Capítulo 32

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S/n Grimes

Fomos parados nos portões por um asiático chamado Kal e um outro homem que se chamava Eduardo. Mesmo vendo o Jesus, eles não quiseram nos deixar entrar.

Depois de muita conversa, finalmente entramos. Abaixamos nossas armas e passamos pelos portões, dando de cara com uma grande casa no meio da comunidade.

Havia galinheiros ali, estábulos, plantações e até uma ferraria onde as lanças dos guardas eram produzidas. Tinha vários trailers em volta da casa, provavelmente onde as pessoas moravam.

Era um lugar simples, mas cheio de vida.

— Tinha um pátio de materiais de uma usina elétrica aqui perto. Foi assim que levantamos os muros. - Jesus explicava, enquanto nós admirávamos a comunidade. — Tem um monte de gente de um acampamento do governo, eles trouxeram os trailers.

— Como souberam desse lugar? - Michonne perguntou curiosa.

— Aquela é a casa Barrington. - o homem apontou para o enorme casarão. — A família proprietária a doou pro Estado nos anos 30. O Estado a transformou em um museu de história viva. Todas as escolas primárias da região vinham aqui em excursões. Esse lugar já existia muito antes da modernidade se erguer por aqui. Acho que as pessoas vieram pra cá por achar que esse lugar sobreviveria ao fim do mundo moderno. É perfeita pra segurança.

— Era professor de história? - eu perguntei, fazendo o homem rir. — Eu tinha um professor bem parecido com você.

— Eu sei de tudo um pouco. - deu de ombros, deixando o mistério no ar. — Venham! Vou mostrar lá dentro. - correu para o casarão na nossa frente.

A casa era ainda mais bonita por dentro. Tinha um grande salão, uma escada enorme e vários quadros pendurados nas paredes.

— A maioria dos cômodos foram convertidos pra moradia. Mesmo os que não eram quartos. - disse Jesus, sorrindo satisfeito com a nossa admiração pelo lugar.

— As pessoas moram aqui e nos trailers? - papai perguntou.

— Queremos expandir. - o homem falou. — Tem um monte de bebê nascendo. - deu uma breve olhada para Glenn e Maggie, que sorriram fraco.

Nos calamos e olhamos atentamente para uma porta que acabava de ser aberta. Um homem velho saiu de lá com um sorriso estranho no rosto, aparentemente feliz em ver o amigo do cabelo longo e mais hidratado do que qualquer outro que eu já vi.

— Jesus! Você voltou. - disse o velho sorridente. — Com convidados. - olhou para nós com pouca empolgação.

— Pessoal, esse é o Gregory. - Jesus o apresentou. — Ele mantém as coisas nos trilhos por aqui.

— Eu sou o chefe. - o tal Gregory sorriu convencido, arrumando o blaser que usava.

— Eu sou o Rick, temos uma comunidade... - papai foi direto, mas logo foi interrompido.

— Que tal vocês irem tomar um banho? - o homem sugeriu.

— Estamos bem. - disse meu pai, forçando um sorriso amigável.

— O Jesus vai mostrar onde vocês podem se lavar. E podem voltar aqui quando estiverem prontos. - Gregory o ignorou.

— Meu pai acabou de dizer que nós estamos bem. - digo séria, fuzilando o homem com o meu olhar impaciente.

Love in chaos II - Daryl DixonWhere stories live. Discover now