Love in chaos II - Daryl Dixon

Capítulo 47

S/n Grimes

Eu passei o resto do dia e a noite toda caminhando pela floresta, tentando chegar em Hilltop sem ser vista. Meus passos eram leves e silenciosos, tentei passar o mais longe possível dos zumbis, quase sendo mordida por dois deles.

Foi uma noite longa e bem perigoso. Eu tinha medo de ser pega, não só pelos zumbis, mas pelos Salvadores. Foi assustador, mas eu consegui.

Eu cheguei em Hilltop.

Os portões foram abertos assim que me viram. Eu entrei na cidade com um sorriso largo, feliz por finalmente ter saído daquele inferno.

— Ninguém vai me dar as boas-vindas?! - eu perguntei alto, chamando a atenção dos outros.

Estavam todos ali, meu pai, a Michonne, o Carl, a Rosita, a Sasha, a Maggie, a Beth, o Noah...

— Eu senti tanto a sua falta! - Maggie veio correndo até mim, me abraçando o mais forte que podia.

— Eu também. - digo em um tom mais baixo, a apertando contra mim.

— Estávamos todos preocupados. - Beth falou, se aproximando com aquele seu sorriso meigo e alegre. — A gente já ia até começar a bolar um plano pra te resgatar.

— Ainda precisamos bolar um plano. - digo, depois de abraçar fortemente a loira. — Mas não pra me resgatar.

— S/n?! - ouvi a voz do meu pai, que sorria enquanto derramava algumas lágrimas.

Ele me tomou em seus braços, demonstrando toda sua saudade naquele abraço. Papai deixou um beijo no topo da minha cabeça, depois segurou meu rosto com as duas mãos, sorrindo enquanto deixava mais um beijo na minha testa.

— Minha menina... - murmurou, me abraçando novamente.

— Viu só? Cheguei intacto. - disse Carl, parado atrás do nosso pai, sorrindo largamente.

— Pirralho! - o abraço, logo depois de lhe dar um leve empurrão.

— Ainda dizem que o amor de irmãos é o mais puro que existe. - o garoto falou entre o abraço, me fazendo rir alto.

Ao me separar do abraço, vi um certo par de olhos azuis que brilhavam a alguns metros de nós. Automaticamente, um sorriso largo se formou em meus lábios.

Lá estava ele, o meu caçador.

Daryl também não tentou esconder seu sorriso, muito menos algumas de suas lágrimas. Ele abriu os braços e riu, me vendo correr até ele.

Seus braços me envolveram fortemente, me fazendo enterrar meu rosto em seu peito. Eu apertei suas costas e o trouxe para mais perto, sentindo seu nariz fungar o meu cabelo, deixando um beijo ali no topo da minha cabeça.

Aquele abraço... senti falta dele.

— Você tá bem? - ele perguntou preocupado, segurando o meu rosto com as duas mãos.

— Sim... Eu estou bem. — sussurro, grudando as nossas testas.

— E o bebê? - levou sua mão até a minha barriga, me fazendo sentir um fraco aperto no peito.

— Ele está bem. - forço um sorriso, o fazendo acreditar que estava mesmo tudo bem.

Mas não estava. Não estava nada bem.

— Eu senti tanto medo. - Daryl confessou, derramando mais algumas lágrimas. — Medo de não te ver de novo.

— Estamos aqui agora. - seco suas lágrimas com meus dedos. — Juntos.