, os olhos avermelhados esquadrinhando a miríade de pães fracos, café, suco, frutas e até mesmo refrigerantes.
— Você gostaria de comer comigo? — Perguntei gentilmente.
Nino lentamente sentou em minha frente, seus olhos cinzentos avaliando meu rosto. Havia algo escuro e partido em seus olhos, algo que me deixou estarrecida.
— Porque? — A pergunta cintilou entre nós. Porque?
— Porque o que?
— Porque você está fazendo isso? — A vulnerabilidade em seus olhos me deixou desconsertada.
— Porque eu me importo. — Disse baixinho. Nino se inclinou em minha direção e segurou minha mão, seu polegar acariciando as juntas dos meus dedos. A cada vez que ele me tocava, meu coração se inchava com um sentimento que eu não conseguia reconhecer.
— Você é o que eu pensei que nunca teria. — Nino disse como se fosse tremendamente surpreendente ter algo minimamente bom em sua vida.
— O que? O que eu sou…?
— Luz. — Nino apertou minha mão e meu próprio coração acelerou no peito. — Você é a luz da minha vida.
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INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.
RomanceINQUEBRÁVEL: Aquele que não pode ser quebrado, que não pode ser partido. Nino Parisi e Alessa Vacchiano tinham uma coisa em comum: haviam sido machucados pelas pessoas que deviam protegê-los. Duas almas destruídas, dois seres humanos lutando todos...