Love in chaos II - Daryl Dixon

Capítulo 40

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S/n Grimes

— Porra... - Daryl gemia atrás de mim, me penetrando cada vez mais fundo.

Estávamos riscando a cozinha da nossa lista, ultimamente nós dois andamos bem energéticos.

Eu estava de costas para o caçador, me segurando no balcão com o quadril erguido. Uma das mãos de Daryl apertava a minha cintura com força, enquanto a outra puxava o meu cabelo para trás.

Depois de mais algumas estocadas, eu e ele acabamos gozando juntos.

— Puta que pariu! - resmunguei quando ele se afastou, o encarando com os olhos arregalados. — Você não tirou.

— Merda... - murmurou com as mãos na cabeça. — Vou fazer um café. - passou por mim, indo para detrás do balcão.

— Nossos filhos podem estar indo direto pro meu útero agora mesmo e você vai fazer um café? - o olho incrédula.

— Preciso de alguma coisa pra me manter em pé. - ele disse.

Sentei no sofá com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto enterrado nas mãos, até Daryl sentar ao meu lado. Peguei a xícara que ele havia estendido para mim e tomei todo o café em apenas três goladas.

— E agora? O que a gente faz? - pergunto, olhando fixamente para o tapete onde transamos outra noite.

— Me diz você. - Daryl também estava com o olhar perdido, tentando esconder o seu desespero. — Você quer ser mãe?

— Você quer ser pai? - retribuo a pergunta, finalmente olhando para ele.

— O corpo é seu, então a decisão é sua. - olhou para mim também, deitando as costas no sofá.

— Quero saber a sua opinião primeiro. - insisto.

— A minha opinião não importa. - esfregou o rosto nas mãos, se afundando mais no sofá.

— Importa sim. - continuo fuzilando ele com o meu olhar.

— Nesse momento não. - voltou a me encarar com aquele seu olhar confuso.

— Eu não consigo tomar essa decisão sozinha. Então, por favor, me diz o que você pensa. - peço quase em um suplico.

— Você sabe do meu passada. Meu pai era um filho da puta que me batia com qualquer coisa que via pela frente. - ele falou. — Eu nunca pensei em ter filhos por causa disso, mas acho que seria legal.

— Legal? - perguntei impaciente. — Seria legal colocar uma criança no mundo?

— Se você escolher ter esse bebê, eu prometo ser o melhor pai que existe. - garantiu. — Eu vou até trocar as fraudas sujas e acordar de madrugada pra você não ter trabalho. Vou fazer de tudo pro meu filho não passar pelo o que eu passei.

— Ou filha. - me ajeito ao seu lado no sofá.

— Isso significa que vai ter o bebê? - indagou, olhando para mim com curiosidade.

— Isso significa que ainda estou pensando. - corrijo, agora, com os olhos na lareira.

— Vai falar pro seu pai? - perguntou.

— Ainda não.

— Vai ter o bebê então? - não parou de fazer perguntas, terminando de me tirar do sério.

— Daryl, eu não sei! - digo um pouco alto demais, levantando do sofá. — Vemos isso mais tarde, ok? - me acalmo um pouco.

— Ok. - ele concordou com a voz e o olhar compreensivo, me vendo sair de sua casa.